Capítulo 5

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Alguns dias depois…

Enquanto eu não via um canto pra eu morar, fui ver uma faculdade. Quanto mais cedo eu começar melhor. Rafa me indicou a Estácio, alegando ser a mais próxima daqui.

Corri logo pra “internet”, consegui me escrever, o dinheiro que eu tinha dava muito bem pra pagar. Eu teria que arrumar um trabalho, esse negócio de faxineira não era muito minha cara, não estou criticando a profissão, mas pra mim não dar.

Tinha acabado de tomar um banho, aproveitei pra lavar meu cabelo. O ruim de ter cabelo grande era o trabalho que dava e eu morria de preguiça de cuidar.

Entrei na sala e me deparei com uma cena que se fosse comigo eu não estaria nem um pouco constrangida, pelo contrário…

Nicole e Rafael estavam quase transando no sofá. Rafael estava com a cabeça por de baixo da blusa da Nicole, enquanto a mesma jogava a cabeça pra trás gemendo.

Pqp!!

Voltei pro meu quarto imediatamente. Puta merda! Isso é demais pra minha inocência meu Deus!

Se é que eu ainda tenho uma.

Tenho que me mudar logo, não sei até quando irei aguentar a cabeceira da cama batendo na parede do meu quarto, ou os gemidos exagerados da minha irmã. Você fazer sexo é uma coisa, agora ficar ouvindo outras pessoas fazendo é outra. Fora que não é só à noite, até de dia quando eles inventam de tomar banho, juntos. Não tô criticando, eles são namorados, super normal eles quererem fazer sexo. Mas não tinha a porra da privacidade.

Tive a brilhante ideia de entrar em site de imóveis pra alugar. Depois de um tempo procurando um que coubesse no meu bolso, achei um, mas eu teria que dividir com outras quatro pessoas. Ótimo! Não deve ser pior que aqui, não?

Peguei o endereço, e antes de sair verifiquei se o casal vinte não estava transando no meio da sala. Sair sem deixar recado, com certeza eles estavam bastante ocupados nesse momento. Que sou eu pra atrapalhar, né não?

Desci procurando por um táxi, por sorte tinha um estacionado na frente do edifício. Entrei, passei o endereço pro motorista e vinte minutos depois eu estava em frente a um prédio bastante bonito e grande, muito parecido com o que eu morava com meus pais.

Paguei a corrida, entrei na portaria, e um homem careca veio até mim.

— Boa noite! Como posso ajuda-lá? — perguntou simpático.

— Bom noite. — sorri. — Eu vim pelo anúncio que eu vi na “internet”. Parece que tem um quarto desocupado no penúltimo andar, apartamento... — Olhei o pepa que eu havia trago. — 1005.

- Ah, sim. — Ele andou pra trás do balcão e pegou o telefone. Segundos depois de desligar a chamada e se vira de volta pra mim. — Você pode pegar aquele elevador ali e subir. — apontou. Agradeci e caminhei pro mesmo.

Quando cheguei no andar um friozinho invadiu minha barriga. Deve ser nervoso, ou algo do tipo.

Avistei uma menina ruiva no final do corredor. Hum, bem bonitinha ela.

— Olá. — Sorriu cordial. — Você é…

— Natália. Natália Brito, mas pode me chamar de Nat. — retribuir seu sorriso.

— O meu é Alana. Muito prazer Nat. — Puxou minha mão, e apertou com entusiasmo. — Entre por favor. Espero que goste.

Ela abriu a porta, permitindo, assim, eu entrar primeiro. A sala era grande, mas não tinha muita coisa. Um sofá grande, de cor cinza, ocupando quase todo o meio da sala, uma tv grande de cerca de 60 polegadas, um móvel branco pequeno embaixo e uma mesinha de centro de vidro no meio. Fora alguns enfeites que também tinha ali e uma lustre pequeno no teto.

Meu Melhor Erro.Onde histórias criam vida. Descubra agora