Capítulo 12

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— Não vai mesmo me contar o lance do Gustavo? — perguntei, ela passou toda a tarde se esquivando do assunto.

— Já disse, Natália. Eu não posso dizer nada. — ela fala. Ana tava fazendo tapioca de Nutela pra nós duas.

— Então não tenho motivos pra me afastar do Gustavo. — Provoquei, eu queria arrancar de qualquer jeito uma resposta dela.

— Faça o que quiser. — ela falou colocando o prato na bancada e comeu a sua tapioca calada.

Eu não falei mais nada, eu perguntaria a outra pessoa já que ela não queria falar.

Thi, Lana e Matheus chegaram de noite, Ana não falou mais comigo depois da conversa que tivemos, eu também fiquei na minha. Alana percebeu o clima e perguntou o que houve, mas nem eu e nem ela dissemos o que era.

— Que tá pegando entre você e a Ana? — Matheus pergunta se jogando ao meu lado no sofá.

Eu olho pra ele erguendo a sobrancelha. Oh, o que deu nele?

Ele nunca veio conversar comigo, pelo contrário, só vivíamos dando patadas um no outro.

— É bobagem. - respondi voltando minha atenção pra tv.

— Bem coisa de mulherzinha mesmo. — Disse, e eu revirei os olhos.

— Eu queria saber o que ela tem contra o Gustavo, que estuda lá na faculdade. — Ele me olhou surpreso.

— Você falou com ele? — perguntou com a testa franzida.

Por que ele tava tão surpreso com o fato de eu ter falado com ele?

Cada vez mais essa história ficava mais estranha.

— Sim. Algum problema nisso? - Tentei sondar sua reação, que estranhamente foi a mesma que a da Ana, irritação.

— Pro seu bem, não fica perto desse garoto. — Alertou me olhando seriamente.

— E por quê? — Indaguei semicerrando os olhos pra ele.

— Só me escuta. — Ele bufa passando a mão pelo cabelo com um olhar, preocupado…?

— Qual foi? Porque ninguém me conta o que aconteceu? — Agora eu já estava irritada. Mas ai… — Tá certo, vocês não confiam em mim. Acho que estou sendo intrometida, vocês me conhecem a pouco tempo. — falei e ele me olhou. — Desculpe…

— Não. — ele disse rapidamente. -Não é isso. — Ele suspira. — É complicado, me escuta, por favor. — Suplicou, agora quem ficou surpresa foi eu.

Ficamos nos encarando por um longo tempo, seus olhos contia um brilho diferente, não tinha sarcasmo.

Um barulho alto vindo de alguns dos quartos parece nos despertar, ele pigarreá e desvia o olhar de mim pra televisão.

— O que Ana te disse? — perguntou.

— A mesma coisa que você. Pediu pra mim me afastar dele. — digo ainda o olhando.

— Escuta o que ela disse, então. — diz voltando a ficar sério.

Ele não diz mais nada e nem eu. Tentei prestar a atenção no filme, mas era impossível, esse assunto ficava martelando na minha cabeça e pelo visto ninguém me diria nada.

Só tinha um jeito. Me aproximar do Gustavo.

Dia seguinte acordei com o barulho do despertador, tava cheia de preguiça, minha vontade era de ficar na cama e dormi até o meio-dia.

É, hoje a preguiça resolveu me visitar cedo e ainda trouxe suas amiguinhas juntas.

Tomei um banho, vesti a primeira roupa que achei no guarda-roupa, passei um pouco de perfume, fiz um Maque simples, apenas um batom nudez e um pouco de rímel - esse não podia faltar - e fiz um coque despojado.

Meu Melhor Erro.Onde histórias criam vida. Descubra agora