Estava simplesmente uma noite divina. Admirava encantada toda aquela beleza da lua cheia e divinamente branca, ao mesmo tempo, repousada sobre minha janela, enquanto ouvia o barulho de poucos grilos cantando, por conta do calor que vinha devagar na troca de estação.
Às vezes a noite me parece ideal para pensar, refletir e relaxar. Ela é calma e possui igualmente uma temperatura incrivelmente agradável, muito diferente de um sol ao meio-dia.
Olhei em direção a rua: silenciosa, até demais ao se recordar das pessoas andando, caminhando com seus animais e filhos ou tomando um sorvete de dia. Meu bairro era bem conhecido e bom, na verdade. Por isso era muito comum um movimento desse tipo em relação as pessoas, mas nada exagerado. Olhando assim, aquela via até pareceria um pouco sombria, se não fossem pelas flores coloridas dos ipês que ficavam misturados com o tom escuro da noite.
Acordei com o despertador tocando alto. Quando me levantei, senti uma dor insuportável em meu pescoço pelo jeito que dormi. Não era a primeira vez que aquilo ocorria, então poderia aguentar mais uma.
Desliguei meu despertador, e coloquei meu uniforme que estava separado em cima da cadeira e escovei meu cabelo com uma escova que se encontrava em cima de minha escrivaninha branca.
Olhei no espelho e vi a mesma imagem de sempre: meu rosto levemente arredondado, a franja de meu cabelo corte Channel arrumada, onde se encontravam olhos um nariz pequenininho, assim como minha boca, bem delicada. Meus olhos um pouco puxados (apesar de eu não ter nenhuma descendência asiática) e morena clara. Meu corpo possuía um cintura fina, porém quadris bem largos e pernas grossas (ou musculosas, como quiser) e meus peitos eram de um tamanho não muito grande e nem muito pequeno. E meu tamanho, bem, aprendi a me contentar com o meu um metro e cinquenta e três. Pelo menos iria crescer até um metro e sessenta, um tamanho bom.
Fiz minha higiene e passei meu protetor labial nos lábios, o que já fazia parte da minha rotina
Geralmente minha mãe prepara o café da manhã para mim e me cumprimenta com um bom dia animado, porém hoje não foi o dia. Ela está mal (com dor de cabeça para ser mais específica) por conta do trabalho.
Então simplesmente comi algumas bolachas, tomei um achocolatado e escovei meus dentes.
Finalmente saí de casa para esperar o ônibus, olhando para a casa desabitada em minha frente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
In that neighborhood...✨|| Xin Long
RomanceAyla era uma garota que morava em um bairro conhecido nos Estados Unidos, na Califórnia. A casa em sua frente a chamava muita atenção em certos aspectos. Como por exemplo: dela nunca ter visto ninguém alí. Mal sabia ela que um dia, a pessoa que es...
