Vai ficar tudo bem✨

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POV XIN LONG ✨

Eu estava muito feliz. Além de amar praia, ter Ayla junto se divertindo comigo era muito bom. Quando estou com ela, nem lembro do meu país.

Claro que não me esqueço das minhas origens e dos meus amigos. Eles fazem muita falta no meu cotidiano. Na escola, sinto falta de falar com eles; no jantar, muitas vezes eles jantavam na minha casa, e não só jantavam como frequentavam a mesma. A qualquer momento Zeyu poderia simplesmente entrar, ou Hanyu... Ah, eu sinto muita saudade.

Achei melhor parar de pensar nisso, pois estava levando Ayla para casa e não queria ficar triste na frente dela, afinal eu estava muito alegre, não poderia estragar isso, certo?

Olhei para Ayla, olhando para o céu com tons de laranja e roxo. O sol, ainda se pondo, estava com uma  cor que iluminava o rosto de minha amiga com um brilho laranja, e fazia o mesmo com seus cabelos, que ficavam dourados. A visão era linda, mas logo ela olha para mim.

Não sabia o que fazer, ou talvez dizer. Ela andou um pouco mais lento e perguntou:

- O que foi, Xin?

Xin? Não me lembro de ter dito um apelido para ela. Não que eu não tenha gostado, claro.

- Nada - respondi. - Obrigado por passar seu tempo comigo.

- O jeito que você fala parece até que eu sou obrigada.- ela riu.

Lembrei do dia em que conheci Ayla. Faz pouco tempo mas, já parece que a conheço muito antes daquele dia em que a vi pela primeira vez.

De repente lembro-me dela ter mencionado ter estudado mandarim ou algo do gênero, então perguntei:

- Você sabe falar mandarim?

- Eu estudei, mas até hoje tenho dificuldade e não sei tudo.

- Ainda gostaria de chegar na fluência da língua?

- Eu amo aprender línguas. Busquei uma das línguas mais faladas do mundo que não aprendemos na escola. Mandarim é legal, mas muito difícil.

- Não é tão difícil assim se tiver o professor certo. - parei de andar e me inclinei perto de seu rosto, sorrindo, para ficar do mesmo tamanho que ela.

- Sério? Você pode mesmo me ensinar?

- Claro que sim! Com quem você poderia aprender melhor?

- Muito obrigada!!! - ela exclamou e assim que me levantei ela me abraçou com seus braços e mãos pequenas. O abraço dela era delicado. Não era forte, mas sim tão suave a ponto de quase não sentir.

Retribui o abraço. Me senti mais confortável do que pensei. Logo, respondi:

- De nada. Escolha o dia, o horário e o local.

- Vou ver com minha mãe e te falo depois. Obrigada mesmo!

- De nada!

Logo, paramos o abraço e voltamos a andar em direção a casa dela.

Quando chegamos lá, ficamos um de frente para o outro. Mas antes dela entrar eu falei:

- Te ligo mais tarde e você me conta o que você resolveu com sua mãe, tá bom?

- Okay!

- Tchau, Ayla.

- Tchau, Xin. - Ela fez um biquinho muito fofo e abriu a porta para entrar.

De repente me lembrei: Não tenho número dela! Então segurei a porta com o pé e exclamei:

- Eu não tenho o seu número, Ayla!

In that neighborhood...✨|| Xin LongOnde histórias criam vida. Descubra agora