Don't Rain on Me

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Na penumbra da noite, no mais escuro beco. Lá está o homem a dançar.

Lamenta-se por ser tão fraco, chora por ser inútil. Fraqueja nos seus passos, em uma dança monótona e melancólica. Sozinho ele pensa, sozinho ele vive.

Olhos marejados, avermelhados. Sustenta-se sem esperança em uma chuva leve que não pára desde que nasceu.

Em uníssono as luzes da cidade viram-se para ele e acompanham sua voz pela noite. Em um ritmo próprio, o seu tom grave e desafinado repete no crepúsculo: Não chova em mim.

Seus lábios encharcados espirram emoções que só ele próprio pode entender. Suas roupas tem um peso que só ele pode sentir. O perfume de lavanda e jasmim que só ele pode emitir. E a sua voz: Não chova em mim.

No clarão de um relâmpago, passando na velocidade da luz ele clama por um nome esquecido, conhecido apenas por ele e seus irmãos.

Combinações estranhas juntam-se a ele na calada noturna, vozes doces e amargas unidas em um único esforço:

Não chova em mim.

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