Grand Finale?

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  Após aquela noite terrível o detetive saiu daquela casa abandonada, tenebroso pela alvorada, se sentindo aliviado e livre, mas a investigação não acabaria naquele momento. Precisava procurar por Gabriel, então ele foi até a escola da cidade, em que o menino estudava e entrevistou alguns colegas dele. Algumas crianças relataram sobre um homem estranho que as observavam constantemente, o que intrigou o detetive. Elas disseram onde o homem ficava e ele caminhou até lá, e na determinação de encontrá-lo, deparou-se com uma trilha.  

  Logo, o detetive, tomado pela curiosidade, adentrou na floresta cada vez mais densa e fechada pela trilha que encontrara. Observou que as árvores ao redor possuíam marcas peculiares, e seguiu as mesmas até encontrar uma cabana de madeira no meio de uma clareira, uma cabana que ninguém nunca comentou existir naquele lugar, será que a história da família era mesmo real? 

  O detetive chama reforços, mas não podia esperar tanto tempo para entrar na cabana, então empunha seu revólver e vai até a porta e com cuidado gira a maçaneta, a porta range ao abrir, porém não o impede de entrar, deu de cara com uma cozinha na qual uma misteriosa mulher que parecia estar preparando um banquete para a família, cortando carne de algum animal, ela olha para o detetive e diz: 

  ⁃ Quem você pensa que é para entrar na minha casa sem bater? 

  ⁃ Eu sou detive da polícia e não esperava encontrar alguém aqui, aliás quem faz as perguntas aqui sou eu: Quem é você? 

  Pergunta o detetive apontando a arma para mulher. Ela vira e continua preparando a mesa enquanto o detetive vai se aproximando dela, então ela zomba: 

  ⁃ Não acredita em fantasmas, detetive? Buuu!!! Eu sou a mulher da história que tanto rodeia essa cidade. 

  ⁃ Impossível, eu li nos relatórios que você estava morta. 

  ⁃ Mas nunca acharam o meu corpo, já pensou que louco eu estar viva e ainda na sua frente? 

  ⁃ Tem mais alguém aqui? 

  Nesse instante o detetive é surpreendido por um homem que revela ser o marido da mulher, ele agarra o detetive fazendo com que ele fique desarmado. A mulher zomba novamente: 

  ⁃ Acho que isso responde à pergunta. 

  O detetive se solta com uma cabeçada fazendo o homem cair, a mulher corre para pegar a arma, mas o detive se joga agarrando-a, ele pega a arma e rende a mulher, ele a levanta apontando a arma em sua cabeça ele escuta um grito de uma criança e quando vira vê o homem fazendo o Gabriel de refém com uma faca. Então o detetive tenta negociar: 

  ⁃ Você não vai fazer isso. 

  ⁃ Quer tentar a sorte? 

  Analisando o lugar ele repete: 

  ⁃ Você não vai fazer isso. 

  O homem pressiona mais a faca na garganta do garoto e ele desesperado pede para que o detive fizesse alguma coisa para salvá-lo. 

  O detetive então fala: 

  ⁃ Para de teatro e faça logo então, o que você tem a perder não é mesmo? 

  O homem confuso pergunta: 

  ⁃ O que? Você é louco? 

   ⁃ Talvez, mas eu sei que você não vai machucar essa criança porque acredita que ele é seu filho, então larga logo ele, não tem mais para onde correr 

  Barulhos de sirene rodeiam o lugar, o homem então largou Gabriel que corre para fora da cabana, logo depois o detetive sai da casa com os sequestradores e os leva para a prisão aonde passarão o resto da vida. 

  Um ano se passa, Gabriel já estava na escola, o detetive ganhou medalhas e uma promoção por ter resolvido um caso tão longo e complexo. A cidade parecia ter descansado dos mistérios da casa. Porém, naquela mesma data, outra criança desaparece na cidade... 

A Casa Abandonada Onde histórias criam vida. Descubra agora