Um homem que se encontrava deitado no chão sujo com seu próprio sangue e preso em correntes em ambas as mãos começou a piscar seus olhos, para se acostumar com a única fonte de luz que vinha de uma única janela em um galpão. Nem mesmo termina de acordar e um grito de terror já pode ser ouvido de seus lábios secos, ele havia sido queimado com um pedaço de ferro em chamas. Ele se contorceu em posição fetal, ou pelo menos tentou, pois foi impedido pelo chute que atingiu seu abdômen.Perto de umas cadeiras, haviam mais três homens observavam a cena que estava sendo feita por uma pessoa que se escondia nas sombras do local, esse indivíduo segurava um pedaço de ferro que estava ferindo a vítima, e logo volta a feri-la de novo. A pessoa cujo faz a tortura começa a andar impaciente ao redor do homem moribundo, outras pessoas já tiveram que torturaram esse homem, entretanto depois de varios dias tentando conseguir uma resposta, e não conseguindo, o convocaram para vir aqui e sujar suas próprias mãos. Junto com o barulho dos sapatos irritados no chão pode se ouvir o pedaço de ferro arranhar o cimento frio e das chamas queimando na fogueira improvisado que havia lá.
O homem que estava sendo torturado se afastava rastejando soltando uns grunhidos de dor por causa das feriadas das outras torturas, principalmente a que havia em sua coxa. A extensão da corrente esticou o impedindo de ir mais longe do que aquilo, isso fez um barulho que, acabou atraindo a atenção do torturador que estava ainda com seriedade, até que inutilmente o homem tenta se libertar das correntes puxando elas, uma risada grotesca pode ser ouvida, calafrios correram por todos os corpos daquele galpão imundo. Acabando de esquentar o ferro se vira andando vagarosamente até seu alvo, que estava de deitado de lado e suas mãos atrás das suas costas e chegando perto o suficiente o Torturador pende sua cabeça para o lado analisando o estado do homem, com um suspiro extende sua perna e usa seu pé para virá-lo para encarar a pessoa, o ferro pontudo e quente que carregava agora estava apontado para a garganta, o cara quase morto pode sentir o calor do ferro mesmo ele não toando sua pele isso faz seu corpo tremer mais do que tremia antes.
-Você sabe o que eu irei perguntar, então não vou gastar minhas palavras com você.- o peso do corpo do torturador vai para a perna que ainda prendia o homem deitado no chão -Vamos, prometo ser gentil. Pode começar com o lugar aonde está a mercadoria que você roubou.
A segunda frase foi dita lentamente enquanto enfiava o ferro no ombro do homen e o mesmo berrava de dor, lágrimas saiam dos seus olhos e sua aparência cansada se fazia presente, ele balbuciou coisas sem sentido com sua voz rouca que era de uma junção de vários gritos durante mais de uma semana. Para ouvir melhor o Torturador enfia mais o ferro apoiando a outra parte do seu peso no instrumento de tortura e chega mais perto.
-Você estava dizendo...
Levanta uma sobrancelha para melhorar sua expressão sarcástica, o homem balbucia "Mississipi, prédio, subúrbio, Hall". Ele começa a hiperventilar e sua tremedeira começa a piorar, o Torturador se afasta dando as costas nem se dá o trabalho de tirar o ferro, sai das sombras indo em direção aos homens que haviam se levantado rapidamente para ver o que estava acontecendo com a vítima deles. Enquanto o homem se debatia no chão, a pessoa que o torturou só levantou a mão em um aceno para todos os homens pararem, a pessoa senta no sofá vendo o homem ter um ataque epilético com uma expressão neutra no rosto, se vira para uma mesinha que havia lá e se serve um copo de uísque observando a morte horrível que o homem estava tendo.
Assim que o homem parou de se estrebuchar violentamente no chão, mandou os homens pegar o corpo do cara morto, servindo mais bebida pra si, aproveitava a cena com sua tentando organizar e ver que sentido tinha as palavras que o morto avia dito antes de falecer. O torturado tinha esquizofrenia e usava drogas, já tinha acontecido com antes durante as torturas e eles haviam remediado o problema, mas agora como não precisa mais dele era óbvio que não iria mover um músculo para ajudá-lo para ter o prazer de vê-lo se engasgar com sua própria língua.
Os capangas haviam voltado agora sem o corpo, todos os três carregavam dois galões de gasolina para incendiar o local do crime, destruindo as evidências que havia ali. Um longo suspiro é dado pela pessoa, e em um único gole e quando termina de engolir pode sentir sua garganta ferver, por um momento imagina enfiar a barra pontuda de ferro quente na garganta de alguém para depois perguntar qual é a sensação, o que acaba fazendo o Torturador rir enquanto se levanta, pois não daria para perguntar. Arrumando seu terno a pessoa caminha em direção à saída.
-Cuidem desse lugar e Henry...- um dos três para de jogar gasolina e vai até seu comandante que sussurra só para ele -Mate os outros, só confio em você.- bate duas vezes em seu peito e se vota continuando seu caminho -Que todos fiquem com Deus, tenham uma boa noite e durmam bem.
Isso que o Torturador diz para todos antes de sair do galpão fazendo sinal de cruz quando escuta dois tiros secos, o corpo do homem estava embalado num saco preto e abandonado ali, e a pessoa misteriosa entra em seu carro caro dando a partida saindo do local. Enquanto isso o Henry terminava de colocar gasolina nos corpos e fazia uma trilha até o lado de fora, quando ele chegou lá fora joga o último galão para dentro do lugar fechado, ele se vira e pega o corpo do cara que estava sendo torturado esconde dentro do banco do seu carro pois podia se aproveitar de um corpo morto o vendendo.
Antes de entrar no carro ele acende o lastro de gasolina indo direto para o galpão incendiando tudo que havia lá, depois disso ele entra em seu carro seguindo para uma direção totalmente diferente da que foi usada antes.
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Scarlet
AksiA investigadora Ruby que se inspira em sua chefe do seu departamento da CIA para conseguir subir em sua carreira profissional, ela terá que descobrir a origem de crimes e movimentações nos bancos de uma empresa suspeita para conseguir a mais sonhada...