🌻Five🌻(quinta, 24)

227 22 8
                                    

Como já disse estou corrida esta semana, mas espero que gostem do capítulo. Aproveitem a leitura!

Veronica comprou o jornal no dia seguinte e o anúncio da morte, com a foto ampliada de Betty, foi publicado, pedindo o comparecimento da família à delegacia.

Como Richard não telefonou, Veronica deduziu que haviam tido nenhuma notícia. Foi à tarde que ele finalmente ligou. Uma mulher havia procurado a delegacia dizendo ser tia de Betty.

- O delegado me avisou e pediu para conversar com ela. Eu gostaria mto que você me acompanhasse.

- Está bem. Onde é a delegacia?

- É melhor me dar seu endereço e passarei para apanha-la. Quero ir o mais rápido possível.

Mais hora depois ele passou e foram para a delegacia. Tom os recebeu imediatamente e os conduziu a uma sala onde foram apresentados à tia de Betty. Era uma mulher de uns quarenta anos, magra, alta e muito bem vestida. Via-se que tinha classe e dinheiro.

- Esta é a Sra. Gladys Jones, tia de Betty - disse o delegado. - Viu o anúncio e nos procurou.

- Meu nome é Richard Morgan, advogado, e está é Veronica Lodge. Betty trabalhava em meu escritório. Nós colocamos o anúncio porque Betty nunca nos deu informações sobre sua família.

Gladys se levantou e apertou a mão que ele lhe estendia, dizendo:

- Ainda estou chocada. Apesar de tudo, não esperava uma notícia dessas.

- Sentem-se e fiquem à vontade - disse o delegado - Vou ver se consigo o resultado da autópsia para poder liberar o corpo.

Eles se acomodaram e Richard indagou:

- A senhora é tia dela?

- Sim. A mãe dela era irmã do meu marido.

- Já avisou o resto da família?

- Com excessão do meu marido e eu, ela não tem mais ninguém. Para dizer a verdade, eu não queria vir. Mas meu marido insistiu. Ele está fora do país.

- Ainda bem que a senhora veio - disse Richard - Todos estamos chocados com o caso.

- Certamente ela causou transtorno à sua empresa. Isso ela sempre soube fazer muito bem. Quando a mãe dela morreu em um acidente de carro, ela era adolescente e meu marido, um homem muito caridoso, a trouxe para nossa casa. Mas ela só nos deu trabalho. Por isso, quando resolveu se mudar, foi um alívio. O senhor deve ter se aborrecido. Ela bem poderia ter se suicidado em outro lugar.

Veronica remexia-se na cadeira inquieta. Era-lhe insuportável presenciar a atitude daquela mulher.

Richard considerou:

- Não vejo dessa forma. Se houvesse percebido o que ela pretendia fazer, teria né esforçado para impedir. Fico me perguntando por que teria feito isso. Era jovem, bonita. Tinha todo o futuro pela frente.

- O senhor é um homem educado. Mas ela era assim. Nunca se importava com os problemas dos outros. Era instável, cheia de altos e baixos. Só podia dar no que deu.

Veronica interveio:

- Vejo que a senhora não a conhecia muito bem. Betty era uma moça doce, meiga, delicada e gentil. Todas as colegas a estimavam, além de ser uma funcionária exemplar. Para fazer o que fez, ela deve ter sofrido muito.

Gladys a fulminou com o olhar e não respondeu. Richard tornou:

- Essa também era a minha opinião. Seja como for, o importante agora é saber que providências a senhora deseja tomar com relação ao enterro.

- Bem, meu marido não vai poder vir. Está em um seminário importante na Suíça. Ele é medico, oftalmologista. Mas vamos pagar todas as despesas. Será enterrada ao lado da mãe dela. Agora preciso ir. Aqui está meu cartão. Aguardarei notícias.

Depois que ela se foi, Veronica não se conteve:

- Que mulher antipática! Desculpe doutor, mas foi difícil me conter.

- Deu para notar que ela não gostava de Betty. Em todo caso, conseguimos nosso objetivo. Agora só falta saber quando o corpo será liberado. Temos que tomar providências para o funeral. Ela vai pagar, mas deixou claro que não deseja se incomodar com nada.

- Se quiser, posso obter todas as informações a respeito e o senhor resolve o que preferir.

- Faça isso. Vamos embora. Vou levá-la em casa.

- Não se incomode, doutor. Posso tomar um ônibus. O senhor está cansado.

- Faço questão.

Uma vez no carro, ele disse:

- Você mora em uma colégio. Não tem família?

- Meus pais moram no interior de Minas Gerais. Tenho um filho pequeno que nasceu no pensionato das freiras. Antes de trabalhar com o senhor, trabalhei no colégio. Mudei de emprego, mas continuo morando lá. Meu filho fica na creche do colégio.

- Você é uma moça corajosa.

- Precisei ser. Tenho que criar meu filho sozinha. Desejo dar-lhe uma boa educação.

Veronica pensou que ele fosse perguntar pelo pai do menino, mas ele não o fez. Foi discreto, e ela apreciou sua atitude. Mas, se ele perguntasse, não teria acanhamento em responder. Havia assumido sua situação com naturalidade e não se importava com o juízo que pudessem fazer dela.

Ele deixou-a em casa e Veronica, depois de ver o filho, tomou as informações para o sepultamento de Betty. Combinou tudo com Richard.

O corpo foi liberado no domingo pela manhã e o enterro marcado para a tarde do mesmo dia.

Veronica cuidou de tudo e Richard ficou aliviado por haverem-se desembaraçado de tão desagradável tarefa. Aliás, Veronica organizou tudo, poupando-lhe o trabalho.

...

Continuo?
Espero que estejam gostando.
Não revisei, desculpem-me por qualquer erro.
Até o próximo capítulo, bye bye🌻💛

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 25, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

 A True Love - VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora