Capítulo 3 - Pesadelo.

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Holly Walker on

Ouvi alguns passos no corredor. Levantei a cabeça rapidamente e encarei a porta, não havia nada. Eu tentava pensar em alguma coisa, mas me faltava inspiração. Sobre o que posso escrever?

[...]

Esta noite, tive o mesmo sonho de antes. Aqueles irmãos sentados no tapete da minha sala, encarando um ao outro enquanto o rapaz fazia uma promessa. Era Domingo, no dia seguinte eu voltaria aos meus estudos, e me irrita o fato de que estou desperdiçando meu tempo. Eu deveria escrever alguma história, quanto antes começar, melhor. Por que não consigo pensar em nada?

Um barulho na sala tira-me de meus pensamentos. Caminho a passos lentos e paro na frente do sofá. Esses dias, ando escutando muitos sons entranhos por todos os cantos da casa, às vezes parecem passos, outras vezes parecem armas disparando. Sempre me assusto.
Como sempre, não havia ninguém ali, eram apenas eu e a casa.

[...]

Já se passou uma semana desde que me mudei para cá, e estou começando a me preocupar. Nesses 7 dias eu não paro de ter o mesmo sonho.

Todas as noites, vejo aqueles irmãos na minha sala, porém eles não me veem. São sempre as mesmas falas, os mesmos gestos. Nada muda.

"Você anda meio insegura esses dias."

"Eu vou te proteger até você saber se virar sozinha. Eu prometo."

Por que não paro de sonhar com isso?
Já era noite, eu me preparava para ter o mesmo sonho de sempre quando tudo ficou diferente.

Eu abri os olhos, mas não era de dia, como deveria ser. Ainda era noite. Um grito no andar de baixo me assustou e eu dou um salto da cama de casal. Corro para o andar de baixo e vejo 3 meninas chorando, um rapaz paralisado de medo, um homem com uma arma apontada para uma das meninas e dois... Corpos jogados no chão, sangrando. Coloquei a mão na boca, aquela cena fez meu corpo inteiro tremer.

O rapaz logo reconheci, era aquele que sempre aparecia nos meus sonhos junto com a garotinha, que estava ao seu lado. Notei que eles estavam mais crescidos.

O homem com a arma disparou contra a jovem a sua frente, fazendo as outras gritarem. Ele caminhou para a mais próxima a atirou nela também após dizer alguma coisa.

- Não! Para!- eu gritava, mas como sempre, ninguém demonstrava me ouvir.

Corri até eles, eu tentava chamar atenção, mas foi em vão.

- Não, por favor, a Safaa não! Eu imploro!- o moreno grita ao meu lado.

O homem estranho soltou uma gargalhada, murmurou algumas palavras e apontou a arma para o tal rapaz, atirando. A bala atravessou o meu corpo sem danos e atingiu o dele. Seu corpo caiu no chão, sem vida.

- Zayn! Não!- Safaa gritava em meio ao choro.

- Não! Não! Por que fez isso? Não!- eu berrava assustada.

Por que eu estava presa naquele pesadelo?

Haunted |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora