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Assim que acabo de arrumar tudo, inclusive o quarto do bigodinho

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Assim que acabo de arrumar tudo, inclusive o quarto do bigodinho. Nem imagine a sujeirada que tirei de lá e o que mais encontrei.
Me jogo no sofá com tudo.

-Já tá assim ?- ele rir nasal e senta ao meu lado.

-Já mandaram você se fuder hoje ?

-Acho que é a primeira vez.

-Que bom. Tenho o prazer em te mandar se fuder.

-Vamos sair hoje ?

-Eu acabei de chegar, nem conheço ninguém.

-Arthur !- escuto uma voz feminina gritar pelo apartamento- Te achei- ela entra na sala- Explica pro seu amiguinho Rafael que eu não traí ele.

-Já chega assim, Daniela ?- Arthur resmunga.

-Rafael me tira a paciência, não tem como ficar calma.

-Para de ser surtada garota- escuto outra voz gritar pelo cômodo.

-Eu já disse que não fiz nada, mas se quiser, eu te coloco uma gaia. Vai ficar feliz, Rafael ?

-Porra, Daniela.

-Já deu pra acabar com esse caralho ou tá difícil ?- grito com os dois e todos me encaram surpresos.

-Essa garota tem atitude, gostei dela- a garota que apareceu gritando fala mais calma.

-Obrigada- sorrio sem os dentes- Você me parece ser bem legal, só está bem estressada.

-Valeu. Se essa for a sua colega de apartamento, eu já amei ela. Troca comigo e vai poder ficar com o Rafael.

-Nem fudendo eu troco a mandona pelo seu trapo- eles riem alto.

-Eu ainda estou aqui- o menino resmunga.

-Sabemos. Não é atoa que não vou trocar minha menina por você.

Olho pra ele e arqueo uma sobrancelha.
Ele me olha e sorrir fraco.

-Não gostei dela, muito abusada.

-Uma pena, pois você é o único que não gosta de mim. Eu sou um amor, tá legal ?

-E gostosa...- Arthur fala baixinho e rir.

-Cala boca bigodinho- dou um tapa nele.

-Caralho, Pri- resmunga e faz bico.

-Mexe comigo de novo e fica sem seu ppn.

-Por que "ppn" ?- Dani pergunta e rio.

-Pinto pequeno nojento- falo rápido.

-Vou te mostrar o que é pequeno. Só de ver tu vai cair de boca garota- retruca.

-Não me rendo a coisas nojentas, muito menos vindo de você- retruco de novo.

Ele faz careta e Daniela só rir junto com o garoto.

-Como não nos apresentamos ainda- me levanto- Prazer, Priscila.

-Que vou levar pra cama- Arthur fala e eu faço cara feia pra ele- Não era essa parte ainda? Desculpa- se faz.

-Sou Daniela, esse é o Rafael.

Ele me olha com desdém.

-Já podemos ir, Daniela.

-Não vou voltar pro apartamento com você.

-Eu sou seu namorado e quero que passe um tempo comigo.

-Estávamos passando um tempo juntos, mas você fez questão de falar uma putaria dessas.

Me sento no sofá de novo e Arthur fica me encarando.

-Temos mesmo que assistir esse show ?- pergunto.

-Todos os dias eles vem aqui pra brigar. Adoram me envolver na briga deles, só ignoro.

-A partir desse momento, não quero mais ninguém brigando aqui- falo com ele.

-Você acabou de chegar e quer mudar tudo. Pelo menos está mudando algo que eu queria mudar.

-Pode falar que eu sou foda- me gabo jogando o cabelo pro lado.

-Nem me fala como, só te imagino sendo foda na cama.

-Arthur- repreendo ele e bato em seu peitoral nuo.

-Porra, Pri. Agressiva do caralho.

-Pri é para os mais íntimos.

-Pri- chama a minha atenção pra ela- Está escutando esse absurdo ?

-Sem querer me meter, mas já me metendo. Parem com esse fogo no cu e arrumem o que fazer. Vão arrumar uma casa, vão se resolver fudendo, ou vão pra um cinema, sei lá- começo a dar meu sermão- Parem de brigar toda hora, isso cansa o relacionamento. Vai ter uma hora que nenhum dos dois vão aturar essa picuinha e vão terminar. E quando forem arrumar outro relacionamento, vai terminar de cara porque foram acostumados de uma maneira, e a outra pessoa não vai aturar essa palhaçada toda.

Eles se olham por um momento e Dani abaixa a cabeça.

-Desculpa- fala baixinho.

-Desculpa por desconfiar de você. Sei que me ama e não faria isso- ele puxa ela pra um beijo.

-Te agradeço por ter feito eles calarem a boca. Olha esse momento- bigodinho fala baixinho e rir.

-Como eu tinha dito, eu sou foda bigodinho. Tenta superar.

Me levanto e mando beijo no ar.

-Agora vão pra sua casa e não façam barulhos constrangedores para os vizinhos.

Separo o beijo dos dois e empurro eles pra fora.

-Ei- eles me olham- Não venham mais aqui pra brigarem, se não mato os dois na porrada- ameaço.

-Obrigada por tudo, Pri- ela me abraça.

-Sempre que quiser- sorrio.

-Valeu nojentinha- sorrir.

-De nada escroto.

Eles vão embora e eu entro no apê de novo.

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