Momo tentava controlar a respiração enquanto se encolhia ao máximo na cama de Sana.
Se tratando de auto controle, a japonesa nunca foi a melhor. Ainda mais quando se refere a Chaeyoung.
Ela nunca esquecerá do primeiro mês de Chaeyoung no internato, de quando a garota teve que passar o primeiro cio de sua vida trancada em um quarto do maldito dormitório e ela não pôde fazer nada para ajudar.Em um ato de desespero, ela tentou arrombar a porta do quarto e acabou assustando sua amada e desde então, o carinho e admiração que ela sentia vindo da pequena acabaram se transformando em uma convivência forçada e não importa o que ela tenta fazer para mudar isso, sempre continua da mesma forma.
As lágrimas rolaram pelo rosto de Momo ao lembrar. Pensar que ela apenas queria o bem de Chaeyoung não diminuía o sentimento horrível que era saber que a garota sente medo dela e que, se ela tivesse conseguido arrombar aquela porta, além do medo da garota, também receberia o repúdio.
Quando se trata de Chaeyoung ela se torna aquilo que mais odeia: uma alfa descontrolada e guiada apenas pelos seus instintos.
Mesmo alí, trancada em um quarto no prédio vizinho, ela ainda era capaz de sentir o doce cheiro da ômega e tentava ignorar ao máximo, mesmo com seu corpo gritando para que ela fizesse algo.
Nós momentos em que ficou sozinha, ela se mexeu minimamente na cama e continuou tentando pensar em coisas distintas.
- Voltamos! - Sana anunciou, entrando rapidamente no quarto e puxando Mina junto, antes de trancar a porta novamente. - Aqui estão suas coisas.
- Isso cheira a ela. - Momo tirou uma das blusas dali, tremendo enquanto a segurava.
- A Dahyun que teve que trazer as coisas, nós não conseguimos passar da entrada do prédio.
Ainda tremendo visivelmente, Momo aproximou o pedaço de pano até o nariz e sem aviso ela levantou da cama, arrancando a chave das mãos de Sana violentamente e após abrir a porta saiu em disparada pelo corredor.
Sana gritava pelo nome dela, tentando a alcançar para impedir que algo de pior acontecesse, mas ela não dava ouvidos. Quando conseguiu sair do prédio, já não havia jeito, mesmo que sua mente gritasse para que ela voltasse nunca conseguiria se segurar estando tão perto.
Chegando a porta do prédio, ela esbarrou em uma garota alta e ao tentar abrir a porta foi impedida pela mesma.
- Quem você pensa que é? - Ela se desvencilhou das mãos da garota que permanecia séria e parada na frente da porta.
- Eu sou uma pessoa tentando impedir uma alfa maluca de entrar aqui. - Cruzou os braços, sem se mover um centímetro, mesmo com olhar mortal que recebia.
- Sai da minha frente agora! - Momo rosnou usando sua voz de alfa.
- Isso não funciona comigo, pelo menos não tão bem quanto seria em um ômega. - Arqueou a sobrancelha, desafiando mais ainda a alfa.
- Moça, não deixa ela passar, por favor. - Sana pediu assim que chegou.
- Cala a boca, Minatozaki.
- Momo, pensa no quanto você vai magoa-la se fizer o que está pensando. A Chaeyoung nunca vai te perdoar.
- Mas ela precisa da minha ajuda! - Momo voltou a rosnar, sem tirar os olhos da garota que continuava parada alí, a impedindo de prosseguir
.
- Você não pode fazer isso, Momo!- Ela é minha ômega!
- Não, ela não é, ela é só uma garota. Ela nem tem 17 anos, Momo. No futuro, quando vocês estiverem casadas você não vai precisar mais se segurar, mas agora você vai vir comigo e eu prometo que não conto nada disso a ela. - Sana se aproximou devagar da garota.
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Alphas
FanfictionNo internato feminino mais renomado da Ásia, meninas da mais alta classe social, vindas de todos os países do continente, são enviadas pelos seus pais afim de construir o caráter elitista e superior anteriormente ensinado a eles. Ao contrário dos co...