Bumping

Bumpings and eyes

Mais uma capítulo, nesse vocês vão entender um pouco mais o porquê do nome da fanfic.
Espero que gostem ♥️
...
Pov Camila Cabello

“Andei por aí procurando o universo e o encontrei dentro dos seus olhos”

Por tanto tempo eu procurei o amor, por tanto tempo olhava para todos os lados pensando que aquela pessoa talvez pudesse ser o amor da minha vida, a pessoa que me faria ser a pessoa mais amada do mundo, a que eu iria passar o resto dos dias a amando, a pessoa com quem eu me casaria, teria meus filhos e assim, seria minha vida, toda perfeita.

Tudo mudou no exato momento que eu a conheci, quando olhei para seus olhos. Ela foi a primeira pessoa que olhei e não pensei sobre o amor de uma forma desesperada, não queria forçar nada, apenas deixei levar. Pela primeira vez eu consegui não apressar as coisas, tudo se acalmou. Como se a calmaria tivesse chegado. A calmaria antes do furacão.

-Janeiro de 2015-

“Oi, me desculpa pelo violão”

Foi a mensagem que recebi, estava quase pegando no sono, mas aquilo me fez ficar mais acordada do que nunca. Lembrei de meu violão e que ele estava quebrado, dá um aperto no coração só de pensar. Mas por incrível que pareça aquela mensagem me acalmou, e eu nem sequer sei o nome de quem a mandou, não sei nada sobre a pessoa que esbarrou em mim e quebrou meu precioso violão. Isso é estranho.

Meu violão é importante pra mim, não é só pela música, mas sim pelo que ele carrega com ele. Meu pai me deu de presente quando completei quinze anos, foi a coisa mais importante que alguém poderia me dar até hoje. Foi como se ele dissesse “eu acredito em você, filha. Sei que vai seguir seu sonho”. Semanas depois ele foi deportado de volta para nosso país natal, Cuba. Saímos de lá para ter uma vida melhor e ele foi condenado a viver lá sem sua família, o quão ruim isso é? Eu até hoje choro quando lembro do dia de sua partida, desde lá eu e minha família não o vimos mais, ele é proibido de pisar nos Estados Unidos da América por umas coisas que até hoje não entendo o porquê. E nós não podemos ir visitá-lo. Então a única forma de vê-lo é pelo computador, isso é triste porque ele trabalha muito para se manter lá, quase não falo com ele, nossas rotinas não batem. Mas o amo o suficiente para nunca me esquecer dele.

Lembro da mensagem e fico pensando no que responder. Fico tão curiosa em saber quem é que foi a única pergunta que consegui fazer.

“Quem é você?”

Meu deus que boba, eu devia fingir que a conheço e apenas conversar sobre o violão. Uma estranha sensação me preenche. Isso raramente acontece comigo. Olho para o celular e ela já tinha respondido.

“Lauren Jauregui”

Ela é amiga da Normani? Porra não acredito, a Dinah odeia aquele grupo, se eu disser que Lauren quebrou meu violão, China certamente vai querer tirar satisfações. Sei muito bem que ela arruma qualquer desculpa para ver Normani e de alguma forma falar com ela. Já estou sentindo que vou ter que implorar pra ela não falar com ninguém sobre isso.

“Desculpa pelo violão, você parecia chateada com o que aconteceu”

“Sim, eu realmente estou chateada, mas agora que me acalmei sei que foi um acidente” digito e mando em segundos.

“Eu posso pagar o conserto ou comprar outro novo pra você”

“Não, ele não tem preço pra mim” não sei o porquê mas me deu uma vontade de contar para essa estranha o quão importante o violão era pra mim, essa sensação está estranha demais, eu quase nunca falo essas coisas com alguém, especialmente quando se é alguém desconhecido.