Capítulo 02

8 0 0
                                    


Kaya não sabia se deveria sorrir para alguém que pouco conhecia, por isto apenas estendeu a mão e tomou a caixa das mão de Malibu. Não houve um agradecimento pela gentileza feita ou qualquer expressão que pudesse mostrar que não era completamente arrogante. No entanto, quando Kaya abriu a caixa, apanhou a mais bela varinha já vista por Eoin.

Diferente da maioria das varinhas das alunos de Ilvermorny, a dela não possuía uma pedra de auxílio. Sua superfície era completamente lisa e lentamente se afinava na ponta. Reduziu então que não deveria ter sido fabricada por nativos como a maioria das varinhas escolares, mas feita por encomenda para alguém. Certamente ele estava encantado como se estivesse vendo uma verdadeira obra de arte em sua frente.

— Posso? — Estendeu a mão para a garota, esperando a permissão para tocar naquele item que certamente poderia ser considerada uma obra de arte.

— O que?

— Sou um admirador de varinhas. — Justificou-se. — Estudo Carpintaria e Fabricação de Varinhas na área de Artes Mágicas.

Ela hesitou por um momento, mas acabou cedendo e depositou sua varinha sobre a mão do rapaz que gentilmente virou a varinha de um lado para o outro, admirando os traços. Enquanto isso, Malibu encarava os dois sem entender realmente o que se passava diante de seus olhos.

— Isso é uma varinha de luxo! — Eoin exclamou, seus olhos se arregalaram. Nunca em sua vida havia segurado algo com tanto valor. — Seus pais devem ter gastado uma boa grana.

— Na verdade, foi meu avô. — Explicou. — Ganhei em meu décimo primeiro aniversário, antes de ingressar em Ilvermorny.

— É feita de Brosimum Guianense, certo? Conhecida como Sn...

— Snakewood. — Malibu interferiu, pensativa.

— Do que é o núcleo?

— Do único material que árvore da qual essa madeira foi extraída aceitaria. — O avô de Kaya havia retornado, bem mais rápido do que qualquer um dos três poderia imaginar. — Mas não posso falar sobre isso com vocês, jovens, ou teria que matá-los.

Eoin, temeroso em descobrir algo ilícito, devolveu rapidamente a varinha para a dona e este movimento fez com que o senhor Askook gargalhasse e colocasse uma de suas mãos sobre ele.

— Estou apenas brincando, meu jovem.

De repente, a porta da diretoria se abriu, prestes a selar o destino daqueles jovens que apenas haviam se atrasado para um importante momento escolar.

— Senhorita Hale e senhor Scarrow, entrem, por favor.

Sem questionar ou hesitar, aqueles dois jovens que estavam sendo requisitados no momento, deram um meio sorriso para avô e neta antes de atravessar para dentro da sala da diretora. Por algum motivo, Malibu olhou para trás e um frio percorreu a espinha. Algo parecia estranho naquela cena. Ou talvez fosse apenas sua mente pregando peças, fazendo-a acreditar em coisas que jamais aconteceriam. Certamente estava começando a ser afetada pelas teorias conspiratórias do namorado de seu pai.

Dentro de si, Kaya sentia algo estranho como borboletas no estomago. Estar em Ilvermorny após tudo que havia acontecido era certamente perturbador. Pensou até mesmo em fugir, mas haviam olhos a encarando e o pior deles era aquele do velho ao seu lado.

— K.! — A voz harmoniosa de Nevaeh chegou a seus ouvidos tão repentinamente que precisou virar seu rosto para descobrir onde estaria aquela garota de olhos tão verdes quanto o gramado do jardim. — Graças a deus que você está bem!

A Ordem da SerpenteWhere stories live. Discover now