Callum
'Cause here I am
I'm giving all I can
But all you ever do is mess it up
Yeah, I'm right here
I'm trying to make it clear
That getting half of you just ain't enough(...) I'm standing here naked (naked, naked)
− Naked (James Arthur).
Isla era tão pequena que o cavalo a cobria totalmente. Ela estava parada em frente a um puro sangue que parecia ter gostado dela, logo que passou ao meu lado, ele enfiou a cabeça do lado de fora e a cutucou com o focinho. Desde então Isla está conversando com ele, acariciando sua cabeça e dando petiscos que o treinador entregou a ela. Olhando-a tão bonita e distraída me senti feliz que estava comigo.
Ontem perdi a minha cabeça.
Estava sem dormir desde sábado e não queria ir à festa, não por ela ou por seus amigos, sim porque minha cabeça doía e me sentia perdendo o controle a cada maldito segundo. Tive um embate agressivo com Charlie porque ele fica me pressionando, falando sem parar, me cobrando tomar a medicação, com medo que tenha outra crise de pânico como presenciou da última vez e tive que ser internado. Entendo o lado dele, de verdade, mas ele deveria entender que me encher não é um bom caminho.
Charlie não se importa com nossas brigas. Somos irmãos, de coração e alma, ele é meu melhor amigo e a pessoa que mais confio no mundo. Sempre esteve comigo. Dormiu todas as noites que estive internado por causa do câncer, segurou minha cabeça nos enjoos da quimioterapia, sentava horas do meu lado durante a medicação e comprava picolés de banana para ajudar.
Isso não quer dizer que quando estou no auge da insônia, quero ouvi-lo. Estava com os nervos a flor da pele, me sentindo fora do padrão e ao olhar os stories da Isla perdi totalmente meu foco. Ela estava gostosa com um maiô amarelo, todo cavado, nas laterais dava para ver o formado pequeno e redondinhos dos seus seios, era bem cavado na frente e provocante atrás. Sua bunda era simplesmente linda, durinha e as coxas torneadas ficaram elegantes nos saltos brancos.
A porra da abelha mais sexy que já vi.
E ela poderia estar carregando meu bebê.
Foda-se se ia deixá-la sozinha.
Troquei de roupa e meu primo me seguiu apenas no caso que chegasse lá brigando com ela. Isla estava com um copo de bebida e por dois segundos considerei falar merda, até que veio o pensamento que ela jamais beberia ciente que estava no processo de fecundação do nosso embrião. Peguei-a no colo, marcando meu território e minha boca formigou morrendo de vontade de beijá-la.
Só que não queria beijar do jeito que estava me sentindo. Não era certo.
Isla mais uma vez me surpreendeu, me seduzindo com sua conversinha que queria ir para minha casa. Sabia que não podíamos transar, mas podíamos fazer qualquer coisa divertida até que ela me deu um olhar como se soubesse o que estava sentindo. Era como se me dissesse que ficaria tudo bem. Tirou a sua saia e me levou para o quarto. Fiquei de cueca e deitei em cima dela, arrepiado com seu carinho, com suas pernas me prendendo no lugar.
E aí ela cantou.
Isla cantou a música que minha mãe me ninava.
Fazia mais de vinte anos que não ouvia aquela música.
E foi como mergulhar em uma piscina de paz.
Ficou tudo bem.
Dormi do momento que começou a cantar até o dia amanhecer. Isso não acontece há tanto tempo que não sei calcular.
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Diga que Me Ama
RomanceCallum Lowell é um bem-sucedido empresário de Boston. A Lowell Holdings Inc é famosa no mercado, com seus investimentos variados, principalmente no ramo da construção civil. Apesar de toda fama, o Callum é solitário, cresceu com um pai abusivo, pass...