Um Suicídio Qualquer

^Ações^

Etiquetas definem nossas vidas, mesmo odiando-as. O que te faz bem? Você se sente vivo? Você mente para si ou para os outros?

Foram inúmeras vezes que tive que sorrir porque todos estavam me olhando, mas em um momento eu demonstrei que estava me fudendo, eu gritei e chorei. Demorei para entender mas finalmente compreendi que meus sentimentos estavam relacionados ao prazer, me encontrei em diversas camas alheias para conter todo tesão da dor e foi assim que comecei transar com quem me fez chorar, me droguei diversas vezes com ele porque me tornei uma vadia entregue, uma filha da puta que faz sexo por sofrimento.

Meus olhos brilharam, meus pulsos sangraram, as imagens veio à cabeça e a magia se aprofundou por minha garganta mas foi momentâneo...tudo foi escuro e o choro veio novamente. Odeio os olhares, odeio as pessoas porque me deixam nua e abusam de tal de forma que me machuca psicologicamente...tudo desmoronou e eu deixei, minhas notas, meu rendimento mental, meus momentos felizes, minha vida tudo se encontrava fudido.

Pude entender meus limites..limites de avisar alguém que tenho certos problemas, limites de não poder sorrir, limites de se afogar e gostar, então implorei para que pudessem ver o quanto estava limitada mas não adiantou e eu continuei tentando colocar tudo para fora e matar meu demônios.

Foi inúmeras vezes que não fui à escola e me chamaram de preguiçosa, foi inúmeras vezes que me machuquei com as pessoas e me chamaram de mentirosa...foi anos com uma tortura na cabeça, foi anos querendo morrer, foi anos gritando e não sendo escutada. O choro após a escola doía tanto, os gritos me assustavam, as noites em claro era agoniante, os cortes me faziam bem e eu demonstrei á todos que estava em um lugar tóxico, xinguei à todos por raiva de ninguém notar que tudo estava doendo.

Não dormia, não comia, não conversava, não sorria, não vivia e foi assim que entendi o prazer da solidão. Tive que emagrecer, vestir roupas que me faziam mal, me tranquei no quarto estudando para dar orgulho ao meus pais, andei com varias pessoas, me exclui de todos porque meus pensamentos estavam me matando, chorei por pessoas que me machucaram intensamente e independente de tudo, eu falhei como pessoa.

Me chamaram de vadia e me tocaram, foi assim que soube que seria apenas um corpo para todos e seria somente minha função. Fui a vadia, fui a filha da puta, fui a pessoa que chamava atenção porque xingava todos que me machucavam.

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"eu tenho medo do vazio, de viver nessa crise de vida ou morte e eu apenas finjo não perceber, estou intimo com isso porque não é a primeira vez"