capítulo 14

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—Meu pai vai me matar– passei as mãos no rosto frustrada.

—Por que?– ele disse sem tirar os olhos da rua.

—Porque eu sou a santinha dele, e eu chegar assim– apontei para as roupas —E com você– apontei para ele —Vai ser uma catástrofe.

—Ate parece que você é tão santinha– ele riu — E se quiser eu te deixo no meio da rua mesmo.

—Ah claro, vou sair desfilando com esse look maravilhoso, nada sexy– bufei.
—E só pra constatar, eu sou santa sim, nunca nem namorei.
Ele apenas deu uma risada fraca.

—É sério, e graças a isso eles vivem tirando sarro da minha cara e agora eles vão pensar que nos estamos namorando e vão fazer uma festa e...

—Ei, calma– ele me cortou, aí eu percebi que estava falando rápido de mais.
Respirei fundo.

—Vira a direita.

Depois disso as únicas palavras que se escutavam naquele carro eram às minhas coordenadas para a casa do meu pai.
Chegando lá, Gordon abriu o portão e ele entrou com o carro parando em frente a porta.

—Esta entregue– ele nem sequer olhou na minha cara.

—Obrigada– agradeci e abri a porta saindo do carro.

—Aly.... Ethan?– meu pai disse descendo as escadas da frente.
—Ta tudo bem?– ele parou na minha frente e segurou meus ombros para me analisar.

—Eu tô bem, eu acho– revirei os olhos e comecei a subir.

—Alyssa– chamou o ser e eu me virei— suas roupas– ele deu um sorrisinho.

Desci e peguei minhas roupas e agradeci com um sorrisinho falso.
Eu preciso de um banho e relaxar, e me lembrar o que aconteceu noite passada.

Fui para o meu quarto ignorando Dani me chamar, entrei no meu quarto e fechei a porta, joguei minhas roupas na cama e fui direto para o banho.
Deixei a água cair sobre mim deixando aquele peso de morta sair do meu corpo.
Terminei meu banho e coloquei uma roupa confortável, hoje eu não piso fora dessa casa, acho que nunca mais eu saio daqui, ou melhor eu nunca mais coloco um pingo de álcool na minha boca.

Desci para a cozinha e encontro Dani, Meu pai, Ethan e Sofya.
Eu mereço.
Ignorei todos e fui até a geladeira pegando uma garrafa de água.

—Alyssa, por que você não nos contou que estava namorando?– naquele momento eu cuspi toda a água e acabei me engasgando.

—C-Co-como?– falei enquanto tossia.

—Não precisava se afogar– Dani deu uns tapinhas nas minhas costas me ajudando a voltar ao normal.

—Mas eu não...

—Desculpe amor, eu não sabia que você não tinha contado– amor? Como assim.

—Pera aí, Alyssa desencalhou? Vai chover canivete– falou Josh entrando na cozinha junto com Thomas.
Eu apenas fuzilei Ethan que estava apenas rindo com a minha família tirando sarro de mim.

—É sério a Aly nunca namorou– e aí começaram as histórias e eu apenas fiquei encarando seriamente o ser que me ignorava.

Dei uma leve tossida chamando a atenção se todos.
—Posso conversar com você, amorzinho?– disse já puxando ele pelo braço.

—Claro amor– o levei até a área da piscina e chegando lá ele começou a rir.

—Que merda foi essa?– dei um leve tapa no seu ombro.

—Ai...– ele massageou o ombro— eu apenas salvei a sua imagem de santinha e ainda te dei uma forcinha.

—Como assim?– cruzei os braços.

—Primeiro, você disse que a sua família não te deixa em paz em relação a namoros, segundo, seu pai ficou me enchendo de perguntas e isso foi o melhor que eu consegui fazer– ele abaixou a cabeça.

—Então você disse a eles que é meu namorado só por que estava com medo do meu pai?– falei indignada —Incrivel– passei as mãos no rosto e comecei a andar em círculos.

—Nem é tão ruim assim vai– ele estava dando risada.

—Não tô vendo graça não– falei o encarando seriamente.

—Para se ser estraga prazeres, além do mais assim eles não podem mais pegar no seu pé– ergui um sobrancelha e e inclinei a cabeça —O negócio é o seguinte –Ele se sentou na espreguiçadeira e sentei na sua frente —Seus pais estão te enchendo o saco por que você não namora certo?– concordei meio irritada —Minha mãe vive pegando no meu pé por isso também, então que tal a gente se ajudar hein?– ele me deu um sorrisinho.

Apenas continuei o analisando e esperando que ele continuasse.
Ele bufou e falou.

—Eu falei pra minha mãe que eu estou namorando e ela quer que eu a leve para jantar esse final de semana– ele deu um sorriso irônico.

—Por que você disse isso?

—Pelo mesmo motivo que você, ela não parava de me encher o saco com isso então, eu simplesmente falei.

—Eu não vou fazer isso– fiquei em pé.

—Por favor..– ele juntou as mãos e fez biquinho.

—Pede pra estagiária ué– dei de ombros.

—Minha mãe surta, além do mais eu não gosto dela– ele deu de ombros.

—E você gosta de mim?– cruzei os braços.

—Você é menos... Criança– segurei minha risada.
Comecei a andar de um lado para o outro, até que não seria má ideia, ele é bonito, é irritante sim, mas sei lá...

—E aí, vai fica andando que nem barata tonta ou o que?– parei e o olhei.

—Fechado.


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