3. Decision

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Olá, eu voltei com o prometido extra. Amei escrever, e espero que vcs deem amor pra essa minha fic flopadissima q eu amo tanto

Desculpem se tiver algum erro, ainda não corrigi o capítulo com cuidado, farei isso amanhã

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Em meados do século XVII, apesar de servir o império, por desejo de seu pai que também havia sido soldado, Hoseok era um grande defensor do movimento Silhak, que buscava estudar melhoramentos para a agricultura e indústria, assim como amplas reformas na distribuição de terras, sendo forte entre os oficiais acadêmicos liberais. Seu namorado era quem o explicara mais sobre esse assunto, o fazendo se interessar nisso. Acreditava que esse seria um meio de construir uma nação moderna.

— Tudo que eu queria era que meu serviço como soldado terminasse logo. Esse império conservador pelo qual eu luto é péssimo.

Hoseok estava com seu companheiro, sentado em frente ao rio Han, onde acontecia um festival local, no qual poderiam ver as pessoas soltarem lanternas de papel, iluminando o céu com as luzes multicoloridas. Eles mesmos tinham as suas, para soltarem mais tarde.

— Mas o posicionamento do Rei Yeongio é muito sagaz. Ele está nomeando cargos de forma imparcial, evitando esse sectarismo, e fortalecendo a autoridade real dele. Isso lhe dá estabilidade política – o outro respondeu, entrelaçando seus dedos aos do Jung, da forma mais discreta que podia.

Estavam sentados na parte mais isolada possível, pois sabiam que não poderiam ser vistos trocando afeto dessa forma.

— Todavia, sabemos que é só um jogo político, que é difícil vermos uma mudança realmente acontecer – Hoseok argumentou.

— Acho que nós não colheremos os frutos dessa mudança, ela será gradativa, e apenas no futuro é que haverá resultados.

Se Hoseok soubesse que ele mesmo veria sim tudo acontecer... Viu, 30 anos depois, o próximo rei manter essa imparcialidade, montar uma biblioteca real, iniciar reformas políticas e culturais. Viu o Silhak prosperar, e os acadêmicos recomendarem mais e mais as reformas na agricultura e indústria, as quais o governo insistia em não adotar.

Mais tarde, viu o Japão ocupar e colonizar seu país, viu ele se tornar uma República, e tudo isso, sem seu grande amor ao seu lado, pois ele fora arrancado de si de forma estúpida e bruta.

— Eu te amo tanto – Hoseok olhou no fundo dos olhos felinos, sentindo todo aquele amor refletindo de volta para si. – Você é tão inteligente. Nunca pensou em ser um acadêmico?

— Eu também te amo – o sorriso gengival que deu fazia o Jung suspirar, apaixonado. – Sabes que eu sou um espírito livre, essa coisa de estudos regrados assim, não faz meu tipo.

Acariciou os cabelos longos de Hoseok. A única coisa que gostava sobre ele ser soldado, era quando usava seu uniforme, e o cabelo preso pela metade. Era tão lindo, que o fazia quase babar. No entanto, tudo nele não combinava com esse trabalho. O achava gentil, sua personalidade doce, suas mãos macias, seu rosto delicado. Queria o guardar em casa e proteger de todo o mal do mundo.

Também percebia que Hoseok só era animado quando estava consigo. Contava piadas, o fazia rir, era como um sol aquecendo seus dias. Porém, quando não estavam juntos, ele era carrancudo e infeliz, insatisfeito com o rumo de seu destino.

Quando chegou a hora de soltarem suas lanternas, acenderam, e as deixaram ir com o vento, admirando a beleza dos pontos luminosos dançando no céu, enquanto trocavam um beijo rápido, mas sem nunca largar a mão um do outro.

Blood TieOnde histórias criam vida. Descubra agora