Intrínseco

Por um triz

Sasuke encarava seus filhos brincando ainda apreensivo pela falta de contato com a esposa, sabia que não tinha com o que se preocupar, principalmente porque Sora e seu time estavam com ela, mas simplesmente não conseguia ignorar o incômodo que sentia no peito.

— Papai – Sarada apareceu – Porque o Sora e a mamãe tiveram que sair tão cedo?

— O Hokage pediu, eles precisavam fazer uma missão urgente.

— E por que o senhor não foi?

— Alguém precisava ficar com você – riu de canto e a filha sentou-se ao seu lado.

— Então você não vai trabalhar hoje?

— Não, vou ficar com vocês.

— Pode treinar comigo?

Ele assentiu.

— O que quer treinar?

— Alguns jutsus do clã e meu lançamento de shurikens.

— E seu taijutsu?

— Treinei com a mamãe e o Sora esses dias. Ela disse que meu controle de chakra está muito bom e já consigo quebrar as coisas como ela.

Sasuke riu.

— Só não seja tão escandalosa e irritante quanto ela.

— Você não gosta?

Sasuke encarou a filha com o olhar curioso e se segurou para não gargalhar.

— Gosto na sua mãe, mas ainda sim tenho vontade de prendê-la em um quarto às vezes.

— Sinto a mesma vontade com o Boruto – revirou os olhos – ele é muito irritante.

— Mas aí é diferente – Sasuke se levantou – Ele é um mini dobe, tem o potencial limitado. E nunca mais diga que ele é irritante, está usando essa palavra da forma errada.

Sarada riu e seguiu seu pai até o quintal. Passaram um bom tempo treinando e sendo assistidos pelos gêmeos, o mais velho não precisava corrigir muitos gestos de Sarada, já que a filha era esperta e aprendia muito rápido. Impressionou-se quando a mesma usou um dos golpes da mãe e sentiu ainda mais orgulho.

— Nossa vez! – os gêmeos gritaram e pularam.

— Sarada, pratique taijutsu com seus irmãos agora.

— Está ficando velho papai – ela brincou e saiu correndo com os menores.

— Eu concordo – Karin disse se aproximando e Sasuke revirou os olhos.

— Tsc.

— Sempre detestei que fizesse isso quando morávamos com Orochimaru – ela cruzou os braços e sentou no deque – Alguma notícia?

— Ainda não – ele sentou-se ao seu lado – Mas não tem com o que se preocupar, Suna é bem protegida e mesmo que tenha sido vítima de um ataque subliminar eles estarão bem.

— Está falando isso mais pra você do que para mim, não é?

Ele revirou os olhos.

— Não gosto de ficar longe dela. Ainda mais em uma situação como essa.

— Uchihas e essa possessividade – sorriu – Sempre achei fofo seu cuidado e carinho com a Sakura.

— Hm.

— Precisa de ajuda com as crianças?

Sasuke olhou o celular mais um vez, suspirando após não ter respostas sobre a esposa ou o filho.