XXXVI

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── Deve ser o sangue. ── comentou Laura. ── O sangue que colocaram em você. ── ela falou e Mari concordou.

── Isso não é uma criança. É uma fera! ── comentou Mari e eu me afastei dela rapidamente.

── É uma criança sim... É meu filho. Eu sinto... ── Kelly me cortou.

── Sente ele rasgando você por dentro. Isso não pode ser normal! ── Kelly comentou e eu neguei com a cabeça e senti uma fisgada.

── Aai... ── comentei e retirei a blusa ficando só de top e olhei para a minha barriga vendo ele se mexer mais de uma forma mais horrorosa.

── Você precisa tirar isso. ── Kelly comentou desesperada e alguém bateu na porta.

── Não vou tirar. Não vou... Ele deve estar com fome. ── comentei rápido.

── Ele deve querer sangue, já que é um sanguessuga. ── comentou Laura rosnando baixinho e eu olhei feio para ela.

── Ele é meu filho. Por favor não ofendam ele. ── comentei e me sentei na cama sentindo mais dor.

── Já chega! ── a porta foi arrombada e Heitor entrou com os outros e eu olhei para Kelly assustada.

── O que... ── as palavras sumiu da boca de Arthur assim que ele olhou minha barriga.

── Uma fera. ── sussurrou Nicolas.

── Não é uma fera! É o meu filho. ── gritei fraca e me levantei sentindo ele se mexer mais e fechei os olhos.

── Você não pode ficar com isso. ── Heitor comentou e eu olhei para ele.

── Isso? Isso é meu filho Heitor... Nosso filho. ── comentei seria. ── Me deixem sozinha. Por favor! ── comentei seria é a anciã falou.

── Vamos respeitar a decisão de Elizabeth. Ela é a mãe, e mães são seres que nenhum humano, lobo ou vampiro consegue entender. Se ela diz que não é. Vamos acreditar. ── ela comentou seria e eu olhei para ela tramendo. ── Precisaremos de sangue. De muito sangue. ── ela comentou e saiu acompanhada de Mari e Laura.

Não demorou para todos saírem também me deixando sozinha com Heitor. Eu olhei para ele seria e peguei a blusa colocando a mesma de volta e me sentei na cama levando a mão até a minha coluna.

── Se você tirar ele... ── Heitor começou e eu mordi o lábio.

── Não vou tirar ele. ── comentei seria e ele se sentou ao meu lado.

── Eu só quero dizer que eu vou ficar do seu lado. ── ele comentou e eu o olhei.

── Estou com medo dele ser uma fera como todos dizem. ── comentei abraçando minha barriga e Heitor me abraçou.

── Vai ser nosso filho. Independente do que os outros falem. ── ele falou acariciando minha barriga e coloquei a mão em minha barriga.

── Nosso filho. ── sussurrei e ele colocou a mão por cima da minha e por um momento ele pareceu se acalmar.

Mais tarde Kelly voltou ao meu quarto com uma garrafa cheia de sangue. Eu bebi um pouco e ele se acalmou por completo, minha barriga voltou ao normal, como de uma grávida mas um pouco maior do que esperávamos.

Desde então eu venho tomando sangue para continuar daquele jeito. Heitor me pediu em casamento direito e marcamos para um dia antes que o bebê nascesse. Todos da alcateia receberam de bom grado as notícias, claro, não contamos o que nossos bebe era, mas não cabia a ninguém saber por enquanto.

Jack e Kelly também marcaram o casamento, para o mesmo dia que o meu e o de Heitor. Preferimos fazer o casamento junto para não termos tanta dor de cabeça. Mesmo grávida eu continuava a frequentar a academia e Heitor morria de preocupação por causa disso.

Eu passava a metade da tarde brincando com Lilian que sempre acariciava minha barriga e conversava com o bebê, dizendo que quando ele crescesse ela brincar ia muito com ele.

A barriga crescia cada dia, eu estava assustada com aquilo, com medo de não dar tempo de chegar o dia do casamento. Com medo de acontecer algo quando eu der a luz a ele. Heitor tentava me acalmar mas eu não conseguia dormir a noite de tanto pensar nisso.

A Princesa do SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora