Capítulo 1

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E olha nós aqui!!! 

A partir de agora vocês conhecerão mais um pouquinho da Paula, dez anos depois. Hoje, com 27 primaveras, uma mulher para frente e que não está preocupada com julgamentos, apesar de viver em uma cidade pequena. Estou amando as mensagens de carinho e ansiedade, porque eu estou assim também hehehe. Até quarta-feira, misteriosas. 

 Se estiverem curtindo, estou pensando em fazer um desafio na sexta-feira para rolar um capítulo no final de semana, o que acham? Vamos vendo como vocês estarão por aqui :)

Amo tus!

― Paulinha, as roupas acabaram de chegar

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― Paulinha, as roupas acabaram de chegar.

― Ah, ótimo, Amanda. Pode receber e precificar, por favor.

Minha funcionária, e amiga, assente e vai para os fundos da loja. Eu já estava preocupada com a demora na entrega da mercadoria, mas graças a Deus o pedido chegou a tempo do final de semana. O comércio não está nada legal por aqui, mas com o início da alta temporada eu estou otimista para que haja uma melhora nas vendas.

O movimento do único shopping da cidade é fraco em dias normais e preciso ficar contando com alguns finais de semana, feriados, finais de mês e a chegada do verão. Quando decidi abrir esta loja, nunca imaginei que seria tão complicado mantê-la. Os gastos, muitas vezes, são maiores que os lucros, mas é o custo de seguir um sonho, ou pelo menos uma parte dele.

Infelizmente, eu não pude estudar o que eu sempre quis. Estava tudo certo para entrar na faculdade de moda, sair da cidade, assim como meu melhor amigo na época fez, mas então minha vida deu uma virada de 180º. Meu pai perdeu o emprego que sustentava minha família, em consequência disto, minha mãe ficou doente e eu precisei ficar em Angra para ajudar no que fosse preciso.

Fui obrigada a procurar emprego e foi aí que comecei a trabalhar em lojas de roupas. Cada salário ganho, eu tirava uma parte para casa e outra ia juntando para conseguir fazer alguma faculdade por aqui mesmo. Decidi cursar Administração, a área mais neutra que estava à disposição. Era isso ou nada. Estudei, me formei e abri minha própria loja de roupas.

Hoje posso dizer que estou quase realizada. Com 27 anos, tenho uma loja no shopping, consegui quitar as dívidas dos meus pais, moro sozinha em um apartamento confortável e estou com Fábio, um policial civil, há dois anos.

― Paulinha, terminei uma parte e depois do almoço continuo, tudo bem?

― Claro, Amanda. Pode ir! ― respondo, voltando minha atenção para o computador.

― Nossa, não sei como você consegue mexer nisso aí ― minha amiga comenta.

― Excel? É só ter prática. No início foi o cão chupando manga, mas agora não vivo sem. Melhor forma de fazer uma planilha bem feita. E o meu TOC agradece. ― Nós duas rimos.

Meu Melhor Amigo | I - [NA AMAZON]Onde histórias criam vida. Descubra agora