Chegamos no Curral e minha vontade de rir começa. É uma das únicas boates da cidade e eu não vejo elegância alguma no letreiro em neon azul escrito "Curral", com letras cursivas e tudo. Aff, sério! Coisa mais brega, mas o que importa é que Luanzinho estará aqui.
Se eu sou fã? Não chego a ser fã, mas amo como as músicas dele me deixam para cima. Dá para dançar, curtir, gritar... Enfim, é muito mais por me fazer bem que qualquer outra coisa. E, claro, ele é uma delicinha.
Fábio me ligou e eu disse que estava aqui com Matheus. Ele queria vir, mas eu logo cortei, dizendo que hoje eu quero curtir com meu amigo. Apenas isso. E ele entendeu. Ou pelo menos parece que entendeu.
O nome pode ser de mau gosto, mas por dentro o Curral é um grande e moderno galpão, parecido com um dos espaços do Villa Country em São Paulo, porém bem menor. A dupla que estava cantando se retira e um barulho ensurdecedor começa. Aproveitando a pausa, eu e Matheus pedimos uma caipiroska de lichia no balcão de bebidas e seguimos para a pista.
Como se soubesse que o Luan está no palco, o público, em sua maioria feminino, fica ensandecido. E quando o back vocal começa a cantar a primeira parte da música "Quando a Bad Bater" aí que o barulho aumenta mais e eu e Matheus gritamos juntos.
Luan aparece e os holofotes acendem em toda sua força. Porra, ele pode ser mais novo, mas olha... eu pegava para cuidar, viu?
E então ele começa a cantar:
"Amor, eu só quero o seu bem
Se for embora agora vai ficar sem ninguém
Amor, eu quero um filho seu
E eu não suporto a ideia de que nada valeu..."
Eu e Matheus deixamos os copos vazios em cima de uma pequena mesa e começamos a dançar um com o outro. Várias outras pessoas fazem o mesmo. Eu amo dançar, é tão libertador. Logo alguns caras me chamam, mas Theus não fica para trás. Ele tem seus admiradores também. A pele constantemente bronzeada, os músculos torneados despontando da camisa branca de gola V e os olhos verdes bem claros fazem do meu amigo um pedaço de mau caminho. Ele me olha e sorri, como dizendo: vamos aproveitar, loira. E é claro que eu aproveito.
E então vem o refrão que eu adoro:
"Não vai saber o que fazer
Quando a bad bater e o silêncio trazer minha voz
Não vai saber o que beber se esse vinho não mata essa sede,
Sede que é de nós"
Suada, leve e livre, é como me sinto. Danço com um, dois, três caras, mas nenhum deles se arrisca a perder o respeito comigo. Pelo contrário, estou me divertindo como há muito tempo não me divirto.
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Meu Melhor Amigo | I - [NA AMAZON]
Romansa*Livro sem revisão* O clichê que Amamos é o nome da minha nova série. Desta vez, decidi escrever noveletas, livros mais curtos que um romance normal e maiores que um conto. Serão histórias INDEPENDENTES, com temas clichês (do jeito que a gente ama)...