22°Capítulo: Será que um dia essa dor vai ter fim?

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Mais um capítulo fresquinho, espero que gostem!!!

Quando eu olhei pra dentro daquele caixão eu nem acreditei que ali era o homem que eu tanto amo. O Fábio estava com muitas faixas na cabeça, por todo o rosto, com certeza que a pancada foi toda na cabeça, ali não tinha um rosto para me despedir, eu não pude ver seu belo rosto pela última vez, o seu corpo estava com uma roupa social, calça preta e camisa branca que estava abotoada até o último botão, que ficava apertando o seu pescoço. Ele sempre me dizia que não gostava de camisas social por causa que apertava seu pescoço e, ao lembrar disso eu levei minhas mãos até o pescoço dele e desabotoei dois botões e falei pra a família dele que não era para voltar a abotoa-los, pois era um desejo dele.

E assim ficou os dois botões abertos até quando o caixão foi fechado. Durante aquela madrugada eu não sai do seu lado fiquei com ele até amanhecer e, só fui para casa tomar um banho e fingir para a minha família que eu tomei todo meu café da manhã, quando eu cheguei em casa pela manhã já passava das oito horas da manhã, encontrei o Erick e a Clarinha lá, assim que eles me viram correram e me abraçaram, eu estava precisando tanto daquele abraço, eu estava precisando tanto do amor e do carinho dos meus amigos que se tornaram meus irmãos, chorei novamente e os perguntei se um dia aquela dor irá passar, porque doia tanto???

Eu os perguntei, porque parece que meu coração foi arrancado com um ferro em brasas. Porque eu sinto que não nasci para ser feliz??? São tantos os porquês. O Erick e a Clarinha me falaram coisas que acalmou um pouco o meu coração, mas aquela dor continuava lá.

Erick me disse que seus pais estão na casa da minha mãe tomando café com meus pais, eu até gostei porque minha mãe ia largar um pouco do meu pé me obrigando a comer. Tomei um banho bem demorado, eu só queria poder ficar um pouco sozinha.

O enterro será às duas da tarde então eu aproveitei para tentar dormir um pouco, tarefa essa que eu não consegui. O Senhor Salvatore e dona Helena vieram até o meu quarto e cada um deitaram de um lado me deixando no meio, me deram o carinho que eu queria que meus pais biológicos me dessem, mas também eu até entendo meus pais, eles são do interior e não tem esse costume de ficarem abraçando ou beijando à toda hora, mesmo sendo uma hora tão difícil para mim. Abracei dona Helena e chorando fazia as mesmas perguntas que já havia feito outras vezes mas que ninguém souberam me responder, ela e o Senhor Salvatore com sua sabedoria adquirida pela idade me falava palavras de conforto que aqueceu meu coração e até que eu consegui dormir.

Quando acordei achando que eu perderia o enterro, percebi vendo no meu relógio que eu só dormi meia hora. Levantei já estava sozinha na minha cama, tomei mais um banho e vesti uma saia preta até os joelhos e uma blusinha branca de seda com as alças finas mais não tinha decote. Coloquei uma sandália com um saltinho baixo, passei perfume e sai do quarto encontrando todos sentados na sala, eu peguei uma toalhinha de rosto que tem meu nome e, avisei a todos que eu já estava voltando para a casa do Fábio e todos se levantaram dizendo que iriam me acompanhar, pedi que fossemos todos à pé pois não é tão longe, meus pais e a Ariana também foram nos acompanhando, chegamos na casa do Fábio já era por volta de 11:45nze da manhã, estava rezando um terço de corpo presente, rezei junto entregando a alma dele nas mãos de Deus, pois era ali naquele caixão que estava homem que eu mais amei na minha vida.

Só vinha na minha mente que eu não nasci pra amar e ser amada, antes de sair o caixão os amigos dele fizeram uma homenagem para ele, todos estavam com faixa do time que ele mais gostava que era o Flamengo, quando o caixão foi fechado colocaram uma foto grande dele e embaixo da foto uma bandeira do Flamengo. Todos nós demos adeus para ele cantando o hino do Flamengo, o carro da funerária ia na frente levando o corpo dele e todos nós logo atrás do carro cantando e chorando por todo caminho até chegar no cemitério que não era tão longe, como a cidade é pequena tudo acaba sendo perto, quando o caixão desceu sobre a sepultura, eu gritei.

Sonhar não é pecado Onde histórias criam vida. Descubra agora