Eva e Antônio (Segunda parte final)

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Por Eva

- Mãe são só dois adultos jantando.- Falo a olhando na porta do meu closet.- Nada demais.

- Se fosse nada demais você não estaria aí revirando esses cabides.- Ela rir.

A olho e respiro fundo. Passei o dia nervosa com vários pensamentos na cabeça e o que mais predominava era se eu estava fazendo a coisa certa.
Antônio era professor da minha filha, não deveríamos nos envolver.

- Coloca um sorriso esse rosto.- Ela caminha até mim e passa a mão em meu rosto.- Pare de se preocupar demais.

- Ele é professor da Mel mãe.

- E daí, isso não faz dele um ser assexuado.- Brinca.-  Ele é um homem normal e você uma mulher normal tem todo direito de saírem.

- Mas e se for horrível?

- Eva pare um pouco de pensar e simplesmente viva.- Olha fixo em meus olhos.- Você passa o dia, as horas pensando no melhor para a Mel esqueceu completamente de você desde que a teve.

- Mas essa foi a minha escolha.

- Não, sua escolha foi tê-la sozinha, não de deixar de viver.- Acaricia meu rosto.- A quantos anos não sai com um homem, a quanto tempo não transa.

- Mamãe!- Saio de perto dela e me sento na poltrona.

- Eva que eu saiba desde que teve a Mel você nunca mais teve nada com ninguém.

- É, não tive.- Digo sem graça.

- Deixa eu ver uma foto dele.- Pede.

Pego meu celular em minha bolsa e coloco a foto de perfil do WhatsApp.

- Nossa!- Sorri maliciosa.- Se eu não fosse casada com seu pai, com toda certeza daria para ele.

- Mamãe!- Pego o telefone.- Ele é um gato mesmo.- Confesso olhando para a foto.- Mas nós só iremos jantar, somente.

- Algo me diz que não será só o jantar.

- Vovó!- Mel entra no closet correndo.

- Elvira vamos, eu e a Mel estamos com fome.- Diz meu pai logo atraz dela.

- Vamos sim que a Eva tem que se arrumar.

- Mel.- Chamo minha pequena a pegando no colo.- Obedece seus avós.- Digo firme. - Sem bagunça.

- Prometo, sem bagunça.- Beija meu rosto.

- Te amo minha princesa.- Beijo seu rosto.

- Te amo mais mamãe.- A coloco no chão.- Vamos vovó tô com fome.- Olha para minha mãe.

- Vai indo com o vovô que eu já vou.

- Tá bom.- Fala e sai com meu pai.

Minha mãe pega e se vira para o meu armário mexendo nos cabides.

- Esse aqui.- Pega um dos meus vestidos.- Lindo.

- Não é muito decotado?- Olho para a peça em suas mãos.

- Nenhum pouco, na medida certa.

Pego o vestido preto de mangas longas que vai até a altura dos joelhos tendo também um decote generoso nós seios.

- Coloca uma calcinha bonita.- Minha mãe beija meu rosto.- Usa camisinha.- Diz e sai rindo.

Pego meu celular e vejo que já está quase na hora dele me pegar.

- Quer saber, vamos deixar as coisas acontecerem.- Penso alto.

Pego uma calcinha preta e a visto e logo após coloco o vestido a ajeitando no corpo.
Faço uma maquiagem leve, base, delineado, rímel e um batom vermelho vinho.
Escutei meu celular aptar e vi que era uma mensagem dele avisando que já estava a minha espera.
Peguei meus sapatos de salto preto os vestindo rapidamente, correndo para pegar minha bolsa.
Sai do apartamento indo direto para o elevador e me olho no espelho arrumando meu cabelo que estava um pouco bagunçado.
Sai no rol do prédio e o vejo do lado de fora encostado em um carro. Caminho até ele um tanto sem graça pela demora.

Contos LadylisOnde histórias criam vida. Descubra agora