Valentina e Victor (Parte 2)

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Pov Valentina

- Entra.- Dou passagem para Victor e fecho a porta.

Ele não disse nada somente me puxou para os seus braços me prensando contra a porta e atacando minha boca com vontade.
Sempre era assim, ele fazia com que eu me derretesse em seus braços com seu jeito bruto de me pegar, de me tocar, era algo delicioso, mas naquele momento antes de qualquer coisa eu precisava falar com ele, conversar, ter o seu apoio.

- Calma...- Falo ofegante.- Preciso...- Me interrompe cobrindo minha boca com a dele novamente.

- Tem dois meses que não te como caralho, tô morrendo de saudades de você.- Segura com firmeza meus cabelos fazendo com que eu olhasse para ele.

- Tá com saudades da minha buceta isso sim Victor.- Dou risada.- Me escuta antes de qualquer coisa, preciso do meu amigo agora.

- Quando você me olha desse jeito.- Ele rir de canto e encosta a testa na minha.- Não consigo resistir a essa carinha de cachorrinho pidão.

- Eu sei disso.- O abraço e ele me pega em seus braços e caminha até o sofá e se senta comigo em seu colo.

- Fala, já tô curioso.

- Bom, você sabe que eu vivo para o tribunal, audiência...

- Sim eu sei que você vive para essa loucura.- Revira os olhos.- Valentina eu te conheço desde que me intendo por gente mulher já conheço esse discurso, vai para os finalmente.

- Quero seu apóio.- Olho fundo em seus olhos.- Eu quero fazer uma inseminação artificial, eu quero ser mãe.

Vi seus olhos arregalarem e a surpresa atingir sua face, acho que ele nunca poderia imaginar isso, ouvir algo do tipo vindo de mim.
Me levanto e começo a andar de um lado para o outro nervosa, se ele não me apoiasse eu iria ilouquece.

- Gordinho, eu passei uma vida estudando, uma vida tentando ser perfeita.- Paro e o encaro.- Eu tô sozinha Victor, eu quero alguém, um serzinho perto de mim que me ame e que eu o ame incondicionalmente, eu quero ser mãe.- Sinto meus olhos marejarem e minhas bochechas aquecerem.- Eu quero um motivo maior para viver, algo que vá muito além de um sala de júri.

Victor não fala absolutamente nada só se levanta e simplesmente me abraça forte e eu retribuo na mesma intensidade.

- Me apóia?- Sussurro em seu ouvido.

- Eu nunca vou deixar de te apoiar.- Encara-me.- Mas você não vai ter esse filho por inseminação.

- Como não? eu não tenho marido, namorado e a minha idade.

- Eu vou te dar o seu filho.- Fala calmamente e eu o encaro surpresa.- Te conheço melhor doque qualquer pessoa nesse mundo e eu quero fazer isso por você.

- Mas Victor...

- Eu assino um papel me eximindo de qualquer direito sobre a criança, se você quiser ele nunca vai saber, mas por favor aceita isso.- Me dá um selinho.- Você é a minha melhor amiga, a pessoa que mais confio, confia em mim para isso?

Respiro fundo, não poderia negar que ele era o homem que eu mais confiava, a pessoa que mais me conhecia nesse mundo.
Queria tanto ser mãe, não cogitei essa hipótese em momento algum até agora, mas parando e pensando era a melhor alternativa.

- Obrigada, obrigada, obrigada.- Encho seu rosto de beijos e ele começa a rir junto comigo.

- Eu que agradeço por confiar tanto em mim a esse ponto.

- Sempre vou confiar.- O abraço apertado.

- Tá vendo nunca mais pode falar que eu não te amo.- Ele rir e se afasta sentando no sofá.

Contos LadylisOnde histórias criam vida. Descubra agora