aventurando-se na inércia

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Me senti tão enérgico que fui com toda força para ajudá-lo, comecei a lutar com eles conforme meu pai tinha ensinado, ele também disse: que era somente para usar as técnicas de luta quando eu ou alguém que eu gostasse estivesse em perigo, pois se elas forem Perfeitamente executadas podem causar a morte.
     Enquanto os garotos estavam no chão machucados sem conseguir levantar, eu peguei o Noah que também não conseguia e coloquei seu braço por volta da minha nuca e o segurei pelas costas, devagar e com muito esforço fomos até a casa da minha tia, peguei um táxi, visto que tinha perdido o ônibus e também não iria de ônibus com o Noah naquele estado. Ao chegar, o levo pelos fundos para ninguém perceber, quando chego no meu quarto coloco-o em uma cadeira e vou pegar algumas roupas para ele tomar banho, o levo para o banheiro, tem uma banheira, portanto não terei que passar pela humilhação de ter que dar banho nele.
    
_ toma banho e quando terminar me chama, está bem!
_ Está certo! _ Diz ele fazendo esforço por conta da dor.

Ao terminar ele me chama, o levanto e levo-o para cama, as dores são tão intensas que nem se preocupa por estar pelado em minha frente, ajudo-o se vestir e vou pegar algo para ele comer enquanto está descansando em minha cama. Vou até a cozinha, pego pão, presunto e uma jarra de suco de laranja e levo. Após sair do quarto, vou falar para a minha tia que trouxe um amigo e que ele hoje dormirá aqui, mas ter cuidado para que ela não desconfie de nada e não tente ir cumprimentá-lo, porque com certeza ela o levará para o médico e irá chamar os pais dele e prejudicaria bastante o Noah. Falo, e surpreendentemente ela não disse nada a respeito, só concordou.

_ Você está bem?_ Digo após entrar no quarto.
_ Estou graças à você!_ Diz ele me olhando.
_ Disponha, amigos ajudam os outros.
_ Então já somos amigos?_ Ele pergunta desentendido.
_ Desde que nos conhecemos.
_ Nossa! Como foi rápido, achei que amizade necessitasse de várias outras peculiaridades.
_ Depende da empatia, e tivemos muita um pelo outro quando nos conhecemos, não tenho costume de fazer amizade, muito menos considerar alguém amigo tão rápido assim, mas não foi só você que sentiu essa energia, mas vale ressaltar que não sou nenhum tipo de médium ou nasci com algum dom referente a isso igual a você.
_ Eu sinto energias, sou sensível a elas, tenho facilidade para saber como as pessoas estão.

Deixei ele dormir um pouco e fui ler, li dois capítulos completos do livro o extraordinário de R. J. Palacio, quando o escuto me chamando.

_ Taylor!
_ Oi!_ Respondo-o.
_ Que horas são?
_ Eu não sei, mas já anoiteceu.
_ Eu acho melhor ir para casa. _ Diz ele.
_ Não, eu já falei com minha tia, ela concordou você ficar esta noite.
_ Então é melhor eu ligar para a minha mãe, não quero que ela fique preocupada.
_ Então é melhor mesmo. _ Digo.

Ele liga para sua mãe e finalmente tudo está resolvido, às 2:40 da madrugada estou na janela do meu quarto olhando para o jardim vazio e escuro, e quando lembro da minha família, sinto meu peito apertar e uma dormência afeta meu corpo, quando menos espero meu rosto está todo molhado e as lágrimas parecem não acabar mais.

_Taylor! Diz Noah.
_ Ah... oi!_ Falo limpando o rosto.
_ Você está chorando?
_ Não, caiu algo no meu olho.
_ É melhor parar com esses clichês e falar logo a verdade.
_ Está bem, eu estava chorando mesmo.
_ Vem aqui, senta, vamos conversar.

Vou até a cama, Noah com muito esforço se senta e olha para mim enquanto dirijo minha vista para o chão, pois estou com tanta vergonha por ser tão fraco que não consigo-o olhar.

_ Por que estava chorando?
_ É uma história longa, e eu não gosto de conversar sobre isso.
_ Olha, você me ajudou, se não fosse você muito provavelmente eu estaria em uma maca de hospital em coma ou em uma cirurgia. Então por favor, deixa eu te ajudar também, aliás, somos amigos agora e eu quero te dar amparo.

Amizade: O Antídoto Da Depressão Onde histórias criam vida. Descubra agora