Senti meu coração deixar de bater e começar a estremecer, ou até mesmo ter convulsões.
_ Por favor, não me mata!_ Imploro!
_ Eu simplesmente não vou te matar, vou arrancar sua cabeça e dá para meu pitbull comer.
_ Por favor não faz isso!_ Imploro chorando e desesperado enquanto ele se prepara para atirar, quando está prestes a apertar o gatinho ele desiste e afasta o dedo levando a arma em direção ao chão, mas sem soltar da mão.
_ Muito obrigado, eu agradeço! _ me expresso mesmo apavorado.
_ Me agradeça morrendo!_ Ele diz dando um tiro na minha cabeça.Nessa mesma hora me sinto em queda livre, e venho a entender tudo quando sinto o impacto do meu corpo de estraçalhando no chão, felizmente a queda é amenizada por um arbusto.
_ Eu não sei se fico com raiva ou agradeço por ter sido um sonho._ Falo me levantando e descontente com o ocorrido.
Já amanheceu, por isso desde já preciso arrumar um jeito de sair daqui, e ficar parado não vai resolver nada. Coloco a mão no bolso para pegar meu celular a fim de olhar a hora, procuro por todo lugar, em todos os bolsos, ao redor da árvore, em cima dela e nenhum sinal do celular.
_ Pelo visto terei que me virar sem o celular.
Vou a procura da saída desse lugar horrível, na verdade não é o lugar e sim quem me trouxe, especificamente falando. Pulo de felicidade quando vejo uma rodagem, ando rápido para ver se encontro alguma casa ou até mesmo algum carro; após 30 minutos andando vejo duas pessoas vindo, começo a ter esperanças novamente, quando chego perto das duas pessoas reconheço-as e tento fugir, mas sou surpreendido com uma facada nas costas e caio, me levanto rapidamente e começo a lutar com eles, por um tempo acho que vou ganhar, mas a minha fraqueza não permite e sou derrotado, meu pai me preparou fortemente para as lutas, mas a falta de prática me prejudicou grandemente, e não é como lutar com aqueles seis rapazes quando salvei Pierre Emeryk, todos eles não tinham nenhum conhecimento de luta, com os dois sequestradores é diferente, eles sabem técnicas de luta.
Estou no chão e o indivíduo 1 pega uma arma e mira para mim, do mesmo jeito que vi no sonho._ Não é possível, meu sonho virou realidade. _ Digo baixo para mim mesmo.
Eu vejo um carro se aproximando, eles estão tão concentrados em me matar que nem percebem, só percebem quando o carro chega bem perto, porém o carro para e o homem sai antes mesmo que eles pensem em olhar, e este homem já sai atirando atingindo os dois.
_Você está bem Taylor?_ Diz o homem se aproximando e eu fico me perguntando como ele me conhece.
_ Noah, é você!_ Falo ao reconhecer o rapaz quando ele chega perto o suficiente para eu ver sua feição.
_ Vamos sair daqui, depois quero que me conte tudo, estamos te procurando à seis dias.
_ Mas faz uma semana que estou aqui!_ Digo surpreendido.
_ Acontece que no primeiro dia ninguém tinha ciência de que realmente se tratava de um sumiço, sua tia pensava que você estava na minha casa.Ele me pega antes que eu diga entendi, vamos até o carro e ao decorrer da viagem vejo que eu nunca sairia daqui sem a ajuda do Noah, ainda tinha vários quilômetros de estrada, e andando eu demoraria dias, e muito mais pois nem ao menos eu sabia o caminho que devia seguir.
Quando chego em casa e o carro para, vejo muitas polícias e muita gente lá, parece que toda a escola se reuniu para fazer buscas, e me pergunto: logo eu que era odiado por ganhar de todos seja: em notas; concursos; trabalhos; projetos; entre outras coisas envolvendo a vida acadêmica.
_ Vamos Taylor, você vai ter que sair!_ Diz ele sério.Noah sai primeiro, abre a porta do carro para eu sair e pega na minha mão, quando ele faz isso me sinto mais confiante e mais confortável para enfrentar ainda o que tem por vir, todos estão a me olhar com olhos arregalados e surpresos, são mais de 300 pessoas. Enquanto ando todos estão a me observar como se fosse uma celebridade e que nunca eles tinham visto pessoalmente.
Ao entrar os médicos já estão me esperando, obviamente é coisa da minha tia, feliz também se ela não chamou o FBI ou o exército americano, e não duvido que ela não tenha influência para isso, eles fazem os procedimentos necessários e quando terminam me irmão chega, não dou a mínima para o sangue, os cortes, as dores, corremos um em direção ao outro e damos um abraço bem apertado, ganho até uns dez beijos na testa, na bochecha, logo do meu irmão que odeia drama e afeto exagerado, todos sorriem, até nós dois._ Nunca mais suma assim me ouviu? Eu não posso perder mais você, é o motivo por eu ainda estar vivo e por eu ter lutado contra a morte desde os assassinos até o hospital.
_ Disso eu não sabia!_ Digo feliz.Ganho mais um abraço e um beijo na testa.
_ Vem, vou te levar para tomar um banho, está todo sujo de sangue.
Subimos eu, meu irmão e Noah e literalmente Tenley me deu banho, os gritos de dor eram tão altos que minha tia juntamente com os médicos vieram ver o que estava acontecendo. Após o banho os médicos vieram novamente, deram-me remédio, cuidaram dos cortes, de todos os machucados e disseram para que eu ficasse em repouso, por isso já estou aqui na cama deitado a um tempão, mas nem ligo, estou conversando com Tenley e Noah e estou sorrindo muito.
_ Vocês podem ler um livro para mim?
_ Qual livro?_ Taylor pergunta.
_ um chamado o mestre dos mestres de Augusto Cury.
_ Eu leio!_ Diz Noah.Tenley vai a estante de livros e pega o que eu disse, mostro onde parei e ele começa:
_ Muitos de nós vivemos o paradoxo da liberdade utópica. Por fora, somos livres porque vivemos em sociedades democráticas, mas por dentro somos prisioneiros, escravos das ideias dramáticas e de conteúdo negativo que antecipam o futuro. Há diversas pessoas que gozam de boa saúde, mas vivem miseravelmente pensando em câncer, infarto, acidentes, perdas.
_Gente, vocês perceberam que ele está completamente certo, olhem, as pessoas contemporâneas costumam sofrer antecipadamente, mal deram o primeiro passo, já formularam inúmeras possibilidades negativas sobre determinado assunto. _ Tenley se expressa.
_ Eu não concordo sobre a parte de sermos livres em sociedade, ninguém é completamente livre, ainda não estamos totalmente democráticos, por exemplo: minha mãe sempre me proíbe de ir à alguns shows e se eu não obedecer aí a proibição só piora, um dia só poderei sair do banheiro para o quarto, levando em consideração que meu banheiro fica no meu quarto.Sorrimos do que o Noah acabou de falar.
_ Isso não é verdade Noah, mesmo com essa proibição você ainda é livre.
_ Não sou não!
_ É sim, você ainda é livre para escolher entre fugir ou obedecer, e outra que esses argumentos se dão a um sentido mais geral e não tão específico assim.
_ Eu sei, só queria fazer vocês sorrirem.
_ Eu acredito!_ Digo num tom sarcástico.
_ E sobre beleza, o que vocês sabem a respeito?
_ Eu acho isso a pior baboseira, não existe ninguém feio ou bonito, não somos obrigados a entrar no padrão de beleza de ninguém, sem falar que isso é muito contraditório, sempre seremos bonitos para uns e feios para outros, porque colocam na cabeça que a nossa beleza tem que ser definida por quem nos olha, só que na verdade só somos 25 milhões de genes que pegamos de quase toda a nossa família, é o olho de um, o nariz de outro, o cabelo desse a cor dos olhos daquele. O importante é sempre está da forma como você se sente melhor.
_ Você só fala isso porque tem uma beleza acima da média._ Diz Noah.
_ Quem falou isso que não estou sabendo?
_ Todo mundo fala Taylor, sempre dizem, olha ali o nerd bonitão.
_ Não é verdade, e nem vem que você tem os olhos querido por muitos, mas isso se dá por causa dos padrões sociais que consideram os olhos verdes mais elegantes.
_ É isso mesmo que estou escutando? Você está me elogiando?_ Diz Noah sorrindo olhando para Tenley que também sorrir.
_ Eu acho que ele tem uma quedinha por você Noah. _ Diz Tenley alegremente.
_ Não gente, para, até agora nunca tive atração por homem nenhum, por enquanto sou hetero.
_ Por enquanto, hummm!
_ É, eu não sei do que pode acontecer futuramente.
_ Bom gente, eu particularmente não tenho nada a falar porque não me acho nem um pouco bonito._ Diz Tenley tendo ciência de que aquela conversa já estava ficando chata.
_ A verdade é que todos têm defeitos perante aos olhos de quem observa.
_ Disso você tem total razão!_ Noah concorda.
_ Como eu sempre digo meu amigo, não faça da sua visão uma arte putrefata.Após terminar a minha fala sinto uma dor tremenda na barriga, meu irmão se desespera após ver o sangue escorrendo por meu nariz e o meu gemido altíssimo por conta da dor.
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Amizade: O Antídoto Da Depressão
RomanceQuerido leitor, convido-o para desfrutar dessa história e mergulhar no mundo de Taylor, um mundo de aventuras, balbúrdias, sofrimentos, tristezas, problemas, mas em contrapartida um mundo de superação e de conquista. Quando um jovem começa a vivenci...