III. SIN

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— Que visão... - a voz de Jaebum fez com que Hari abrisse os olhos, deparando-se com a figura dele apoiado no batente da porta com nada além de uma toalha de banho amarrada à cintura, deixando exposto o tronco ainda molhado. A boca da mulher salivou à ideia de provar de gota que escorria pelo caminho que ela gostaria de fazer com os lábios, e ela sorriu com malícia.

— Eu poderia dizer o mesmo. - espreguiçou demoradamente antes de se virar sobre o lado esquerdo, dando a ele uma visão ainda mais privilegiada de seu corpo sem uma única peça de roupa - "Jaebumie, você é tão bonito!" - ela falseou uma voz infantil, fazendo um coração com as mãos em uma imitação dos aegyos das fãs enquanto os lábios se uniam em um biquinho - Saranghae, oppa! - finalizou sua performance com a expressão mais fofa que conseguiu produzir, arrancando uma risada de Jaebum, que maneava a cabeça encarando o chão com um daqueles seus sorrisos francos.

— Você não vale nada, Hari. - a voz dele ainda transparecia o sorriso quando tirou a toalha da cintura, usando-a para secar os cabelos. Quando voltou a encarar a mulher entre os lençóis, o olhar dela era tão carregado de luxúria que foi capaz de fazer com que seu interior se aquecesse com a ideia de repetir o que vinham fazendo o dia inteiro a fim de recuperarem as semanas que passaram sem se ver.

— Eu penso o que as suas fãs diriam, se te vissem assim... - ela suspirou com falsa preocupação, mordendo o lábio inferior enquanto apoiava o rosto sobre uma das mãos, encarando-o sem a menor discrição – Será que imaginam o que essa boca que canta coisas tão adoráveis é capaz de fazer? - completou, e Jaebum precisou respirar fundo para não avançar sobre ela e calar aquela voz insinuante, gostando da brincadeira que ela iniciara - Eu acho que não. - Hari respondeu à própria pergunta, deleitando-se com a forma como JB passeava o olhar por seu corpo ao ritmo de suas palavras, parecendo verdadeiramente hipnotizado enquanto cobria o que espaço até a cama - Porque você é um garoto tão, tão bom, não é, jagi? - a voz dela parecia escorrer até os ouvidos de Jaebum com o intuito de arrepia-lo por inteiro. Assim, antes que ela pudesse continuar a foder com a sua cabeça tão deliciosamente, o rapaz avançou sobre o corpo de Hari, prendendo seus pulsos sobre a cabeça enquanto a outra mão trazia uma das pernas da mulher para o lado de seu corpo, encaixando-se no meio dela. Hari suspirou alto, e um sorriso cretino ocupou seus lábios antes de gemer - Isso, seja bom pra mim, sim?

Jaebum tomou os lábios dela com fúria e desejo, sentindo a forma libidinosa como Hari movia a língua contra a sua, tentando-o com promessas do porvir. Ela era, com o perdão do lugar-comum, seu mais perigoso vício: excitava-o de um modo que não reconhecia substitutos e o largava absolutamente desesperado sempre que se ausentava. Seu maldito vício, seu doce pecado.

— Eu to me sentindo um pouco culpado, agora... Quase uma farsa. – Jaebum sorriu sem humor enquanto acariciava distraidamente os cabelos de Hari, deitada sobre seu peito. O cheiro dela estava por todo lugar naquela cama, motivo pelo qual ele preferia muito mais a casa dela do que a dele próprio, e desejava nunca ter que se levantar. Regras eram regras, no entanto, e as de Hari incluíam nunca passar uma noite inteira juntos, por mais que ela nunca tivesse dito com todas as letras. Ainda assim, um homem pode sonhar, certo?

— Por que? - a mulher perguntou, sem abrir os olhos, deixando as pontas dos dedos brincarem traçando formas aleatórias sobre a pele dele.

— Por causa do que você disse, sobre as fãs. - JB explicou, e sentiu o sorriso de Hari se abrindo sobre seu tórax - Me faz pensar se eu não tô fazendo alguma coisa errada. Sendo assim aqui, e aquele 'bom garoto' - ele imitou a forma como ela falará, e Hari deixou escapar uma risadinha - pro público.

II. HOLIC - Im JaebumWhere stories live. Discover now