Capítulo 8 - O Beijo de Halloween.

98 31 45
                                    

Sentir uma ligação forte por alguém que você nem conhece, é algo as vezes amedrontador. Ainda mais quando você tem que proteger essa pessoa.

Como lidar com esse sentimento novo? Como lidar também com a necessidade de estar com essa pessoa?

O anjo de cabelos brancos e olhos bastante azuis, sabia que o certo a se fazer no momento, era não questionar e apenas seguir o coração que batia em seu peito.

A grande névoa que cobria Hanville, se dissipava, pois para o príncipe do inferno a missão que havia lhe dado, estava completa.

Antes mesmo que os cães do inferno chegassem até o garoto anjo, eles pararam em meio ao bosque e desapareceram como uma fumaça que era soprava pelo o vento, assim como Heryel que se dissipou diante dos olhos de Arthur e Ian.

- O que está acontecendo? - Questionou Ian.

- Eu não sei. - Respondeu Arthur.

As nuvens no céu se abriram e os raios de sol tocavam as grandes árvores do bosque.

- Acabou? É isso?! Simples assim? - Questiona Ian.

- Parece que sim! Estranho. - Responde Arthur.

- Não consigo sentir a graça do Corbin e nem do Zach! - Disse Ian.

- Então, acredito que esse seja mesmo o fim. - Disse Arthur olhando a sua volta e escutando mais uma vez o som da água correndo no riacho. - Nunca pensei que fosse tão fácil!

- Eu não acredito que você fez isso! - Disse Ian, começando a caminhar em meio às folhas secas do bosque, enquanto Arthur o seguia.

- Ian! Espere. - Gritou Arthur, fazendo com que Ian se virasse zangado.

- Não! Não vem atrás de mim. Eu achava que você era diferente, mas isso tudo aqui só me fez ver o monstro que você é Arthur. Meu Pai! Você destruiu duas vidas, um anjo e a de um garoto estranho! Como consegue manter esse sorriso no rosto? - Esbravejou Ian.

- Você queria que eu fizesse o quê?! - Esbravejou Arthur.

- Que você fosse mais humano. Descobrisse o que era o garoto e como isso afetava o pátio celestial! Mas, você tomou as rédeas de tudo e chamou justamente um dos príncipes do inferno?! Cara! Qual é a sua?! Quem é você?. - Esbravejava Ian indignado. - Eu pedi pra você parar, Arthur! Eu pedi. Você parecia estar consumido pelo o poder.

- Você quer que eu seja humano? Eu sou um anjo, Ian! Sou um guerreiro. Assim como você. Que diálogo todo é esse sobre compaixão?. Você nunca foi assim. São esse filhos de nosso Pai que estão te conrropendo. - Respondeu Arthur.

- Você disse tudo! Eles são filhos do nosso Pai! E se parecem muito mais com ele do que você ou qualquer ser celestial! - Respondeu Ian, respirando fundo. - Eu não quero ser mais um anjo guerreiro, se for pra ser igual a você. Eu prefiro ser como eles. Que mesmo sendo pecadores e errantes, ainda pensam um nos outros.

Ian ficou parado por alguns segundos em silêncio, olhando para Arthur que não dizia nada e o encarava irritado.

- Boa sorte ao chefiar o seu exército de anjos. - Disse Ian, dando as costas e voltando a caminhar, deixando Arthur para trás, que apenas o encarava franzindo os olhos.

Ser do mesmo sangue não quer dizer que você compartilha das mesmas opiniões.

Isso se dava até mesmo aos anjos.

Arthur e Ian, irmãos ... mas, o fato de Ian ter passado anos na terra e em contato com os humanos, deu a ele uma sensibilidade na qual Arthur não tinha.

OSC - PERDIDO NO TEMPO//Onde histórias criam vida. Descubra agora