Camila Cabello

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Boa leitura, fiquem com esse cap ENORME.

A musica que se inicia no momento de tensão é a - The Guardian (Ellie's Song) do Shawn James

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Na quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, sob o céu estrelado que testemunhava o início de uma jornada extraordinária, Abby fitava-me com um olhar carregado de compreensão.

— Como você está se sentindo? — indagou, seus olhos fixos nos meus.

— Sinceramente? — perguntei, buscando sua aprovação antes de prosseguir. Ela assentiu com um gesto suave — Nervosa para além das palavras. Esta não é a minha primeira expedição, mas sim a primeira como arqueóloga graduada e, para completar, como comandante da equipe. — A responsabilidade recai sobre mim e os seis membros que compõem essa expedição, incluindo Abby, minha leal amiga e historiadora; Gerardi, meu tio respeitado e geólogo renomado; Phill e Alejandro, meus auxiliares dedicados; Camila, filha de Alejandro; e Mateo, meu aprendiz em arqueologia.

Entre suspiros nervosos, compartilhei meu entusiasmo com o grupo. As pesquisas indicavam a descoberta de um artefato crucial para a história humana nas proximidades de uma ilha na Nova Escócia, no Canadá. Embora a ilha fosse infame por sua maldição, eu acreditava firmemente que o mistério aguardava a equipe certa para ser desvendado.

— Você acha que há algo lá? — indagou Mateo, seus olhos cheios de curiosidade.

— Certamente, há algo. Não necessariamente artefatos sagrados, como alguns acreditam, mas, se for o caso, será um avanço significativo na história da humanidade — afirmei enquanto anotava minhas reflexões em meu diário.

— Você precisa ver isso, S/n — Phill interrompeu, surgindo com algo em mãos, acompanhado pelos trabalhadores envolvidos na busca pelo tesouro perdido.

Era um pedaço de madeira marcado com o que parecia ser a letra "F".

— Isso veio do poço L1? — perguntei curiosa, e Phill confirmou — Impressionante, Phill.

— Mas o que esse "F" significa, S/n? — inquiriu Mateo, sua curiosidade palpável.

— Não é apenas um "F", Mateo. Observe como é distinto — peguei a madeira, aproximando-a do jovem — esta é uma runa, creio ser Fehu. Representa posses e ganhos materiais. As runas são símbolos de segredos, sussurros misteriosos, ocultos ou secretos. Este é um achado extraordinário; significa que estamos no caminho certo.

— Então isso pode estar relacionado ao tesouro? — indagou Camila.

— Possivelmente. Observe como a madeira está envelhecida. Diria que é mais antiga do que imaginávamos. As runas não são vistas desde a Idade Média — expliquei entusiasmada, acariciando o pedaço de madeira com reverência.

— Continuamos a escavação? — perguntou Alejandro.

— Como estamos indo? — questionei, colocando o pedaço de madeira em um saco para uma análise mais detalhada.

— Estamos a quarenta e seis metros, mas podemos ir mais fundo — respondeu Alejandro.

— Desça mais meio metro e vamos ver o que encontramos — ordenei, iniciando a próxima fase da escavação.

— Você acha que atingimos alguma das armadilhas? — questionou meu tio.

— É possível. As últimas camadas estão vindo com muita lama.

— Tentou drenar?

— Não adianta. Enche mais rápido do que conseguimos drenar. A pressão nos tubos é excessiva, e os suportes de metal podem entrar em colapso devido à pressão — expliquei, recebendo um aceno compreensivo.

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