01. Prólogo (1/2) : Acidentes, cobras e amigo Hoseok.

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⚠️ visão! ⚠️ passando aqui pra lembrar que "ACONTECIMENTOS SERÃO DRAMATIZADOS POR FINS DE HUMOR" ! só pra evitar qualquer tipo de questionamento acerca de como o jimin pode soar hiperbólico perante aos acontecimentos que procedem a maioria das reflexões um tanto viajadas dele. até vcs pegarem a visão de como a cabecinha do mlk funciona, pode ficar meio exagerado mesmo.

é isso, fiquem agr com o prólogo e até as notas finais! 😈
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A vida tende a ser uma filha da puta injusta e eu sou prova ㅡ por ora ㅡ viva disso.

E como preciso, primeiramente, estabelecer algum padrão do que é justo para, então, constatar que a vida não é, vou usar de referência um dos mais comuns:

Foi quando um loroteiro qualquer disse que todas as pessoas teriam aquilo que mereciam; que se plantarmos margaridas não nasceriam tulípas, que foi criado o conceito supostamente justo de "aqui se faz, aqui se paga".

"Ih, Jimin, qual é a desse papo torto?" vocês me perguntam e eu respondo: é tudo fake. Todo esse rolé sobre ter aquilo que se merece não passa de uma porcaria que algum babaca tirou da bunda. E de fundamento para a minha acusação, eu vou apresentar como exemplo a minha própria situação; que mesmo com apenas dezesseis anos de idade, já conto com uma cota imensa de defeitos e problemas no acervo da minha vida patética e, para se desfazer de qualquer hipótese que denote o oposto do que apresentei no início desta narrativa, nunca matei sequer uma mosca.

Se existisse mesmo esse tal senso de justiça, por que ele não se aplicaria a mim? O que posso ter feito para ser socado com tanta força pela vida? Na real, não é como se eu realmente buscasse as respostas para essas e outras perguntas; não busco. Não mais, aliás. Percebi que aceitar que ela ( a vida) é simplesmente injusta seja mais conveniente para mim que devanear sobre qualquer coisa que eu possa de fato ter feito para ser presenteado com esse infortúnio de parecer tão atrativo aos olhos da desgraça. Logo, optei por permanecer na ignorância.

Entretanto, haviam momentos em que só sentar e chorar não bastava. E nesses casos, uma voz embasbacada e inconformada brandia no meu consciente; ela perguntava o porque, como, quando e onde foi que errei. Em momentos em que, acima de tudo, o escroto do universo fazia questão de esfregar na minha cara o seu potencial inegável de me foder; eu queria saber o que tinha feito de tão cruel para ser punido desta forma. Queria mesmo.

E vou ficar querendo, dado que é bastante provável que as respostas não venham até mim por conta própria e, como disse antes, eu mesmo não tenho pique de continuar indo atrás delas. Agora, terei de deixar de lado os questionamentos acerca de quais podem ter sido minhas ações em outra encarnação que me trouxeram como consequência levar tanta botada na bunda nesta aqui, para falar propriamente das botadas na bunda.

O cenário era este: terça-feira da primeira semana de aula depois das férias, pouco mais de dez horas da manhã e eu estava na aula de Ciências Biológicas estudando algo sobre anfíbios e venenos.

E foi quando ela passou, que começou a dar errado.

Lalisa carregava uma bandeja com alguns recipientes em formato de cilindros e veio caminhando em minha direção tão linda quanto de costume. Pensei ter sentido dezenas de borboletas me enchendo o estômago.

Como em um melodrama asiático, tudo ficou mais lento e brilhante assim que nossos olhos se encontram. Ouvi sua voz bonita soar distante, mas não consegui identificar o que ela tinha dito. E somente quando desviei minha atenção dos olhos para os lábios roliços de Lisa, percebi que tinha dado uma viajada na maionese.

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⏰ Última atualização: May 24 ⏰

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