Um mau presságio e um pedido de ajuda. Um exótico festival e estranhos acontecimentos. Sizhui e Jin Ling vão descobrir que uma caçada noturna não envolve apenas suas intenções de um cultivo próspero, ela também carrega e revela muito de seus sentime...
Notas: Escrevi essa história porque eu amo os juniores e sempre achei que havia poucas fanfics deles em português. Se você também ama esses discípulos atrapalhados, por favor, me deixe saber. Espero que se divirtam! Votos e comentários são sempre muito bem-vindos!
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— Gente estúpida... Festival estúpido... — bufou Jin Ling no ápice de seu mau humor.
Do lado oposto da mesa, JingYi tinha a face terrivelmente branca e se encolhia em seu assento como se estivesse prestes a correr e desaparecer dali a qualquer momento.
Na varanda da casa de chá, o grupo de jovens discípulos liderados por Lan Sizhui observava o entusiasmado desfile dos aldeões da região. Aquele vilarejo não ficava tão distante da área de Gusu, mas era longe o suficiente para parecer uma vila bucólica perdida no meio do nada. O desfile em questão era uma comemoração local, o chamado Festival Halloween.
Jin Ling ainda se perguntava que tipo de nome idiota era esse, acompanhado daquela comemoração esquisita. Ele conhecia sobre festivais que homenageavam os mortos e até já havia participado de alguns, mas nada era tão esdrúxulo quanto aquilo. Centenas de pessoas fantasiadas como fantasmas, monstros e demônios tomavam as ruas enquanto carregavam pitorescas lanternas esculpidas em abóboras.
Normalmente, as pessoas costumavam requisitar aos cultivadores que ajudassem a lidar com monstros e fantasmas, aliás, não era exatamente por isso que eles vieram até esse vilarejo? Parecia bastante sem sentido aquela multidão de vivos encenando como mortos tão alegremente.
Máscaras horripilantes iam e vinham no aglomerado de pessoas que passava em festa pela rua principal. Os jovens observaram um homem que aparentava ter uma faca cravada na cabeça. Outros estavam tão bem caracterizados que se eles não soubessem que aquilo era um festival pensariam que a cidade inteira estava infestada de cadáveres ambulantes.
— A maquiagem de algumas pessoas parece muito realista — comentou JingYi sentindo os pelos de suas costas arrepiarem — Eles precisam mesmo passar tão perto de nós?
Foi só depois que as palavras saíram de sua boca que ele sentiu algo cutucando o seu ombro, e quando virou deparou-se com uma garotinha. O rosto da menina era completamente desfigurado, com um dos olhos pendendo do orifício ocular, preso por um tênue fio de carne como se pudesse cair no chão a qualquer momento. O susto de JingYi foi tão grande que ele pulou de seu assento, quase indo parar no outro lado da mesa no colo de Jin Ling.
Sizhui segurou o riso, e acenou para que a garotinha se aproximasse. Ele vasculhou sua manga, tirando um doce e entregando para a criança que saiu logo em seguida.
— Era só uma criança querendo um doce — explicou Sizhui.
Aquele era um costume local, baseado em uma lenda que dizia que ao ser abordado por um monstro ou fantasma, se deveria dar um doce, e então a criatura partiria em paz, mas caso não recebesse o doce o espírito ficaria zangado, se prendendo e perseguindo a pessoa que havia recusado-lhe a guloseima. É claro que era apenas representação e simbolismo, afinal, tudo não passava de um festival.
