The Hamptons ✧ l.s.

✧forty two

– Nós chegamos, Harry. – Arthur, o motorista, se fez presente pela primeira vez desde que Harry e Louis entraram no carro e partiram juntos para Nova York naquela madrugada.

Quando Harry soube o que tinha acontecido com Gemma ele ficou sem reação. Encarou o senhor na sua frente por longos segundos sem expressão antes de virar o resto para procurar o namorado, que já se aproximava com a feição preocupada. Harry não conseguiu reagir, parecia estar em choque, quase no automático quando Louis o puxou pelo braço e os dois entraram no banco de trás do carro. O garoto de olhos azuis tentou se aproximar, tentou abraça-lo e consola-lo repetindo que ia ficar tudo bem, mas o jogador parecia estar em outra dimensão olhando para um ponto fixo, fora de si, aceitando seu carinho mas não retribuindo, sem mover um músculo.

Depois de alguns minutos, Tomlinson pareceu desistir e apenas se afastou, se encostando na porta do carro enquanto o jogador continuava com os cotovelos apoiados na perna e com a cabeça entre as mãos, perdido demais em seus próprios pensamentos. Em algum momento Louis acabou cochilando em uma posição desconfortável, então Harry não aguentou e o puxou com cuidado para si, deitando a cabeça dele em seu colo e fazendo um carinho em seus cabelos com o coração apertado e angustiado. Precisava saber o que tinha acontecido com a sua irmã, precisava vê-la mais do que tudo. Arthur no banco da frente não ousou falar uma palavra o caminho inteiro enquanto dirigia pela estrada de madrugada e assim as duas horas dos Hamptons até Nova York foram agonizantes, torturantes e extremamente silenciosas.

– Lou, acorda... - Harry disse baixinho para o menor deitado em seu colo assim que pararam em frente ao Hospital Presbiteriano de NY. –  Nós chegamos.

— Yeah... – Ele assentiu sonolento, se sentando no banco e coçando os olhos preguiçosamente, mas já se forçando a ficar acordado pois o que viria a partir dali não seria fácil.

– Obrigado, Arthur. – O jogador disse com a feição séria e cansada para o motorista. – Agora vá para casa e descanse um pouco, sim?

O senhor assentiu com um sorriso triste e Louis também o agradeceu baixo antes de sair do carro com o namorado. Styles andou rápido até a recepção com o menor atrás de si calado e disse que era da família de Gemma Styles, sendo direcionado a um dos quartos logo em seguida. No elevador ele passava as mãos pelo cabelo em um tom meio desesperado e ansioso e Tomlinson o observava com cuidado e atenção quando caminharam juntos até o quarto, mas parando no meio do caminho ao enxergar Des Styles sentado no pequeno sofá no canto do corredor com o rosto escondido entre as mãos em uma aparência quebrada.

– Por que você está aqui? – Harry perguntou com a cara fechada chamando a atenção do seu pai que levantou a cabeça para encara-lo surpreso na mesma hora, ficando de pé.

– Harry... – Disse se aproximando com os olhos vermelhos e os braços abertos. – Que bom que você-

– Não. – Ele negou sério com a cabeça, se afastando e recusando o abraço. – Por que você está aqui?

– O hospital ligou pra mim e pra sua mãe e nós viemos correndo. – O homem disse em um suspiro triste, passando a mão pelo rosto. – Pedimos pra Arthur ir busca-lo porque sabíamos que você iria querer estar com a sua ir-

– O que aconteceu com Gemma? – Harry o interrompeu mais uma vez e pelo jeito que ele falava, pelo jeito que os seus olhos estavam opacos, Louis já sabia que ele estava se segurando para não quebrar ali mesmo.

– Ela estava voltando pra casa depois de uma festa e um homem bêbado bateu o carro no dela. – Seu pai falou. – Ela estava com o cinto, mas o impacto foi muito forte e o seu corpo pulou pra frente. Isso é tudo o que eu sei.

– Merda. – Balançou a cabeça com o cenho franzido visivelmente preocupado. – Onde está mamãe?

– Filho...