Any
8:00 p.m
Feriado: Dia das criançasEstou sentada no sofá, esperando Bruno e Sabina chegar, o senhor e a senhora Beauchamp sairam pra um jantar, Josh está na casa do Lamar e Joalin na de Bailey. Até me ofereceram pra eu ir junto, mas não quis porque não estava no clima de sair de novo, além do mais, o boliche me destruiu mesmo.
*DING DONG
Ando até a porta para atender, seja quem for, Bruno ou Saby
-Oi amigo!-dou um abraço nele
-Agora eu sou seu amigo?-brinca
-Ah cala boca-dou um tapinha no seu ombro-nos resolvemos por mensagem, esqueceu?-digo com um sorriso no rosto
-Óbvio que não-ele diz e eu faço sinal pra que o mesmo entre-trouxe umas coisas pra nos divertimos-ele coloca três garrafas de vodka e um jogo de quiz em cima da mesa de centro da sala
-Olha só, parece até que adivinhou que Sabina viria-fecho a porta
-Na verdade ela que me contou, e a mesma que disse pra eu trazer algo, tava sugerindo até maconha-ele se senta no sofá e tira uma risada minha
-Meu Deus, essa menina é louca-ando em direção ao sofá e mais uma vez a campainha toca, o moreno levanta apressado-calma, não precisa ficar nervoso-digo dando um sorriso, o mesmo está sério-Saby eu já estav...-corto minha fala ao perceber 3 homens de preto e um saco preto na mão de um deles-mas o que é isso?-pergunto e ando pra trás tentando me afastar, mas sou impedida por Bruno algemando minhas mãos, aí eu começo a entrar em desespero e a gritar
-Desculpa Anyzinha, mas todo vão
pagar pelo que você fez-ele sussurra no meu ouvido e sinto uma agulhada no meu pescoço, em instantes fico sonolenta e adormeçoSabina
-Merda, merda, merda-lembrei que deixei meu celular em casa, comecei a chorar, não poderia ficar vendo aquele povo sequestrando a Any assim (a menina ta com um saco preto na cabeça porra), eu preciso fazer algo, poxa, a gente confiava tanto no Bruno, remexo minha bolsa a procura de algo afiado ou qualquer coisa que possa matar alguém, tento ver pelo chão e encontro uma garrafa de refrigerante jogada perto do arbusto que eu estava escondida-PAREM SEUS BABACAS-corro e grito em direção a eles, em seguida dando uma garrafada na cabeça de um dos homens que estavam a levando em direção a um carro
-Quem é você garota?-o homem que levou a garrafada pergunta colocando a mão na cabeça
-Sabina Hidalgo, meu amor, não se preocupe-Bruno diz sarcástico-sua amiguinha e você vão ficar ótimas-ele diz e coloca uma seringa no meu pescoço, eu tento segurar sua mão mas sou impedida pela fraqueza que o remédio me fez ter. Em instantes, apago.
[...]
-Sumam com essa mexicana-ouço uma voz abafada e grossa
-Mas se deixarmos ela ir, irá nos denunciar-uma voz mais uma vez abafada porém familiar soa pelos meus ouvidos enquanto eu tento abrir meus olhos, mas, há uma luz branca muito forte que não me deixa enxergar nem metade do local, tenho dificuldade em abrir o olho, mas eu consigo no final
-Ei-percebo Any acordada, olhando fixamente pro teto. E quando tento me mover, noto minhas mãos e pés amarrados em uma maca-mas que porra-sussurro
-A garota acordou-uma voz feminina diz, logo em seguida a luz na qual estava acesa se apaga e consigo enxergar o lugar
É como se fosse um consultório, porém, é enorme, tudo é branco, inclusive as máquinas, tem uma "médica" loira e com aparência de 35 anos, o...Bruno, de braços cruzados e apoiado em um balcão branco, e um homem grisalho que aparenta ter de 45 a 50 anos.
-O que querem da Any? Por que ela? O que eu estou fazendo aqui?-tento me movimentar pra me soltar-ANY! ACORDA!-grito e as pessoas ali riem da minha cara
-Coitada-o homem se aproxima-ela está em transe, garota. Igual todos aqui-ele se aproxima, quando ele diz a palavra "todos" eu olho pro lado e vejo no mínimo, mais 20 adolescentes e crianças amarradas e inconscientes igual a Any
-Pra que isso?-pergunto
-Não te devemos satisfações de nada-a mulher diz-apenas tome isso-nego com a cabeça e fecho minha boca quando ela coloca um pó azul na minha frente, dentro de um copinho de café-beba, ou você morre-aponta uma arma no meu peito, automaticamente eu abro minha boca e engulo com receio aquilo, mas nada acontece, continuo deitada na maca, porém agora mais tranquila
-Boa garota-o homem acaricia meus cabelos e eu me sinto aliviada
-Eu vou indo chefe, adeus-Bruno se despede e sai da sala
-Que tal irmos pro seu quarto?-a moça sugere e eu assinto, sigo ela até uma porta com o número 457, e quando entro, percebo duas camas, também brancas, um criado-mudo e uma janela, além de uma cômoda em cada canto, tudo isso me parece tão...aliviante e legal, como se estar naquele lugar fosse divertido. Não esquecendo que o caminho que eu percorri até meu quarto, foi extremamente tranquilo, os corredores como sempre brancos, extensos, com vários "médicos" e várias portas espalhadas, como se fosse um hospital. Me sento na cama e admiro o local, tudo branco, começo a sorrir igual uma boba ao ver a cama da pessoa da frente, quer saber...branco é tão...bonito.
-Olá, meu nome é Jadie, sou sua nova parceira de quarto-uma garota loira entra acompanhada de funcionários do lugar
-Olá, Jadie. Sabe onde estou?-pergunto sorridente ainda admirada com o cômodo
-No Mister's Lab, o melhor lugar para se viver-ela diz dando um enorme sorriso e eu dou uma risada fraca
-Que legal-digo observando a janela
-Agora, é a hora do doce-olha pra seu relógio e levanta
-Eu já vou-falo ainda sorrindo, quinze minutos depois que ela sai eu pisco e acordo mais uma vez na maca, porém, agora não tem mais aquele homem, nem aquela mulher e nem o Bruno, apenas eu, Any, e os adolescentes, que continuam em transe total
...
Quem pegou, pegou kkkkkkk
E obrigada pelas 20 mil leituras! Amo vocês <3
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𝕀 𝕟𝕖𝕖𝕕
RomanceAny perde seus pais em um acidente de carro quando era criança, seus avós não podem cuidar dela e ela não tem tios/tias, então é levada há um orfanato, lá é mal tratada, e decide fugir aos seus 16 anos para as ruas de Los Angeles, bate na porta de u...