2-A Casa Nem Sempre É Um "Lar Doce Lar"

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Resolvendo deixar isso para lá, Dave decidiu entrar logo em sua casa. Não que ele se esqueça desse assunto, mas por hoje ele já teve muito com o que se preocupar, então é melhor assim.

Ele deu apenas dois passos antes de entrar na área da cerca, e ficou observando sua casa, pensando nas atitudes dos seus pais naquele dia. Eles iriam lhe dar atenção? Iriam perguntar como foi a aula? Enfim, será que eles teriam um tempo para ficar com ele? Dave se perguntava, sugerindo que a resposta para essas perguntas todas fossem simplesmente “não”.

Mesmo assim, ele decidiu entrar, apesar de tudo, aquela ainda era a sua casa e a sua família. E que culpa ele tinha?

Seus pés hesitavam enquanto caminhavam pelo chão coberto de pedras que iam em direção à porta. Dave sentia insegurança de entrar na sua própria casa, porque já sabia que iria presenciar as mesmas coisas de sempre. Cada passo que dava até à porta significava a solidão que estava por vir naquele dia. Respirando fundo e fechando os olhos, ele virou a maçaneta da porta.

Justamente nessa hora começou a chover, e Dave acabou levando um pequeno susto, causado pelo estrondo da trovoada forte que ocorreu. Logo de primeira, ele avistou sua mãe Darlene sentada na mesa mechendo em seu notebook. Como sempre, ela não percebeu o seu filho chegar pois estava muito concentrada nas promoções da Loja VIP, uma loja onde os produtos eram de altíssimas qualidades. E a impresa não vendia só móveis e eletrodomésticos, mas também roupas e acessórios. Como um todo, era uma impresa muito rica e cheia de inovações. Mas Darlene não estava somente interessada nos produtos eletrônicos ou algo do tipo, isso também, mas ela estava mais focada era nas roupas e nos acessórios.

Ela era uma mulher nova, soberba, vaidosa e completamente despreocupada e independente. Com seu jeito despreocupado e relaxado, ela não fazia nada, apenas cuidava da aparência, do corpo e de outras coisas mais como comprar, e desfrutar daquilo que comprou.

          Darlene Robert, 28 anos

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          Darlene Robert, 28 anos.

Sempre que podia, ela saía com suas amigas para passear, ir ao cinema, ou tomar sorvete. Não se importava muito com seu casamento, e não se impunha aquela responsabilidade de cuidar de sua casa, do seu esposo…e muito menos de seu filho Dave.

Quem cuidava da casa era uma senhora de 48 anos, empregada doméstica, seu nome era Vera Wilbert, mas a chamavam somente de “dona Vera”.

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