• capítulo 1 •

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Acordei exatamente as 6:14 da manhã em pleno sábado. Mas tudo bem, diferente de muitas outras pessoas, eu gosto de acordar cedo, gosto de aproveitar meu dia ao máximo.

Minha mãe e minha irmã ainda está dormindo, então me levantei cuidadosamente e me direcionei ao banheiro.

Depois de fazer minha higiene matinal desço até a cozinha. Sob a mesa tinha um papelzinho escrito pelo meu pai.

"Tive uma emergência no hospital. Não tenho horário certo para voltar, me desculpe."

Deixei o papel ali mesmo e fiz um sanduíche de queijo. Enquanto comia fiquei mexendo no meu celular, respondi algumas mensagens e curti algumas publicações.

Resolvi sair um pouco de casa, então coloquei um moletom grande que meu irmão mais velho havia me dado, amarrei meu cabelo e peguei meu celular, coloquei os fones de ouvido e coloquei para tocar o modo aleatório.

Para a minha sorte, a primeira música era "Home" da Gabrielle Aplin.

O dia estava muito bonito, e alguns adultos estavam acordando para ir ao trabalho.

Andei até uma pracinha que ficava ali perto e me  sentei em um banquinho. No mesmo momento pensei "puts, podia ter trago meu livro". O que era verdade.

Alguém se senta ao meu lado, mas estava ocupada demais para ver quem era. Até que esse 'alguém' pega um fone do meu ouvido, olho incrédula até perceber que era o Finn.

– Oi Sads. Tá fazendo o que aqui a essa hora??

– Estava escutando música até você me interromper.

– Ata, desculpa então, tô indo embora.

– Vem aqui logo! Você tem que aprender a diferenciar o que é sarcasmo.

– Eu sei, só estava fazendo um drama.  Você vai na festa da Sophia?

– Na verdade, não estou afim de ir.

– Ah para, você tem que socializar.

– Estou bem sozinha, minha companhia é super agradável.

– Então eu vou ficar contigo.

– Não. Você tem que ir.

– Porque??

– Por que você já confirmou a sua presença com a Sophia.

– Eu falo pra ela que tenho um compromisso mais importante.

– E esse compromisso importante é ficar entediado comigo??

– É, mas não vamos ficar entediados.

– Isso, não vamos. Eu vou. Porque você vai naquela festa.

– Então você vai comigo. Eu passo na sua casa as 20:00 horas.

– O que??

– Isso.

– Eu nunca confirmei tese alguma.

– Não ligo.

– Você vai me abandonar, de novo, como você sempre faz.

– Não vou não.

– Aham.

– Tenho que ir. Tchau – ele disse me dando um beijinho na bochecha.

– Tchau.

Eu sabia que iria ficar sozinha, ele sempre me fala que vai estar comigo, mas eu sei que isso não é verdade. Ele vai beber, vai ficar com algumas meninas, e depois vai vir até mim e dizer que sente muito e que não queria que isso acontecesse. Eu vou perdoá-lo mais uma vez, porque por mais que eu sei que tudo isso vai se repetir, eu não consigo ficar longe dele.

𝒘𝒉𝒆𝒏 𝒚𝒐𝒖 𝒍𝒆𝒇𝒕 ↬ 𝑭𝒂𝒅𝒊𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora