- Confia em mim? – Ela ainda estava sem se mover – Louise você confia em mim?
- Eu... Eu acho que sim... – Ela disse baixinho, quase como um sussurro.
Então fechando os olhos nos camuflei, como dois limpadores de rua que vi mais cedo. Ela ficou parada sem ação.
- Você precisa confirmar e fazer o que eu disser, está bem? – Ela apenas confirmou com a cabeça. Eu a olhava nos olhos tentando passar um pouco de confiança diante do caos em que a gente se encontrava.
Os policiais chegaram e eu estava tentando reanimar James, ou melhor, o gari estava.
- Seu polícia! Ajuda! A gente tava limpando a rua e achamos ele aqui...
Eu fazia a maior cena de desespero, Louise ainda se encontrava imóvel aquilo ajudou na minha farsa, ela estava em choque.
- Meu colega!!! Eu preciso levar ele pra casa, ele odeia sangue... Nem respira direito... – Fui até Louise que ainda não se movia.
- Certo, bem, vamos identificar o rapaz e leva-lo para o hospital. Não viram ninguém? Ninguém correndo, com sangue nas roupas...
Eu neguei com a cabeça.
- Eu vi sim... – Louise se pronunciou pela primeira vez, ela me olhou e eu entrei em pequeno desespero interno e se ela contasse tudo o que vira? – Ele correu por ali, mas faz algum tempo, não sei se irão pegá-lo! – Louise apontou para o outro lado da rua e eu agradeci aos deuses mentalmente.
- Bom, vamos tomar as providências e provavelmente entraremos em contato para um possível depoimento. Ok?
- Sim, claro! – Eu respondi enquanto dizia alguns números aleatórios como contato telefônico.
Despedimo-nos dos guardas e caminhamos em direção ao apartamento dela, ela sem questionar me guiou, eu já havia mudado nossas formas, ela estava impecavelmente normal e eu também. As mãos estavam sem marcas e sem um pingo de sangue.
- Você pode me explicar o que acabou de acontecer? – Assim que ela fechou a porta explodiu, ou seja, eu tinha que contar a ela.
- Louise, eu creio que não fui tão sincero com você... – Eu falava caminhando em direção a ela.
- A vá! Disso eu sei Tom... Aliás seu nome é mesmo Tom? – Neguei com a cabeça – Que ótimo há semanas me encontro com alguém que sequer sei o nome e olha só você está no meu apartamento!!! Até que ponto você foi sincero?
- Posso te explicar tudo, mas preciso que se acalme! – Eu tentava chegar perto dela, mas ela se esquivava e ficava cada vez mais furiosa.
- Me acalmar? Não posso negar que sua ajuda foi de grande valia pra mim, mas para que? Para que mentir? Poderia ter sido honesto desde o início...
- Você não entenderia... – Disse calmo e tentando ser tranquilo.
- Então explique! Tenho todo o tempo do mundo... – Ela cruzou os braços e aguardava uma explicação, eu preciso confessar que ela brava ficava ainda mais bela.
- Eu venho de um lugar muito distante, por isso não estou aqui todos os dias, sou filho do rei... Deuses como isso é difícil! – Jamais tinha passado por tal situação antes, eu devia uma explicação a ela, mas não sabia por onde começar.
- Ok... Você é tipo um príncipe então? – Ela falava como se estivesse disposta a me ajudar, caminhou em direção a outro cômodo daquele cubículo e pegou um copo d'água.
- Exatamente. Tenho um irmão mais velho também, somos sucessores do trono, nosso palácio é coberto de ouro, existem histórias sobre nós aqui em Midgard...
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× New End Game ×
FanfictionE se depois de 22 anos midgardianos você descobrisse que seu pai é um Deus Nórdico? E se essa descoberta ocorresse num momento um tanto, peculiar? E se você tivesse que correr contra o tempo para salvar a si mesma e de quebra o mundo todo? E no mei...