Prólogo

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          A largada foi dada. Na primeira volta foi impossível não haver uma derrapagem, afinal a pista estava úmida em função da chuva forte que caia, mas incrivelmente não tinha nenhum problema para o publico que estavam sentados nas arquibancadas assistindo no telão a corrida. Em cada volta que a Mercedes preta rodopiava e passava seus adversários, era possível ouvir a emoção crescendo no meio da multidão. Era a última volta da curva e ali definiria quem ganharia a competição.

          Em uma manobra arriscada o carro derrapou. Bateu. Um estrondo de motor a qual estava ruindo ecoou, sendo assim todos escutaram, assim como o raio que caiu dos céus em algum lugar próximo, clareando o ambiente em segundos que pareceu ser eterno. Tudo parou e a única coisa que foi possível ouvir foi os gritos, todos corredores estavam indo na direção da Mercedes que havia derrapado, esperando um sinal que a pessoa que estava ali dentro estivesse viva. A ambulância já havia sido chamada e um dos rapazes desceu apressado do carro que conduzia, correndo entre o fogo que queimava o asfalto mesmo com a chuva que parecia ter aumentado drasticamente. O primeiro solavanco era sinal que o carro iria explodir, era contar cinco segundos naquele momento.

Cinco segundos para morrer.
Ou.
Cinco segundos para viver.

Cinco segundosOnde histórias criam vida. Descubra agora