A viagem parecia que duraram horas, meus pais tinham simplesmente decido que era à hora de sair dos Estados Unidos e se mudar direto para a França, mais especificamente Paris. Em minha cabeça não saia os momentos de dias passados, desde que tudo ocorreu, os fotógrafos não saiam mais de nossa porta, minha mãe, ou melhor chamando, madrasta, estava contente em ser o centro da atenção novamente, o que diferente do meu pai, não gostava tanto disso. Ele sempre priorizou a parte mais silenciosa e despercebida, deveria ser por isso que mesmo tendo uma empresa multimilionária de carros, raramente aparecia na empresa e se aparecia era apenas um sócio que estava ali para tratar assuntos das finanças. Até hoje eu me pergunto como caiu na boca do povo essa informação, nos dias seguintes que ele foi à empresa os jornais começaram a falar que Jhon D'Acker era o dono da empresa.Se fosse só isso tudo bem, mas não. Meu pai decidiu sair da nossa cidade e desaparecer. Segundo ele, em Paris teria um pouco mais de privacidade afinal nenhum dos jornais tinha certeza da informação e cá estávamos, descendo do jatinho particular para ir diretamente para uma Hilux, quando citei que meu pai era simples, era disso que falava. Ele simplesmente odiava qualquer coisa envolvendo um luxo que chamaria atenção desnecessárias, tinha plena certeza que se não fosse pela noticia teríamos vindo de avião normal, mas seria muito desastroso. Felizmente eu puxei este lado "simples" dele, não gostava e nem precisava daquilo tudo, mas como disse, não era esse o pensamento da minha querida madrasta e da Melissa, minha meia-irmã com apenas dois anos de diferença de mim.
── Vamos, temos que chegar em nossa casa e ainda arrumar do nosso jeito querido. ── Raquel chamou meu pai a qual prontamente foi em direção ao carro. ── Meninas, vamos em fim conhecer nossa nova casa e como já me informaram amanhã vocês começam em uma escola muito boa, tentei ao máximo por as duas na mesma classe, mas não deu muito certo, infelizmente estarão em algumas aulas separadas, entretanto creio eu que não será um problema, certo?
── Correta mamãe, eu e Kimberly sabemos nos virar! Não somos mais crianças. ── Melissa foi falando conforme entravamos no carro, já eu preferia apenas ficar em silêncio.
Meu relacionamento com as duas nunca foi um dos melhores, na realidade eu até me dava bem com Melissa, mas as vezes era difícil, éramos muito opostas uma da outra, seu jeito imitava mais o de uma Barbie das ultimas décadas do que quem ela era mesmo, seus cabelos antigamente eram morenos como o da mãe, mas percebeu que o loiro chamava mais atenção e acabou por pintar, seus olhos verdes dava um belo contraste e como sempre disse, os lábios sempre tinham aquele batom liquido estilo gloss, literalmente uma Barbie, já eu? Bem, era totalmente diferente. Para começar talvez com meus cabelos que era castanho escuro ondulado, a cor puxada de minha mãe enquanto os olhos no tom azul era herança de meu pai, o mesmo sentado no banco da frente dirigindo e me olhando pelo retrovisor com um semblante ao menos preocupado e eu sabia o porquê. Virei o rosto para o lado encostando no vidro fosco observando a paisagem de Paris, aquele local era cheio de dor, minhas lembranças eram dolorosas e não importava o local, eu ainda tinha aquele mesmo sonho, sempre. Cheguei a comentar quem escolheu o local para onde viríamos? Se não, devo dizer que foi Raquel que convenceu meu pai a vir para esta cidade novamente, segundo ela, a mesma só sairia de lá se fosse para voltar para cá e sem me comunicar nada, John decidiu vir.
Se eu surtei? Bem, considerando que tiveram que me dopar e por no avião me deixe ressaltar que não. Ou talvez um pouco, vai depender de sua concepção.
" ── Eu não vou, se eu voltar para lá eu juro fazer a vida de todos dentro daquela casa um inferno, mas eu me nego a ir! ── Minha voz estava levemente alterada, de certo era o efeito vindo da bebida que estava em minhas mãos.
── Kimberly, não tem você não querer! É vai e pronto, não discuta comigo sou seu pai e ordeno que largue esta garrafa e vá tomar um banho, tem trinta minutos para estar pronta e irmos em direção ao jatinho. ── Meu pai não parecia estar muito contente e a única coisa que fiz foi rir.
── Quero ver me obrigarem! Daqui não saio, vá com essa puta, mas me deixe aqui, eu não vou! Você não manda em mim, perdeu esse direito dês daquele dia, você é um monstro, um que tenho nojo de vir. ── Suspirei e tomei mais um gole, bem na hora que uma agulha era picada em mim, eu não tinha visto esta pessoa se aproximar e este foi meu erro. ── Nenhum cientista descobriu ainda, mas quando achar um jeito de tirar parte do teu D.N.A de mim, eu juro, juro por todos que amo que serei a primeira a me oferecer, mesmo que custe a minha vida, pois foi isso que você me tirou quando me força a ir para Paris, a minha vida! ── E com lagrimas que saiam por meus olhos eu senti, primeiro a tontura e depois a escuridão"
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Cinco segundos
ActionUm acidente no passado, pode ser a chave do futuro. Kimberly está novamente em Paris e mesmo tendo contestado a ida para a Cidade sua família a levou, literalmente a força. Seu coração já não batia naquela mesma intensidade, o relacionamento com o...