Baek... Soo... Kai...

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Byun Baekhyun Narrando

10 anos antes
Residência dos Byun (sala de estar)

— Você é uma vergonha para essa família! — gritou ele, Byun Hangyaol. Meu pai. Ele 

— Me desculpe, mas eu… — era o que eu estava dizendo logo antes de ser interrompido.

— Sem mais! — respondeu ele ao dar um forte tapa em meu rosto.

— Pai… — Eu nunca fui uma criança muito forte, logo aquilo tinha me jogado ao chão. 

— Você é ridículo. Uma desgraça! Uma desgraça! — repetia ele incessantemente enquanto dava constantes chutes em minha barriga, e batendo em minhas costas com a cabeça de sua bengala enquanto a segurava pelo cabo.

— Hangyaol! Já basta… — era a minha mãe ao fundo, observando a cena enquanto pedia para que meu pai parasse, mas sua voz não o alcançava, ela nunca o alcançava...

Está não tinha sido a primeira, mas sim a última surra que eu recebi quando mais novo. Já era comum, sempre que eu tinha começado a me tornar mais íntimo de um rapaz. A primeira delas foi quando conheci Jong-in, e então comecei a passar dias com ele. Em um certo dia, meu pai me bateu por quase meia hora, até que eu começasse a cuspir sangue.

— Você nunca mais verá aquele garoto! Jamais! — disse ele ao desferir seu último chute, fazendo com que eu pudesse sentir como se meu estômago estivesse ao ponto de sair por minha boca.

— Ahn… — Eu só conseguia gemer, mas então o sangue já estava escorrendo por minha boca, sujando o piso da sala. Vomitando não só tudo que eu havia comido no dia, mas certa certa quantidade de sangue, mais do que o de costume.

— Hangyaol, ele… — disse Byun Baelay, minha mãe. Ela me parecia estar apavorada.

— Espero que tenha entendido como as coisas funcionam nessa casa, Baekhyun. — ele então saiu do local, indo para o seu escritório, mas não sem antes entregar sua bengala para que uma das empregadas a limpasse, para que tirasse as manchas de sangue.

Eu apenas conseguia encarar o rosto de minha mãe, me encarando com uma expressão de nojo e repúdio enquanto me via chorando no chão, com meu uniforme escolar sujo de meu próprio sangue, vômito e lágrimas.

Seis meses depois fui apresentado à Taeyeon, e nosso casamento foi decidido por nossos pais.

[...]

Tempos atuais
Apartamento de Byun Baekhyun

Já havia se passado 6 dias desde que eu tinha falado com a minha mãe e ela me manteve preso. As janelas estavam totalmente lacradas, tinha coberto aquele andar e todos os de cima com um enorme tecido, como se estivessem sendo reformados, impedindo que a luz entrasse. Duas vezes ao dia a água voltava, mas apenas para a torneira da pia da cozinha, isso durante um curto período de 10 minutos. Por sorte eu sempre guardo garrafas vazias de baixo do balcão da cozinha, então sempre que possível eu as enchia. 

Já a comida… ela tinha deixado três pacotes de biscoitos de água e sal nos armários da cozinha. Tirando isso, não havia mais nada em todo o apartamento, nem móveis, produtos de higiene, ou outras roupas.

Depois de tantos dias eu já estava sem forças para conseguir andar, mas eu insistia, tentando me apoiar nas paredes ou no balcão da cozinha, eu estava indo até a pia, para pegar mais água já que o horário o qual eu havia descrito estava próximo. Mas neste momento, sinto meu corpo fraquejando, e assim vou ao chão, sem aguentar mais nenhum minuto naquele local, jogado ao chão enquanto derramavam minhas lágrimas, como se assim como a mais de uma década, eu voltasse a chorar no chão enquanto recebia um dos castigos de um dos meus pais.

،ᨳ᭬Seu por uma noite°ɕ.• EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora