Não consigo pensar em outra coisa, o ódio que sinto nesse momento é maior que tudo. Minha maior vontade nesse momento é matar, matar lentamente o maldito do Chaz.
Como ele pôde ser tão filho da puta? Tudo bem, ele tá comendo a loirinha e tal, mas não havia necessidade dela saber, por que ele foi falar pra ela?
E se ela falar pra Sam? Puta que pariu, eu mato aquela cambada de traidores.
Mas será que Chaz falou com os outros? Ou só abriu a porra do bico para a vadiazinha? Eu, espero sinceramente que não.
Aqui, jogado de qualquer jeito na cama, fico pensando em alguma forma de resolver essa merda.
Ele está tentando brincar comigo, pois bem, entrarei nesse joguinho de merda dele e vê até aonde vai.Sou tirado dos meus devaneios com o toque do meu celular, pego apressadamente na expectativa que seja Sam. É ela.
- Oi, meu amor. - ela dá uma risadinha e acompanho.
- Acho que nunca vou me acostumar com isso.
- Acostuma-se, chamarei você disso até nosso fim aqui na terra.
- Tô com saudade, muita mesmo.
- Eu também, eu te amo.
- Te amo muito.
- Como estão as coisas aí?
- Na mesma, o quadro de saúde da minha mãe só piora. Tenho medo, não consigo pensar em outra coisa.
- Vai dá tudo certo.
- Tenho orado muito, peço todos os dias que esse pesadelo acabe.
- Vai acabar.
- Espero que sim, e aí, como você está?
- Bem, com muita saudade da minha branquinha, mas dá para suportar.
- Bobo, estarei aí em breve.
- Tomara.
- Preciso desligar, ligo pra você depois.
- Tudo bem. Te amo.
- Beijinho, te amo.
Ela desliga e respiro fundo, fecho meus olhos e tento imaginar o sorriso da minha menina. Eu precisava tanto dela aqui, mas lembro-me o motivo da minha angústia. Essa porra é culpa minha.
Tomo um longo banho para relaxar, se é que consigo. Visto uma roupa qualquer e aperto um baseado.
Vou para o quintal e acendo, nos primeiros tragos, sinto meu corpo relaxar um pouco, e solto fumaça lentamente e deito na grama. Fico admirando o belo dia nublado, tentando afastar qualquer merda que vêm na minha mente. Pego meu celular e fico admirando meu papel de parede. Que é claro uma foto um tanto espontânea da Sam, sorrio ao ver o brilho nos seus olhos, e o longo sorriso que tem em seus lábios carnudos e rosado.
Levanto-me da grama e apago o baseado, entro para casa e vou direto para o quarto. Deito de bruços e agarro meu travesseiro, imaginando a Sam aqui. Penso em alguns momentos nosso, nas gargalhadas dela quando conto uma piada sem graça e em seus chiliques sem motivos.
Mas, em meios ao meus pensamentos, imagino o pior. Como seria a reação dela ao descobri a verdade.
Ela me perdoaria?
Eu iria conversar com ela, dizer que não pensava no que fazia, que isso foi antes de tudo. Antes de me apaixonar perdidamente por ela, antes de me ver como o homem mais feliz, de uma forma que nunca imaginei.
Foi tudo muito rápido, cada dia que se passava eu sentia que meus sentimentos por ela ia além de tudo, além de todas as implicâncias sem motivos, as brigas que eu sempre arrumava um jeito de começar com ela, dos ciúmes encubado que eu tinha por ela.
Tenho muito medo do que está por vir, preciso me preparar, por mais que eu fique fodido.
Novamente, sou tirado dos meus devaneios com a porra do meu celular.
Pego e vejo uma mensagem de Chaz, penso até em ignorar, mas meu plano entra em ação agora.
Se é um amigo falso que ele quer, então ele vai ter. E da pior forma possível.
O Bizzle está de volta.
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A HÓSPEDE [EM REVISÃO]
FanfictionSamantha Scott é uma jovem de 17 anos, a típica menina da cidade grande que está sempre em busca de realizar seus sonhos como toda menina adolescente sonha. De malas prontas e sonhos para realizar, sua mudança para o Canadá será só o primeiro grande...