Capítulo 19

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Dominique Wolf

—Filho_Alfred entra no meu escritório sem bater.

—O que faz aqui?_pergunto sem olhar para o mesmo, tenho um monte de papelada para resolver. O governo está querendo desmatar metade da minha floresta para construir um hotel de merda, preciso impedir isso.

—Por que você me trata tão mal? Eu sou seu pai, sabia?_Alfred finge está magoado. Só finje, pois sei que é tudo falsidade.

—Não, você somente me encontrou no meio da floresta e decidiu me usar para seus ideais_digo irritado. Desde que ele me encontrou, me treinou para ser um soldado e fazer qualquer coisa pelo Alpha, inclusive matar inocentes. Essa última parte eu não me orgulho nem um pouco, na verdade tento fingir que não aconteceu para que esse peso que habita as minhas costas saia.

—Não importa, eu te criei, você não tinha ninguém, foi abandonado, independente do que aconteceu, eu sim fui seu pai_diz ele e solto um suspiro pesado.

—Ok pai, o que você quer?_pergunto agora o olhando.

—Eu quero que você conheça a filha do Supremo, quem sabe ela não é sua companheira_dou um olhar de interrogação para ele. Ele sabe muito bem que já tenho minha companheira, porque insistir em algo que não pode ser mudado.

—Eu já tenho uma companheira_digo voltando a olhar as papeladas.

—Eu não aceito aquela sangue suga como sua companheira_diz ele com raiva.

—A questão aqui é: você não tem que aceitar nada, pois a companheira é minha_digo revirando os olhos. —Se já acabou, pode sair, tenho muito o que fazer_digo por fim.

—Você vai se arrepender_diz com convicção.

—Aí o problema será meu. Agora que tal você ir treinar os novos lobos?_tento fazer ele ir embora logo.

—Eu irei, mas saiba que essa vampira não vai ser a Luna dessa alcatéia_diz apontando o dedo para mim.

—Ela já é, só falta eu fazer a apresentação, agora pode ir_digo e faço um movimento com a mão para que ele vá embora. Ele bufa e sai batendo a porta com tudo.

Depois que ele sai continuo tentando organizar toda essa papelada. Algum tempo depois Mark passa pela porta desesperado.

—O que foi dessa vez?_pergunto olhando sua cara de espanto.

—Tem uma vampira muito machucada enfrente ao nosso portão_Mark diz e passa a mão pelos cabelos.

—Outro?_suspiro irritado.

Desde que a Loren veio para cá não para de aparecer vampiros. Vou ter que colocar uma placa na entrada agora "Proibido vampiros que não sejam companheiros do lobos".

—Sim, mas ela parece muito machucada, entre a vida e a morte. Eu não trouxe ela para dentro, porque não sabia se você ia gostar_Mark diz e aprecio sua devoção.

—Vamos dar uma olhada_digo levantando.

Sigo o Mark até o portão. Quando atravesso o portão, vejo uma vampira estendida no chão toda ensanguentada. Não a conheço e não sei porque ela foi colocada aqui.

—Será que foi o Travis?_Mark pergunta.

—Por que ele estaria matando a sua própria raça?_não consigo entender.

Chego perto da vampira e a coloco em meus braços. Volto para dentro da alcatéia com ela.

—O senhor vai cuidar dela?_Mark pergunta.

—Sim, se ela ainda conseguir se salvar_digo. Levo ela para o médico da alcatéia avaliá-la.

O médico começa a examiná-la. Quando ele abre a boca dela um papel sai da mesma.

—Se a Loren não voltar para o meu reino, seu povo irá morrer um por um_o médico ler o papel.

—Maldito seja Travis_digo irritado.

—Acho que ela pode ser uma conhecida da Loren_Mark diz.

—Por que você acha isso?_pergunto o olhando.

—Para causar impacto teria que ser alguém que ela conheça, eu faria isso_Mark diz e dar de ombro.

—Se for, é melhor chamá-la logo, pois essa garota não tem mais chances de sobreviver_o médico diz.

—Não, ela não precisa saber disso e se a garota não irá sobreviver não adianta envolver a Loren nisso_digo com convicção.

—Você tem certeza disso?_Mark pergunta com cautela.

—Absoluta_digo.

O Travis não vai conseguir fazer a Loren voltar, principalmente se ela não souber o que está acontecendo.

—Ok_Mark suspira.

Alguns minutos depois o médico diz que ela não conseguiu sobreviver.

—Mark, mande alguém levar o corpo dela para o Penhasco_digo.

—Sim senhor_Mark diz.

—E mais uma coisa, não fale para ninguém sobre isso, nem para o Arthur_digo com um olhar ameaçador.

—Claro que não direi_Mark diz com um olhar irritado.

—Você é um bom beta_digo batendo em seu ombro. Ele acena para mim e eu decido voltar para o meu escritório. Não há mais nada o que fazer aqui.

Chego em meu escritório, assim que passo pela porta vejo Amélia sentada em minha cadeira.

—O que faz aqui?_pergunto a olhando, elas está com um vestido curto que marca todas as suas curvas. Se fosse antes eu já estaria comendo ela, mas agora não sinto o menor desejo por ela.

—Poxa amor, não sentiu saudades?_pergunta ela fazendo um bico que pareceria fofo se ela não fosse tão superficial.

—Claro que senti saudades_digo e dou um sorriso. Mesmo a Amélia me irritando as vezes eu tenho um carinho enorme por ela, a mesma sempre esteve aqui quando eu precisava.

—Que bom, eu estava morrendo de saudades_Amelia levanta da minha cadeira e vem em minha direção com um sorrisinho. Ela toca meu braço e então o meu rosto, faz menção de me beijar mas viro o rosto.

—Amélia, eu só quero ter uma relação de amizade com você, se você não sabe ainda, eu já encontrei minha companheira_digo me afastando. Tenho certeza que ela já sabe, notícias correm feito o flash.

—Sim, eu já sabia que você tinha uma companheira, pensei que gostaria de passar um tempo comigo, já que sua companheira é uma vampira e ouvir rumores que ela não quer nada com você_Amélia diz passando a mão por meu peito.

—A gente está se dando muito bem, não estou afim de trai-la. Não tente nada, pois se você estivesse no lugar de Loren não gostaria de ser traída_digo me afastando um pouco.

—Bem, isso é verdade. Não vou insistir, mas vou sentir saudades do seu pau_diz ela com um sorriso de lado e volta a sentar em minha cadeira.

Amélia sempre é maliciosa, ela não tem papas na língua. Sempre fala o que deseja e uma coisa que ela sempre deixou claro é que ama o meu pau.

—Somos amigos e isso é o que importa, se você está feliz com a vampira, então estarei feliz por você. Mas se quiser gozar, também estarei feliz em ajudar_ela fala e então morde os lábios sensualmente.

—Muito obrigado, você gostaria de ficar para o jantar?_pergunto me encostando preguiçosamente contra a escrivaninha.

—Claro, você sabe que não dispenso uma boa comida_ diz sorrindo e então levanta da cadeira novamente. —Agora que tal me apresentar sua companheira, o último encontro foi um pouco estranho_Amélia continua falando, suas mãos enrolam em meu braço e me puxam para fora do escritório.

Espero que a Loren não me mate.

Entre Lobos E VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora