Capítulo 11

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V I O L E T A

Acordei com uma dor de cabeça insuportável além de está com o corpo todo dolorido. Olhei o relógio e percebi que eu estava super atrasada. Tomei um banho, depois coloquei uma roupa pra ir pro colégio, tomei um remédio pra dor de cabeça e outro pra melhorar as dores do corpo. Fiz uns curativos nos cortes que haviam em meu rosto por conta dos socos. Meu olho estava roxo, minha boca um pouco ferida, e minha barriga também estava um pouco roxa.

Peguei minha mochila, e fiz o maior silêncio possível para evitar que meu pai me visse nesse estado. Tudo bem que alguma hora ele vai acabar me vendo assim, mas prefiro evitar esse momento o máximo possível.

Por sorte eu consegui sair de casa sem ele me ver, acho até que nem em casa ele estava. Fui até a escola e ao chegar na porta de minha sala percebi que o professor já estava dando aula, e era logo o professor de história.

__ Você está atrasada.__ falou ao me ver abrir a porta.

__ É, já percebi isso. Não vai acontecer de novo, falô?.__ me direcionei até a cadeira ao lado da Giulia e me sentei. A mesma me olhava assustada e um pouco preocupada, talvez.

O professor continuo a aula, achei estranho ele não fazer um discurso sobre meu atraso, mas acho que ele preferiu não se desgastar. Algumas pessoas me olhavam sem entender, e a Giulia ainda continuava com aquele olhar dela em cima de mim.

__ Dá pra parar de me olhar assim?.__ falei já impaciente.

__ O que houve com você?

__ Nada.__ respondi, apenas.

Logo o sinal tocou para o intervalo. Já que eu havia chegado atrasada, as primeiras aulas passaram mais rápidas que o normal.

Quando eu ia sair da sala junto com a Giulia, o Dylan e o Toby entraram em nossa frente.

__ Parece que a sapata tomou a porrada que tanto merecia.__ falou Toby, fazendo Dylan dá risada.

__ Me fala por favor quem foi a pessoa que te deu essa porrada, porque quem quer que seja merece um oscar.__ desta vez Dylan falou.

__ Vai se foder!.__ o empurrei. Antes que ele retrucasse o empurrão, a Giulia segurou em meu braço e me puxou.

__ Vai querer brigar comigo agora? Eu não recomendaria isso. Você já tá fudida demais. Não vai querer sair daqui direto pro hospital né?.__ Dylan me ameaçou.

__ Eu não tenho medo de você, Dylan. Você se acha demais, mas não é porra nenhuma!.__ falei.

__ Meninos, vão embora por favor. Eu não quero que vocês briguem.__ Giulia interviu.

__ Eu só vou, porque a Giu pediu. Mas qualquer oportunidade que eu tiver de lhe dar uns socos, eu vou.__ Dylan me ameaçou mais uma vez. Mas antes de sair da sala, ele deu um beijo na bochecha da Giulia, quase que na boca na verdade, e foi embora.

Confesso que aquilo me atingiu mais do que as próprias ameaças dele. No momento em que vi ele dando aquele beijo nela, quase que pulei no pescoço dele. Mas eu sabia que a Giulia ia ficar puta comigo.

__ Eu ainda mato ele.__ fui até uma das mesas do fundo da sala e me encostei.

__ Não liga pras coisas que ele e o Toby disseram.__ Giulia ficou de frente pra mim e logo passei minhas mãos em sua cintura a puxando pra mais perto.

__ Eu não ligo pro que ele disse.

__ Não? Então por que quer matar ele?.__ perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

__ Porque eu tenho essa vontade desde que conheci ele.__ falei.

__ Hum. Sei.__ riu.__ Me conta o que houve com você, vai.

__ Não foi nada.__ o motivo de eu não querer falar o que aconteceu, é porque tudo se ligava ao beijo com a Melissa, e eu sabia que se eu contasse a Giulia iria brigar comigo e ia ser mais uma dor de cabeça.

Por mais que a gente não tenha nada sério e sejamos solteiras ainda, eu sei que ela vai ficar com ciúmes e brava, assim como eu fiquei quando vi o Dylan dando praticamente um selinho nela.

__ Eu tô preocupada com você.__ falou me fazendo dá um sorriso sem mostrar os dentes.

É tão incrível a forma como ela se importa comigo.

__ Não precisa se preocupar.

__ Eu quero cuidar de você.__ seus olhos percorriam pelo meu rosto olhando cada machucado.

__ Obrigada.__ lhe dei um selinho.__ Mas eu tô de boa.

__ Isso tem algo a ver com a Jade? Você foi na casa dela ontem?.__ ela realmente não ia me deixar em paz até eu contar.

__ Não. Eu não fui na casa dela ontem, e na real nem tô mais a fim de ir.

__ Então o que aconteceu?

__ Que merda Giulia! Eu já falei que não foi nada!

__ Não precisa falar assim! Eu só estou preocupada com você.

__ Desculpa.__ lhe dei mais um selinho.__ Eu não quis ser grossa.

__ Me conta o que aconteceu, por favor.__ pediu mais uma vez.

__ Tá tá.__ cedi.__ O que aconteceu é que eu fui numa balada com um amigo, uma mina me beijou e ia a namorada dela apareceu, e me deu essa porrada. Mas a namorada dela já é minha inimiga a um tempo, então aposto que ela já queria me dá essa porrada a um tempo já que ela sempre perdia pra mim nas parada. Mas ela também tomou uma porra...__ antes que eu terminasse de falar ela me interrompeu.

__ O quê?.__ se afastou.__ Você foi numa balada e ficou com uma garota? E ainda por cima uma garota comprometida?

__ Eu não sabia que ela era comprometida e aliás, foi ela quem me beijou. Mas nem deu tempo de rolar direito, a namorada dela chegou bem rápido então relaxa.

__ Eu tenho que relaxar por quê? Você é solteira.__ por mais que ela se esforçasse pra esconder seu ciúmes, ela não conseguia.

Ela é totalmente incapaz de esconder o que sente.

__ Vem cá.__ a puxei pra perto colando nossos corpos novamente.__ Não precisa ficar com ciúmes.__ falei.

__ Eu não tô com ciúmes.

__ Sei.__ ri e lhe puxei para um beijo demorado.

__ Que tal você ir lá na minha casa hoje?.__ falei.

__ Não sei se é uma boa idéia.

__ Claro que é. Você disse que queria cuidar de mim né? Então vai lá me ajudar a pôr os curativos e depois a gente curte um pouquinho.__ falei.

__ Tá bom. Eu vou. Me manda seu endereço depois.__ assenti e lhe dei mais um beijo.

VOCÊ OUTRA VEZOnde histórias criam vida. Descubra agora