Capítulo 4

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Lauren...

Entro na casa de meus pais, com Trish em silêncio ao meu lado, minha mãe Julien, esta na cozinha, consigo ouvir sua risada daqui.

— Chegamos!!

Dou um grito avisando, a seja lá quem estiver mais na casa, minha mãe e Lucy aparecem.

— Oi! Querida, por que não chamou?

Revirada de olhos dupla, para minha mãe.

— Acabei de chamar.

— Oi! Trish, que bom que você veio.

Minha amiga parece que perdeu a capacidade de falar, esta imóvel ao meu lado, Lucy percebe, ela aponta para Trish.

— O que aconteceu com ela?

— Adivinha?

Minha irmã solta um "Ah!, não preciso dizer mais nada, porque nesse momento o meu lindo irmãozinho surge na sala, mas para complicar as coisas ele esta com uma garota pendurada no seu braço.
"Aí, merda, minha vontade é de grudar no pescoço de meu irmão".
A troca de olhares, entre eles é quase como uma troca de farpas, como não aguento mais o silêncio constrangedor, sou a primeira a falar.

— Drew, eu não sabia que você vinha hoje.

Cruzo os braços e ergo a sobrancelha numa postura ameaçadora. Ele apenas abre um meio sorriso e sim minha vontade de matá-lo é grande, esse final de semana era para ser tranquilo e o foco era em Lucy.

— Só pensei que pudesse ser útil, para minha irmã.

— Ah! Claro, mano chega aqui no cantinho rapidinho, preciso mesmo falar com você.

Meu irmão ergue a sobrancelha em alerta, mas ele sabe que nesse confronto eu venço. Ele caminha em silêncio ao meu lado, até estarmos no atelier da minha mãe.

— O que é aquilo?

Aponto em direção a sala, onde ele deixou a garota.

— É a Ashely, uma colega de trabalho.

Cruzo os braços e torço a boca.

— Esqueceu de mencionar, peguete do mês.

— E qual é o problema, de eu trazer uma amiga.

Meu irmão acha, que pode argumentar comigo.

— Sério Drew, a diferença é que você come aquela garota, e esse final de semana era para ser da Lucy.

— Ashely, é legal, você só precisa conhecer melhor.

— Eu não quero conhecer ninguém Drew, quero que você se comporte, pelo amor de Deus.

Ergo os braços, gesticulando.

— Foi você, que começou o drama, estava indo tudo bem.

— Olha, eu desisto, sinceramente eu não sei o que houve entre você e Trish, mas sei que vocês se gostam e tudo que fazem é irritar mais, um ao outro em vez se se acertarem.

— Ela é cabeça dura e irritante, nunca fiz nada para ela.

— Ah! Fez, pode ter certeza que fez, mas por alguma razão você não lembra, enquanto ela lembra e não quer me contar.

Meu irmão faz aquela cara de inocente, e fica me encarando.

— Olha eu só vim para ajudar Lucy também, trouxe uma amiga e daí, não tô aqui para ficar de birra com ninguém.

— Quer saber, já tenho muita coisa para me preocupar, portanto, desde que vocês respeitem o espaço um do outro, para mim esta, ótimo.

Dou meia volta e saio na frente, quando volto para sala, ainda há um silêncio infernal, solto um grito internamente, qual é, eu vim aqui para ajudar organizar uma festa e não um funeral.

— Mãe, que horas o pai chega?

— Seu pai saiu com Brant e os pais dele, parece que iam ver um salão ou algo assim.

— Tá! Trish e eu vamos guardar as malas, voltamos já.

Começamos a subir para o andar de cima com Lucy seguindo a gente, depois de estarmos na segurança de um quarto, minha amiga finalmente recupera a capacidade de falar.

— Você viu aquela garota, jesus só seu irmão para sair com um tipo desse.

Minha irmã Lucy poderia ganhar um prêmio se conseguisse manter a boca fechada, mas esse não é o caso dela.

— E desde quando, Drew escolhe o que vai comer.

A cara de Trish, se transforma em mágoa, olho para minha irmã que continua falando e falando, sério acho que vou ter que acertar seu joelho com um chute, mas se eu fizer isso, ela será uma noiva manca.

— Você lembra, daquela que ele trouxe no aniversário de casamento de nossos pais, e aquela outra...

— Deus do céu, se for para ficar lembrando das peguetes de Drew, vamos ficar o final de semana presas nesse quarto.

— Trish o que acha de sairmos amanhã cedo, para adiantarmos a decoração das mesas.

— Por mim esta, ótimo.

— Que bom! Finalmente concordamos com algo.

Olho para minha irmãzinha e abro meu sorriso de travessa.

— Então, me diz que tem algo alcoólico para bebermos.

Lucy abre outro sorriso cúmplice e eu dou graças a Deus, por hoje a noite estava salva.

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