Capítulo 15

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Damien....

Quando vi Lauren, mesmo por poucos segundos mais cedo, percebi o quanto ela havia perdido peso, e não levantou nem para almoçar, sei disso porque o próprio Ross estava preocupado, e agora eu estava aqui ao lado dela, em um quarto de hospital, eu tentei correr até ela, mas não consegui chegar ha tempo, só vi quando ela desmaiou e sua cabeça se chocou contra o chão, gritei quando vi o sangue na lateral da cabeça, a peguei no colo e pus em meu carro, corri o mais rápido que consegui e quando parei em frente ao hospital, estava com ela em meus braços gritando feito um louco, quando apareceram com uma maca eu fiquei ao seu lado, mesmo ela ainda estando inconsciente.
Quando o doutor apareceu e começou a fazer perguntas eu só concordava, quando ele me perguntou quem eu era, o que saiu da minha boca foi" Sou o namorado dela".
Simples assim, tudo que eu queria era que Lauren, acordasse ou que o médico me dissesse que estava tudo bem.
Quando o médico retornou e me disse que ela estava no quarto em observação, mas que continuava inconsciente, eu queria ficar no quarto ao lado dela até a hora dela despertar, fico por horas ali olhando seu peito subir e descer, ela estava pálida e havia perdido peso, ela não sabe o inferno que tive que encarar todos esses dias longe dela, foi mais difícil saber que ela estava ali tão perto de mim e eu tinha que me segurar para não correr até ela, eu havia mudado, senti isso, quando estava na Noruega, a falta dela, minha vontade era de trazê-la para ficar perto de mim, mau cheguei em Seattle, fui correndo a procura dela, liguei para sua amiga que me avisou onde estavam, mesmo ela dizendo ao telefone que estava preocupada com Lauren, não achei, que fosse encontrá-la daquele jeito, foi como um pesadelo se repetindo, eu não queria ter que lidar com álcool, não depois de ficar dias tentando convencer ao meu pai de se internar, e agora estou aqui do lado da cama em um quarto de hospital, olhando seu rosto pálido.
Não sei quanto tempo se passa ali, até ouvir um gemido vindo dela.

— Lauren, sou eu...

Ela pisca e abre um sorriso.

— Estou, sonhando...

Acaricio seu rosto e ela pisca.

— Não esta, sou eu.

— O que aconteceu?

— Você desmaiou e bateu a cabeça.

Ela franze a testa.

— Aí, é por isso que tá doendo tanto.

— Sim, mas o médico disse, que não foi nada grave.

— Como eu vim parar, aqui?

— Eu trouxe você.

— Ah! Obrigada.

O médico entra no quarto.

— Então Senhor Björn, vejo que sua namorada acordou.

Lauren franze a testa e olha para mim, depois para o médico.

— Ele não...

— Sim doutor, minha namorada acordou.

Lauren ainda esta me encarando, sem entender nada.
O doutor examina ela e depois sai, nos deixando ali num silêncio gigantesco.

— Eu preciso ligar para Trish, ela deve esta preocupada.

— Eu já liguei, ela vai passar aqui.

— Só vou ter alta amanhã, melhor você ir deve estar cansado.

— Eu não vou a lugar nenhum Lauren, vou ficar aqui, do seu lado.

— Por que, Damien?

Abro um sorriso.

— Porque Lauren, eu não consigo ficar longe de você, eu juro que tentei, mas tem algo mais forte que me traz até você.

— E isso quer dizer, o quê?

— Ainda não sei Lauren, mas espero descobrir com você.

Ela abre outro sorriso e algo dentro de mim se alegra.

— Então, isso é tipo um daqueles acordos?

— Não Lauren, isso quer dizer, que vou tentar mesmo.

— Então, somos tipos, namorados?

Abro outro sorriso.

— Sim, somos, mas vamos manter a discrição por enquanto, tudo bem?

— Para mim tá ótimo, só quero que você volte a confiar em mim.

— Promete, que não vai beber mais?

— Prometo, aquilo foi estúpido.

— Fiquei muito decepcionado com você Lauren, eu passei aqueles dias todos, tentando convencer meu pai a se internar e quando consigo volto e encontro você daquele jeito.

Ela baixa a cabeça.

— Eu sei, me senti horrível.

Me levanto e me sento ao seu lado na cama, encosto meus lábios nos dela e parte da saudade que senti dela foi acalmada.

— Damien, eu acho, que te amo.

Aquilo era novo para mim, mas por alguma razão causou uma sensação de paz dentro de mim, torno a beijá-la porque é a única resposta que posso, dá -la no momento.
Somos interrompidos pela voz de Trish.

— Caramba! E eu que achei, que ia te encontrar desacordada, mas pelo visto quase flagro uma cena imprópria.

Caímos na risada, era a primeira vez que sorria em dias e isso era muito bom.

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