Aqueles olhos de cor caramelo fixados nos meus, no interior da máscara, só me fazia ter certeza de que Judy era a minha amada Cloe.
Ao sair daquele lugar meu coração estava acelerado, eu nunca senti isso na vida.
Voltei para a mansão creepypasta. Fui recebido por Toby.
- Hey Masky! Você voltou cedo de novo!
- Agora não, Toby.
- O que ouve com você? Parece que viu um fantasma. - Diz Jeff.
- Eu só preciso de um tempo.
Ao entrar no meu quarto, me joguei na cama.
Se ela não tivesse se defendido... Ontem... Eu poderia ter matado a Cloe!
- Masky, está tudo bem? Está ferido?- era a voz de Sally no outro lado da porta.
Esse sentimento de culpa me dominou por toda a noite.
Fiquei um tempo na mansão creepypasta, refletindo, lendo, estudando... Até que Slender foi até meu quarto.
- Por que não está lá fora? O dia está lindo. -eu nada falava. - Um de meus irmãos vem nos visitar hoje com seus creepypastas.
- Eu não tou afim de vê-los. - digo sentado na janela, encarando o mundo lá fora.
- Você por acaso reencontrou a Cloe?
Viro meu olhar rápidamente para Slender, o mesmo estava escorado numa coluna.
- O que devo fazer?
- Você sabe que Humanos e Creepypastas são um risco para ambos.
- Eu sei.
- Mas nada lhe impede de ver a menina, de proteger ela dos outros assassinos. Só por favor, não cometa o mesmo erro que eu cometi.
- Qual erro?
- De se apaixonar por uma humana.
✧・゚: *✧・゚:*
3 dias se passaram depois daquilo, eu não vi o rapaz por esse tempo. Os olhos daquele rapaz não saía da minha mente. Eles eram bonitos, e desesperados.
Naquela mesma noite, eu sonhei com ele novamente, mas desta vez ele ia para longe, como se estivesse me dando um adeus para sempre.
Essas faíscas de sonho estavam gravadas, não conseguia esquecê-las.
Era finalmente sábado e eu estava determinada a encontrar o cara mascarado. Meu coração gritava por vê-lo novamente.
Fui diretamente para a floresta que ficava um pouco acima do vilarejo.
Ele certamente aparece cada vez que eu estivesse sozinha, então, nada mais óbvio que ir a uma floresta completamente deserta.
Estava ameaçando chover, parei perto de uma cachoeira e coletei a água.
Não demorou muito para ouvir ruídos estranhos. "Cervos" eu pensei.
- Que maravilha, temos uma ovelhinha perdida na floresta.
Viro depressa, era um um palhaço completamente cinza e preto.
- Me diga coisa linda, você se perdeu não foi? Venha, eu posso lhe dar um lar para uma menininha tão linda como você. - diz com um sorriso maligno e psicótico.
Fiquei paralisada. Ele se aproximava lentamente com aqueles braços enormes e nariz de cone.
Minhas pernas tomaram força e tentei correr, mas o palhaco só vinha na minha direção, eu já não sabia o que fazer, apenas sentei e apoiei minha cabeça nos joelhos. A cada passo que dava eu soltava pequenos gritos.
Foi quando algo, em fração de segundos, pegou na minha mão e me puxou para dentro da mata.
.・゜゜・
Quando Slenderman me disse aquilo, fiquei com receio de ficar perto da Judy, porém, com a visita dos creepypastas do seu irmão, fiquei preocupado, e resolvi vigiar a garota para evitar que algum creepypasta a matasse.
Fui pela floresta, como de costume. Fiquei realmente bravo com Judy ter ido para aquela floresta sozinha. Se eu não chegasse a tempo, Jack Risonho iria mata-la.
Ao chegarmos num local seguro sentei num tronco e ela noutro.
- Você está louca??!! - digo bravo e ofegante. - Você sabe que essa floresta é estranha! Ainda por cima cheia de loucos por aí. Quer morrer?!
Ela ficou em silêncio por alguns segundos.
- Você sumiu por 3 dias... !
3 dias? Isso tudo?
- Eu queria te ver. - diz envergonhada.
Levanto do tronco e ando em volta.
- Se Jack Risonho te viu uma vez, definitivamente ele vai atrás de você. Que droga...
- Obrigada por me salvar! - diz a menina.
Olho para ela, estava tremendo e envergonhada. Sentia uma leve impressão de que queria chorar.
- Só não me dá medo, por favor. - diz chorosa.
Coloco uma mão atrás da minha cabeça e respiro fundo. Não sabia o que fazer naquelas horas, ver Judy chorar estava me deixando preocupado.
Me baixo na altura dela, me apoiando com um joelho no chão, perto da menina apavorada e coloco minha mão no seu ombro.
- Ele não vai te achar, eu prometo.
Ela novamente olha para o interior da minha máscara, encantada talvez...
- Vamos logo embora daqui. - digo levantando. - Vamos. - Revelo minha mão para ela e a mesma a pega. Eu a ajudo a levantar.
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A escolhida de Masky
RandomMasky sempre foi uma figura no meio creepy pasta, sempre odiou humanos, e tinha um péssimo hábito de reclamar de tudo, era o azedo da turma, o certinho. Porém, isso mudaria com uma garotinha a qual ele entrega seu coração e alma para proteje-la de...