After the Wedding

Capítulo 2

 Emma estava concentrada na leitura de um novo livro que sua empresa iria lançar. Nesses 15 anos ela com a ajuda da esposa fundou sua própria editora e hoje em dia mantinha uma reputação enorme na Swan-Mills Books. O prédio da empresa era bem localizado e tomava os últimos quatro andares de um enorme arranha-céu. 

- Oi meu amor. - Regina se sentou no colo da esposa que sorriu e deixou o livro de lado.

- Pensei que fosse ficar mais um tempo com a Mila na escola. - Emma segurou com delicadeza o rosto da esposa e a beijou.

- Eu não estou aguentando ela em casa, por que acha que eu ficaria mais tempo com ela na escola? - Regina arqueou a sobrancelha confusa fazendo a mulher rir. - Não tem graça.

- Amor, você já teve 15 anos e pelo que abuela contava, você era o demônio. Mila ainda não fez nada de mais. Você com a idade dela comandava seus irmãos todinhos. - Regina apenas negou com a cabeça. - E nem adianta fazer essa cara, você vai ter que aguentar os surtos adolescentes da garota. 

- Vou? - a morena desafiou a mulher. - A filha é sua, você que lute. 

- A filha é nossa, lutaremos juntas. - Emma beijou mais uma vez a esposa e ficou admirando que mesmo depois de quinze anos Regina preservava a sua beleza. - Hoje é o dia da avaliação psicológica da Mila não é mesmo?

- É sim, e será você quem vai a levar.  - Regina girou a cadeira e ficaram olhando a vista da janela. - Hoje ela te chamou de Emma.

- Melhor do que ficar me chamando de Swan igual vocês faziam quando ela era criança não é mesmo?

- Ela ainda é uma criança... 

- Que já beija... - Emma respondeu baixinho mas não o suficiente para a esposa não escutar.

- O QUÊ? - a morena se levantou exaltada chamando a atenção dos demais funcionários que passam por perto da sala.

- Regina. Para de surto. Nossa filha ta crescendo e você não pode se iludir achando que ela não faz determinadas coisas. - Emma foi até a esposa e a abraçou de lado. - Não surta com a Mila por isso.

- Ela contou pra você e não pra mim. Lógico que eu vou surtar. - a mulher disse mais calma. - Isso porque ela te vê como uma criança igual a ela.

- Por favor né Gina, todo mundo sabe que a criança da relação é você. 

- Eu não vou nem discutir como isso é um absurdo. - Regina pega duas pastas na sua bolsa e entrega para a loira. - Esse é o contrato do novo secretário.  E esse é o contrato do próximo cliente.

- Não entendo o motivo de eu não poder ter uma secretária. - Swan bufa e assina o que a esposa lhe deu.

- Isso porque a última secretária que você teve, você a pediu em casamento. - Regina forçou um sorriso e pegou os dois contratos. - Vou te fazer o favor e deixar isso no RH.

- Relembrando dos velhos tempos como minha secretária amor? 

- Se levarmos em consideração de que você ainda precisa de mim para fazer tudo, acho que nunca abandonei essa função. - Regina deposita um selinho nos lábios da esposa e saiu de sua sala a deixando sozinha novamente.

 A morena andava distraída pela empresa quando seu corpo se chocou com o de uma mulher morena.

- Me desculpa, eu não tinha te visto. - a mulher a olhou de cima a baixo com cara de desprezo.

- Você claramente tem que prestar mais atenção se quiser manter um emprego nessa empresa. - a mulher disse como um tom de voz superior. - Pode me levar até sua chefe, tenho uma reunião com ela agora.

A morena sorriu e concordou com a mulher. Todos na empresa encaravam as duas com certo receio, principalmente por terem ouvido o que a mulher tinha dito. Regina abriu a porta da sala da esposa e sorriu para ela.

- O que esqueceu dessa vez? - se levantou e seu sorriso morreu um pouco ao ver a outra mulher junto.

- Nada esqueci nada amor. Só fiz a gentileza de trazer essa moça até sua sala. Ela disse que tem uma reunião com você. - Regina concedeu passagem para a mulher e sorriu debochada. - Não esquece de buscar a nossa filha. Te vejo em casa.

- Tudo bem amor, Te Amo. - Emma sorriu e apontou para a cadeira para que a mulher se sentasse. - Senhorita Tate. Fique a vontade.

Escola Lannister 

- Então você terá o prazer em me ter em todas as suas aulas. Acho que deveria agradecer. - Camila entregou para Margaery sua lista com os horários. 

- Pensei que você fosse novata. - Mar disse um pouco surpresa como a facilidade que a outra tinha em andar por todos os corredores e seu otimo senso de localização. 

- Eu sou novata. 

- E como consegue se localizar tão bem por todos esses corredores? - a mais tímida parou de andar.

- Simples. - Camila parou de andar e pegou seu telefone, desbloqueou o aparelho e mostrou para a nova amiga o site da escola. - Nesse site tem tudo que você precisa saber, e o melhor de tudo, tem um mapa de todos os quatro andares. Eu decorei ele depois que fiz minha matricula. Por isso eu sou a pessoa mais indicada pra se fazer amizade enquanto novata.

- Você é um pouco peculiar. - as duas sorriram e continuaram andando para conhecer um pouco mais da escola. Antes que acabasse o tempo da primeira aula as duas foram até a biblioteca, tinham que pegar os livros e deixar tudo mais uma vez organizado. - O que fazemos agora?

- Vamos até a sala de artes. - Camila disse já com os livros nos braços. - Vamos lá primeiro porque é mais perto do que os armários. 

- Você é um pouco mandona sabia? - Margaery disse um pouco baixo fazendo a nova amiga sorrir.

- Isso te deixa nervosa?

- Um pouco.

- Relaxa, eu sou uma líder nada, coisa de família. Por isso posso parecer mandona, mas qualquer coisa que você se sentir incomodada você pode me falar. Eu não levo pro coração. - as duas pararam em frente a sala de artes. - Não sempre pelo menos. 

Como já estava decidida Camila se inscreveu para ser líder de torcida. Qualquer outra coisa que quisesse fazer a mãe preferia que fizesse me um loca mais especializado, como quando decidiu praticar alguma luta. Tinha um professor de muay thai na sua antiga escola, mas Regina preferiu procurar um local com uma especialização melhor, o que no fim foi bom. A menina fez mais amigos e não precisou parar com as aulas depois de mudar de escola. 

- O que você escolheu? - se virou para Margaery que a esperava do lado de fora.

- Piano, eu sou apaixonada por isso.

- Você toca? - enquanto conversavam a mais nova pegou seu celular para verificar as horas.

- Toco desde os 7 anos.

- E por que escolheu algo que já faz? - parou de andar segurando a nova amiga. - Se você já toca não vale, estamos no ensino médio. Tudo que formos fazer agora vamos odiar no futuro. Você sabe tocar violão?

- Não.

- Por que não aproveita para aprender? - arqueou a sobrancelha. - Você vai aprender um novo instrumento. Se o professor for chato a ponto de te fazer odiar algo pelo menos seu piano ta salvo.

- Você tem um ponto muito estranho. 

- Eu sei, agora vá lá mudar pois eu não acho que vai valer a pena você começar a odiar o piano. 

- O que você vai fazer?

- Serei líder de torcida. Minha especialidade. - sorriu.

- Você gosta?

- Eu odeio. Por isso eu faço tão bem. Agora vá logo pois já está quase na hora de irmos para o ginásio.