01 Capítulo - Emily Banks

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EMILY BANKS P

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EMILY BANKS P.O.V

Dois Anos antes.

Meus saltos batiam forte no chão de mármore gelado, pessoas e mais pessoas, trabalhavam sem parar, havia uma pasta vermelha em minha mão, era o caso AA-320 sobre umas das gangues mais perigosas da América. Odiava ficar, apenas trabalhando na frente da mesa, era tedioso, gostava de estar em missões, era pura adrenalina como deveria ser, não atrás de uma mesa, escutando conversas, vendo fotos, ou até mesmo apenas preenchendo papelada.

- Agente Banks, como vai? – perguntou minha irmã mais velha mantendo a formalidade no emprego.

- Estou ótima – respondi fria como sempre.

Às vezes pensava que Carte me odiava, ela fazia parte do esquadrão C, que treinava os novatos e até mesmo ficavam dias sentados nessa merda de sala o dia inteiro. E como eu fazia parte do esquadrão A onde saía para missões, ou ficava investigando casos, era níveis a mais que ela, fazia três anos que Carte fazia teste para passar na classe A da Cia, mas sempre fracassava, eu havia passado de  primeiro momento, era até mesmo ridículo aquele teste, era fácil. Mas nada facilitava quando seu pai era um dos chefes que comandava a Cia em New York, era horrível, pois não me deixavam sair em missões perigosas, mas isso não importava, eu sempre dava um jeito de participar, e ele  como ninguém sabia que não podia me controlar, não era controlável. Olhei para o grande emblema que estava no centro e realmente sentia orgulho de fazer parte dali, onde eu nasci, era estranho saber que aquele lugar era a minha casa.

- Está tudo bem agente Banks? – perguntou Arthur meu irmão.

- Claro agente James – respondi. Ele tinha se dado esse nome apenas porque era Arthur James Banks.

- Parece distraída!

- Apenas observando – respondi e segui meu ritmo para a sala de meu pai.

Olhei para a porta ao fundo do corredor, onde ao centro estava escrito Chefe da organização da CIA – Alec James Banks. Respirei fundo raramente falava com meu pai, era algo que não tinha afeto, não tinha laços com a família, minha vida e minha determinação sempre foram focadas em treinar, e nunca criar laços familiares. Bati na porta três vezes esperando que ele mandasse entrar logo.

- Entre! – ouvi sua voz um pouco gastas com os anos.

- Bom dia, senhor – respondi – Estou aqui para entregar o relatório sobre AA-320.

- Sem formalidades, eu sou seu pai, pode me chamar disso às vezes – falou colocando seus óculos para leitura de perto – Mas é ótimo do mesmo jeito.

- Estou no trabalho, isso exige formalidades – coloquei o relatório em sua mesa, e voltei para porta tranca-la e fechar as cortinas, apenas a pequena luz entrava pela sala o suficiente para enxergar.

- Tudo bem- disse cansado de sempre falar a mesma coisa – O que descobriu Agente Banks?

- Bom como você pode ver – me aproximei da TV – Essa gangue que está aqui há seis anos, e nunca foram rastreados, não sabemos que são os membros da organização, apenas por vozes podemos ver que seu próximo passo vai ser um encarregamento de drogas, do outro lado de New York, o lado deserto, que apenas abriga poucas pessoas, ao caso de não sabermos os rosto dos indivíduos estamos trabalhando, acho que isso tem algo de errado, sempre estamos perto descobri suas  identidades as evidências somem, minha equipe, têm suspeitas que há agentes da Cia envolvidos, nesse caso. ou até mesmo um apenas, junto com eles, desconfiamos que seja Caleb, mas até temos mais provas o suficiente, não posso pedir um mandando de prisão.

- Ótimo, mas acho que o agente Caleb não esteja envolvido - falou ríspido - Fez um bom trabalho, mas deixe que os agentes de verdade assumam daqui – falou severo, pegando a pasta e guardando em sua gaveta e trancando-a.

- Agente de verdade? – levantei a sobrancelha – Você acha que eu não sou a gente de verdade? Você acha mesmo que eu sou igual aquelas pessoas que ficam sentando o tempo todo naquela mesa ou até mesmo igual a Arthur e Carter, por sempre aguentar suas merdas, sem falar nada, se você pensa desse jeito meu senhor, está enganado, eu sou uma das agentes da CIA que mais trabalha, para caramba, eu raramente tenho uma vida, para vim entregar essa porcaria de relatório que está totalmente certo, para você falar que agentes de verdade assumiram o caso a partir de agora? O que você vai fazer? NADA é isso que você faz nada, só fica sentado nessa cadeira, comendo e bebendo café, e sempre mandando as pessoas fazerem o trabalho para você, pois aposto que não sabe mais fazer nada dês que se tornou chefe dessa agência, com qual idade entrou para liga A mesmo? A isso mesmo com 23 anos, eu tenho 16 anos e olhe adivinhe? Já estou nela, com 12 anos eu já fazia parte da liga A muito mais que você pode sonhar, e aposto que com 23 anos já estou no seu cargo, diferente de você eu sei ser uma agente de verdade, não fico vegetando o dia inteiro, como um belo otário que o senhor é, e se você falar novamente que esse caso não é para mim, está muito enganado, pois você sabe que eu posso sim, resolver toda essa merda, em menos de um dia, mas aposto que tem medo, pois se conseguir talvez pegue seu lugar, o como sempre o agente Caleb, é seu preferidinho – dei uma risada irônica – Quando ele te matar, não me espere no seu velório, eu não irei, estarei festejando ao invés disso – disse e saí da sala sem ao menos desse a chance dele responder.

A sala que ficava perto dele estavam todos olhando para mim com a boca totalmente aberta, a cara de espanto era nítido, eles nunca me viram o enfrentar desse jeito, ninguém ali dentro fazia apenas porque era o chefe, não me importava se era chefe ou meu pai, isso não mudaria o fato de ser um completamente otário, pude olhar nos seus olhos já velhos, e ver que realmente estava certa apesar de tudo que acontecia. Dessa vez finalmente senti um alívio em meu peito, eu iria pegar esse caso de qualquer jeito ele querendo ou não, ele sabia melhor que ninguém que iria ao fundo, mesmo que isso significasse perde minha vida, eu não podia discordar, era isso mesmo eu era casada com o trabalho, desde que eu nasci.

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