04 Capítulo - Arm

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Passei por meio de algumas pessoas e entrei no meio da pista de dança. E fui abrindo caminho para sair do outro lado não queria dançar ou nada parecido, eu só queria me livrar do silêncio constrangedor. Encosto-me na parede ficando embaixo de uma das luzes meio rosadas. Sinto um calafrio percorrendo a minha espinha, estava me sentindo observada. Comecei a procurar em meio as pessoas. E esbarrei em dois olhos escuros me observando, os traços do queixo marcado dava um ar peculiar. O homem percebendo que o analisava levantou-se vindo em minha direção. "Merda" pensei. A cada passo que o mesmo dava, pensei em várias formas de fugir, mas estava encurralada para todos os lugares se fosse correr teria que passar em um grupo de amigos ou em pessoas amontoadas.

- O que uma mulher tão bonita faz sozinha aqui? - disse sorrindo.

- E lá vamos nós com galanteador barato - ri ironicamente - Querido se quer chegar mesmo em alguém está cantada já está vencida.

O garoto percorreu o meu rosto como se procurasse alguma resposta, ou apenas estava digerindo o que eu tinha acabado de falar.

- Então temos uma mulher selvagem  aqui- disse.

- Não estou sendo selvagem é a realidade, melhore seu papinho fajuto, pode funcionar com outras, mas não vai funcionar com todas - ri pelo nariz ironicamente - Eu estou indo, foi um prazer não conhecer você - disse saindo.

- Se acha boa demais para mim? - disse ríspido, agarrando em meu pulso.

- Sim, eu não sou para seu bico - sorri - Agora por favor, estou pedindo com educação solta o meu pulso ou eu quebro o seu braço, não te ensinaram a não tocar em uma pessoa sem permissão dela?

- Gostaria de ver você tentar - falou apertando mais forte meu pulso - Tive um boa educação, e sempre consegui tudo que me convém.

- Isso quer dizer apenas que foi um garotinho mimado - respirei fundo - Me solta, é meu último aviso.

- Você não me conhece para me dizer o que eu fui ou deixei de ser - falou entre os dentes.

- E quem disse que eu quero conhecer? - Em movimento rápido, puxei seu braço atrás de suas costas fazendo sua mão solta meu pulso, puxei seu braço mais para cima o vendo gemer de dor - A próxima vez quando alguém pedir com educação para solta-la você solta - O empurrei para frente fazendo dar uns passos alguns passos para frente. Vire-me de costas e comecei caminha rapidamente para mesa em que meus colegas se encontravam. Quando cheguei Hanna, Ian e Cris me olhavam com olhares desconfiados.

- O que foi? - disse sentando e dando um gole na minha whisky.

- Onde estava? - Perguntou Hanna desconfiada.

- Virou minha mãe? - perguntei - Apenas estava dançando.

- Você? Dançando? Essa é novidade - argumentou Ian.

Revirei meus olhos eu não irei entrar uma discussão fajuta, aquela noite já estava ruim e se começasse iria acabar pior. Vire minha bebida com tudo querendo desviar o assunto.

- Moça? - falou um garçom me chamando.

- Aqui está sua whisky - falou colocando sobre a mesa.

- Eu não pedi nenhuma outra dose - falei educadamente.

- Claro não foi a senhora, foi o rapaz que está no bar - disse apontando para ele.

Olhei para trás dando de cara com o homem que tinha encontrado mais cedo, junto a whisky tinha um pequeno papel dobrado.

" Poderia ter me pagado uma bebida depois de ter torcido o meu braço"

- Você tem uma caneta? - perguntei ao garçom.

- Tenho sim - disse me entregando-a.

"Vai a merda garoto, me deixa em paz."

- Por favor entregue para aquele menino - disse entregando caneta e o papel ao garçom. Peguei o copo com a bebida e devolvi ao garçom também - Fala para ele que não aceito caridade - levantei-me irritada.

Senti a brisa da madrugada bater no meu rosto, sair daquele local já tinha tirado um pouco de peso dos meus ombros. Encostei-me na parede e comecei a observa as pessoas saindo da boate, conversando, rindo, fumando e bebendo. Olhei para entrada de carros da bote e vi uma Lamborghini preta aproximando, mas não do estacionamento e mas ao fundo da boate em portão lateral que havia. Meu sentidos dizia que aquilo era suspeito carro assim não circulavam o tempo todo pela cidade. Comecei a procurar um meio de chegar mais perto do carro o mesmo já entrava no portão lateral e uma câmera estava mirada nele. Olhei para o lado esquerdo onde havia um vão na de passagem. Caminhei rapidamente havia uma grade e a parede. Escalei até o topo da grade e pulei para o telhado menor que havia. Andei devagar o telhado estava escorregadio. Subi uma parte maior quase conseguindo chegar ao fundo da boate onde o terreno já se encontrava mais plano. Ouvi algumas vozes e fui pisando mais devagar se me pegassem poderia ser presa por invasão. Deite-me no chão sobre onde consegui ouvi as vozes melhor.

- Aqui está Jace a carga de hoje - falou uma voz rouca.

- Já era tempo - respondeu Jace.

- JB, mandou lhe informa para você ter mais cuidado a polícia aprendeu sua outra mercadoria, por sorte você não foi preso - suspirou - Cara se você for preso a gente vai ter que matar, não podemos você ser entregue vivo para policia.

- RB, você está me ameaçando? - riu.

- Jace, estou te dando um aviso prévio se te pegarem novamente, a gente mata você - falou - Você sabe como funciona, acho que você não quer foder a porra toda!? Não é?

- Brad, guarda a mercadoria no escritório vamos tirar logo pela manhã - ordenou - RB, apenas diga a JB que tomarei mais cuidado - disse com tom de medo em sua voz.

- Agora vamos até a grana - disse a voz desconhecida.

Ouvi os passos indo embora. Jace um "traficante" ele apenas um peão para quem parecia ser JB. Eu precisava investigar. Precisa falar com Arthur se ele sabia alguma coisa sobre JB e RB. Se eles eram apenas traficantes fajutos onde o problema era da polícia ou se eram narcotraficantes onde o problema se constava na CIA. Esperei mais 10min deitada até que não pudesse ouvir nenhum som levantei-me e fui me movendo para onde tinha subido. Pulei para grade e para o chão ajeite minha roupa e voltei para entrada da boate como se nada tivesse acontecido encostei-me na parede e pude respirar.

- Pensei que tinha ido embora - falou uma voz familiar. Olhei para o rosto do homem, o mesmo que tinha me dado cantada baratas.

- Você não desiste? - disse me estressando - Têm mais de centenas de mulheres neste lugar e você insisti e uma que te deu um fora?

- Nenhuma delas me chamou tanta atenção- disse dando de ombros e se encostando na parede ao meu lado.

- Você tem algum distúrbio cerebral? Caiu do berço quando era criança?

- Relaxa, estressada, eu vou fumar minha maconha e vou embora se está é sua vontade - respondeu.

- Ótimo - concordei.

- Você ao menos quer saber meu nome? - perguntou.

- Não.

- Você quer sim - retrucou.

- É surdo? Coisa parecida? - perguntei

- Justin - falou e foi andando com seu maço na boca - Guarde este nome na sua memória Justin, a gente ainda vai se encontrar de novo.

- Nem em seus sonhos - respondi vendo a silhueta dele indo embora

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