Capitulo 1: Erik

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Deito na minha cama para pensar e memorizar tudo que aconteceu naquela noite

O nosso quase beijo, o quanto fui idiota em pensar que uma garota como a Elis iria gostar de mim, estou confuso. Memorizar tudo é importante pra mim, porque pelo menos estive com ela, eu mostrei algo pra ela que eu não mostraria para ninguém. Não foi só a casa, foi minhas fraquezas, minhas inseguranças, nunca fui tão fraco assim com uma garota. Ela sentiu alguma coisa? Eu não sei nem o que eu estou sentindo vai saber se ela sentiu! Só espero que essa paixãozinha suma logo, a última coisa que eu quero é sofrer por amor.

Penso em levantar e escrever um pouco no meu caderno acho que fiquei deitado demais para uma noite. Esta quase amanhecendo e eu não sinto nem uma fração de sono. Eu decidi não pensar mais na Elis, nem como ela estava linda com aquela jaqueta azul. Eu sou um escritor, é quem eu sou, mas se eu ficar pensando na Elis eu vou perder a cabeça e vou começar a escrever mais sobre ela do que qualquer outra coisa! Apesar do meu professor de literatura diz que "o Amor é a melhor ferramenta para a arte" acho que o Rivera está equivocado.

"o amor é uma ferramenta tão poderosa que pode nos matar com um simples sopro, o amor é uma arma, sempre foi e sempre será. derramaremos uma lagrima da verdadeira dor que sentimos por simplesmente experimentar um veneno que vai penetrar nosso corpo até chegar ao nosso coração e no final o veneno vai estar penetrado em nossas almas, Porém, se for experimentado direito, pode ser a cura para qualquer dor e enfermidade que estiver em nossas almas."

- Erik

São cinco e meia da manhã. Preciso me prepara para ir para a querida e muito conhecida escola, eu sempre espero o Lucas chegar em casa para irmos a escola juntos, afinal ele é meu melhor amigo desde a infância, a única pessoa que confio em compartilhar minhas fraquezas.

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Abro a torneira do chuveiro. É bom sentir a água quente molhando meu corpo, da a sensação que toda a sujeira que vive dentro de mim não existe mais. Me sinto limpo e restaurado, como se eu pudesse escolher o que ser. Ou até escolher que tipo de vida ter. Talvez uma vida que meus pais não sejam divorciados por exemplo. Fico imaginando o porquê eles se divorciaram, consigo ver nos olhos do meu pai que ele ainda a ama, mas consigo ver nos olhos da minha mãe a culpa e tristeza que ela sente. Da para saber de muita coisa olhando nos olhos de alguém.

Coloco a primeira camiseta que eu vejo no meu humilde e bagunçado guarda-roupa, não faz tanta diferença que camisa estou usando, é o mesmo padrão, jaqueta de couro preta, uma calça preta ( eu só tenho calças pretas) e meu coturno. Padrão.

O relógio acaba de marcar seis da manhã. Pego minha bolsa que não tem nada além de uma caneta preta e dois cadernos, apesar de um dos cadernos é só para escrever o que sinto vontade, afinal, Eu sou um escritor.

A campainha toca deve ser o Lucas, já que ninguém aparece para nos ver, tanto meu pai, tanto a mim, exceto Lucas é claro, mas ele não conta.

Pego meu MP3 e meus fones de ouvido. Saio do quarto e fecho a porta. Eu nunca fui chegado a celulares, mesmo que eu tenha um. Me sinto observado, mas amo musica. Se quiser falar comigo venha e toque a campainha como uma pessoa normal, ou me mande uma carta. Admito que eu iria gostar muito de receber uma carta.

Desço as escadas e grito que já estava indo. Meu pai esta fazendo o café da manhã, pelo menos esta tentando. Ainda não estou sentindo cheiro de queimado. Deve ser um bom sinal. Eu corro para abrir a porta.

- Qual é a dificuldade para abrir uma porta? - diz Lucas querendo irritar um pouco Erik.

- então suponho que você não vai querer entrar? - todas a vezes que Lucas tenta irritar Erik ele sempre perde, poucas vezes isso não aconteceu. Os dois riem e Lucas entra mesmo assim.

A Loucura de Ser VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora