Supremacia

New Kid In Town

Daniel Hichello

Côrte Suprema

13 de Junho de 1999

19h32

 O intervalo se encerra, volto para meu lugar, eu amo o balanço dessa roupa, minha vontade e voltar pra casa de toga todos os dias. Me sento, todos se sentam depois de mim incluindo Patrice, bom, pelo menos aqui sou eu quem manda, ela se levanta e trás alguns documentos, nem preciso revisar nada, eu sei quem é Leopold Jaspier, sei tudo que ele já fez e o que ainda faz graças ao filho, são uma versão minha e de Petra, mas, incompetentes.

 O juri o condenou, menos mal, fecho a pasta e todos se levantam para ouvir o veredito, é a minha parte favorita, jornalistas e fotógrafos se preparam para o grande momento, isso mesmo, fotografem muito a cara desse maldito porque vai ser a ultima vez que ele será visto. Digo todo o bla bla bla de inicio de sentença, por fim, dou a declaração de culpado e agora é a hora de dizer sua pena

- A pena de morte! - bato meu malhete e me levanto, vou até Patrice, pego sua mão e me retiro as pressas, em julgamentos assim, de pessoas tão poderosas e perigosas não se pode ficar muito no tribunal, já tentaram contra a minha vida algumas vezes quando eu não sabia que eu não estava seguro dentro da Corte.

28 de Junho de 1999

20:03

 Mais um dia de côrte. Tiro a toga e a jogo no banco de trás do carro, Patrice já esta no lado do motorista, retocando a maquiagem, como sempre, apenas me sento no meu banco do passageiro de todos os dias, tiro minha gravata vermelha, desabotoo a manga da minha camisa branca e subo as mangas, ela dirigi até em casa, para o carro na garagem de casa, começa a mexer no rosto, acho que ela quer pela primeira vez fazer plastica, cruzo meus braços e a encaro, são só 40 anos não é como se ela estivesse chegando aos 80, ela esta ótima

- Não acha que eu ficaria mais bonita se tivesse os olhos assim? - Patrice diz puxando seus olhos e olhando para mim com seu tom cômico

- Xenofóbica! - grito e ela ri alto da idiotice que acabo de dizer, não tem nada a ver com o momento apenas digo a primeira palavra que veio a mente para a fazer sorrir, a risada dela aquece o meu coração e melhora o meu dia em mil %, ela é incrível, suspiro e olho para ela

- O que é? - ela diz em seu tom ainda alto e rindo

- Eu gosto tanto do som da sua risada - solto seu cinto de segurança, pego sua pequena mão e a trago para mim, ela com seu ar superior se senta no meu colo, abraço seu corpo, ela encosta sua cabeça sobre meu peito, acaricio seus cabelos com uma das mãos, ela esta exausta, Téo tem tido pesadelos, enquanto estou no escritório ela é quem escuta ele chamar já que trabalha na parte do dia, temos uma rotina bem dividida, trabalho durante a noite no escritório e ela durante o dia, assim ninguém invade o espaço de ninguém. Ela esta dormindo, abro a porta devagar e saio com cuidado, fecho a porta com o pé, entro em casa pela porta de acesso da garagem

- Senhor, Téo já esta na sala de jogos esperando vocês para o jantar! - a baba Kelly diz e se retira, levo Patrice para nosso quarto, a coloco na cama devagar para não a acordar, vou até a sala de jogos e pego Téo descemos as escadas e andamos rumo a sala de jantar, não vou incomodar Patrice, a campainha soa, paro para ver quem é, Sharon corre para atender, é Jéssica, sem dúvida veio para ver Patrice